quinta-feira, 23 de julho de 2009

Fora Sarney IX - a grande família no Senado

Até aqui, Sarney está firme no seu cargo, tanto pelo apoio irrestrito do PMDB como pelo do Governo Lula, a quem não interessa ver um tucano no cargo, na sua vacância, em meio à CPI da Petrobrás. Enquanto isso, o inesgotável manancial de denúncias vai fritando o velho coronel da politica. A maracutaia do dia de ontem foi a publicação das gravações telefônicas envolvendo Sarney, seu filho Fernando e a neta, Beatriz, num "assunto de família": arranjar um empreguinho do Senado para o namorado da neta, para o lugar do irmão de Bia.

As gravações mostram o diálogo do filho do presidente do Senado, Fernando Sarney com Aluísio Mendes, ajudante de ordem do pai: "O irmão de Bia, quando papai era presidente do Senado, eu arrumei emprego prá ele lá. Ele tá saindo, e eu liguei pro Agaciel ver a possibilidade de colocar namorado da Bia lá. Porque me ajuda, viu, é uma forma de dar uma força para mim. E o irmão tá saindo, é uma vaga que podia ser nossa". Noutra gravação, o próprio José Sarney avaliza a transação entre Fernando e o ex-diretor do Senado, Agaciel Maia. O fato: o namorado de Bia foi nomeado por "ato secreto"! Falta de decoro explicita, mas ainda não será suficiente para o algoz do povo maranhense sair do cargo. É o famoso "batom na cueca".

Se a família Sarney alega direitos hereditários para manter seus parentes em boquinhas pagas com dinheiro público, a grande "famiglia" de pizzaiolos do Senado continua querendo fazer do seu presidente um escudo para continuar com as mesmas práticas. Os tucanos querem o seu cargo para um dos seus. O DEMo se finge de morto, mas mantém a poderosa primeira-secretaria há 14 anos, aquela que faz os contratos. O PT envergonhado e submisso fica naquela de "se não for incômodo, a gente sugere umas férias". Para completar o faz-de-contas da busca de moralidade, o senador Cristóvão Buarque, depois de ter feito um discurso onde pedia plebiscito para o povo dizer o que fazer com o Congresso, agora está mais comedido: quer um "plebiscito entre senadores" para que se posicionem no plenário sobre a saída de Sarney. Ridículo. Não precisamos de Sarney, nem do Senado.

Um comentário:

  1. 2010 VEM AI, “ELEJA, NÃO REELEJA”, VAMOS LIMPAR O CONGRESSO, AQUELE SHOW DE HORRORES, COM CPIS TERMINANDO EM PIZZA, DEPUTADOS E SENADORES ARROGANTES, ACOBERTANDO UNS AOS OUTROS. OS ATUAIS DEPUTADOS E SENADORES SABEM O QUE ALI OCORRE, POREM SÃO CONIVENTES! ALGUNS CRITICAM SEUS PARES, MAS FALTA CORAGEM. LAMENTÁVEL PORQUE PRECISAMOS DE HOMENS QUE MORALIZEM AQUELAS INSTITUIÇÕES. caranovanocongresso.blogspot.com

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