sábado, 29 de setembro de 2012

Viagem : Classificar as atrações para replanejar melhor

Por mais que se planeje, a execução de uma viagem de prospecção encontrará dificuldades que forçarão o reestudo dos objetivos. Para esta expedição pela Ásia criei um sistema de classificação de prioridades que está facilitando o descarte de eventos.

Através de sites que recebem feedbacks de viajantes, como o Lonely Planet, Trip Advisor, Mochileiros, de páginas de turismo das localidades e dos países, além de pesquisa em empresas que oferecem pacotes, listamos as atrações mais sugeridas. Como quase tudo hoje tem site, uma pesquisa do conteúdo é fundamental para a decisão de classificação e até mesmo de descarte.

De imediato classificamos as obrigatórias como "cinco estrelas". Exemplo: quem vai ao Rio de Janeiro e tem só um dia para conhecer a cidade, obrigatório é o Pão de Açúcar,  pelo menos uma praia na Zona Sul, ir ao Centro (pelo menos Cinelândia) e ver a noite na Lapa. Cristo Redentor, Jardim Botânico, Museu Nacional e outros são grandes atrações, mas já encontram dificuldades para deslocamento, obstáculos de horários, exigem grande tempo de visita, etc.

São "quatro estrelas". Recebem "***" aquelas coisas interessantes que podem estar pelo caminho, de rápida visitação caso haja folga na programação. Exemplos: comer um bolinho de bacalhau com um chope num bar tradicional em esquema de refeição rápida. as "**" vão para coisas mais longe, de maior curiosidade, coisas onde nem todos vão. Exemplo: andar no elevador panorâmico ou teleférico de uma favela, visitar a obra do Maracanã.

"Uma estrela" é o evento muito bom, mas que dificilmente será concretizado, mas merece estar na lista porque pode acontecer de aparecer um amigo que leve, etc. Exemplo: Barra de Guaratiba, Floresta da Tijuca, Petrópolis e outros que só quem tem mais tempo consegue realizar.

Enfim, o critério de classificação nada tem a ver com os eventos serem de maior ou melhor qualidade, mas com o retorno mais eficiente do objetivo de prospecção. No meio de uma programação estressada por falta de tempo sempre haverá chances para observações num meio de transporte, num supermercado, shopping, nas ruas, etc. Fotos servem para localizar as coisas, capturar nomes de ruas e monumentos e permitir o aprendizado pós-viagem sobre coisas interessantes que passarão pela nossa frente sem possibilidade de as assimilarmos.

Tendo a lista e as estrelas vem a depuração. Lançar no Google Earth os pontos e ver onde está a nuvem mais forte de "pins". Coisas mais longe, mas próximas a uma estação de metrô, podem não ser descartadas. Numa região onde se fará roteiros a pé pode-se ter priorizados alguns eventos de 3 ou 4 estrelas, apenas porque se vai passar na porta e pode valer a pena entrar, dar uma olhada, fotografar e seguir rumo, conforme as folgas da programação. Estabelecido o roteiro já observados os horários de disponibilidade das atrações, podem ser lançados esses eventos adicionais, descartáveis diante da necessidade de replanejamento.

Nos 4 primeiros dias desta viagem isso vem dando certo, porque os cenários mudam a toda hora. O dia pode ser mais relaxado, desde que se cumpram os eventos de 5 estrelas, que são justo os que algum amigo irá perguntar se você foi lá, e dirá que perdeu se responder que não foi. Não estamos estressando como antes e vivendo melhor os momentos da viagem, ao tirar o peso da relação custo x benefício da tomada de decisões. 

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