Acompanhei pela TV o julgamento do Mensalão até viajar em 23/9. Naquele ponto o ritmo se acelerava como para apresentar resultados que pudessem ser politicamente explorados nas eleições dias depois. Ontem vi os juízes aplicando as penas, e o cenário é o mesmo: um relator parcial, incisivo, quase um inquisidor, influenciando pela energia das suas palavras, mudou a ordem do julgamento com o claro intuito de julgar antes o núcleo político e depois o econômico, para com isso sensibilizar para maiores penas aos ditos culpados.
O revisor, Lewandowsky, acuado pela verborragia do colega, não perdeu a linha e continuou sua argumentação com base no direito, o que lhe tem rendido a fúria da mídia golpista de direita. Pelo visto, o julgamento seguirá até o fim o seu objetivo: mesmo sem provas cabais de muita coisa, a decisão será política para causar o maior estrago possível ao PT e ao governo, numa parcialidade que não se via nem em períodos ditatoriais.
A coisa mais próxima que vi desse circo foi o filme "Sessão especial de justiça", do cineasta francês Costa Gavras, onde juízes da alta corte na França são forçados a mudar as leis para atender à direita colaboracionista e aos nazistas que ocupavam o país na Segunda Guerra Mundial para criar o direito necessário à execução de lideranças comunistas. O filme mostra situações muito parecidas com a do show do TST, onde o direito sai de campo e prevalecem as "razões de estado", que no Brasil ainda é a ditadura do conservadorismo.
Esse julgamento não terminará com a divulgação das sentenças. Há erros grosseiros que serviram de base para todo o desdobramento. O mais gritante é considerar os recursos da Visanet como públicos, para poder criar a situação de desvio de dinheiro público e assim determinar maior gravidade aos delitos cometidos. No dia em que o ministro Barbosa mostrou sua versão era visível que passou por cima do que tinha nos autos o que ficou mais explícito na "réplica" do ministro Lewandowsky que o dinheiro era privado, com base em auditorias do BB, da Polícia Federal e até do mais básico organograma da Visanet. Barbosa, no seu estilo "bateu-levou", conseguiu com sua espetaculosa fúria submeter os demais juízes a essa versão que certamente levará a polêmicas futuras. No fim da contas a mídia coloca o juiz "do bem" (Barbosa) contra o "do mal" (Lewandowsky) para reforçar a "autoridade" do juiz-promotor.
Agora o estrago está feito, há uma ofensiva geral para difamar e aniquilar o PT, Lula, Dilma e até outros tipos de golpismo estão em andamento num projeto de retorno da direita ao poder, como a criação de obstáculos a obras importantes e outras medidas que levem o governo Dilma ao fracasso. Uma coisa é a meia-dúzia de dirigentes petistas que cometeram crimes eleitorais, e devem ser punidos. Outra é o vergonhoso uso da corte máxima para fins políticos golpistas. Para as forças conservadoras e a mídia o que importa é ver gente do PT sendo presa e outros casos parecidos, como o Mensalão e a privataria tucanos, bem guardadinhos e nunca julgados.
O revisor, Lewandowsky, acuado pela verborragia do colega, não perdeu a linha e continuou sua argumentação com base no direito, o que lhe tem rendido a fúria da mídia golpista de direita. Pelo visto, o julgamento seguirá até o fim o seu objetivo: mesmo sem provas cabais de muita coisa, a decisão será política para causar o maior estrago possível ao PT e ao governo, numa parcialidade que não se via nem em períodos ditatoriais.
A coisa mais próxima que vi desse circo foi o filme "Sessão especial de justiça", do cineasta francês Costa Gavras, onde juízes da alta corte na França são forçados a mudar as leis para atender à direita colaboracionista e aos nazistas que ocupavam o país na Segunda Guerra Mundial para criar o direito necessário à execução de lideranças comunistas. O filme mostra situações muito parecidas com a do show do TST, onde o direito sai de campo e prevalecem as "razões de estado", que no Brasil ainda é a ditadura do conservadorismo.
Esse julgamento não terminará com a divulgação das sentenças. Há erros grosseiros que serviram de base para todo o desdobramento. O mais gritante é considerar os recursos da Visanet como públicos, para poder criar a situação de desvio de dinheiro público e assim determinar maior gravidade aos delitos cometidos. No dia em que o ministro Barbosa mostrou sua versão era visível que passou por cima do que tinha nos autos o que ficou mais explícito na "réplica" do ministro Lewandowsky que o dinheiro era privado, com base em auditorias do BB, da Polícia Federal e até do mais básico organograma da Visanet. Barbosa, no seu estilo "bateu-levou", conseguiu com sua espetaculosa fúria submeter os demais juízes a essa versão que certamente levará a polêmicas futuras. No fim da contas a mídia coloca o juiz "do bem" (Barbosa) contra o "do mal" (Lewandowsky) para reforçar a "autoridade" do juiz-promotor.
Agora o estrago está feito, há uma ofensiva geral para difamar e aniquilar o PT, Lula, Dilma e até outros tipos de golpismo estão em andamento num projeto de retorno da direita ao poder, como a criação de obstáculos a obras importantes e outras medidas que levem o governo Dilma ao fracasso. Uma coisa é a meia-dúzia de dirigentes petistas que cometeram crimes eleitorais, e devem ser punidos. Outra é o vergonhoso uso da corte máxima para fins políticos golpistas. Para as forças conservadoras e a mídia o que importa é ver gente do PT sendo presa e outros casos parecidos, como o Mensalão e a privataria tucanos, bem guardadinhos e nunca julgados.
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