No Rio o jornal "O Dia" vem promovendo uma campanha "nacionalista" tipo "O petróleo é nosso", no caso, do Rio de Janeiro, na disputa pelos royalties do petróleo da camada pré-sal. Já "O Globo"entende que o assunto vem tratado de forma ideológica, com o interesse do governo de estatizar tudo. E os governadores dos estados onde há descobertas dessas jazidas falam muito, como se não houvesse o artigo 177 da Constituição Federal de 1988, que diz:
"Art. 177 - Constituem Monopólio da União:
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;"
Para começar o debate, portanto, é preciso tirar esse clima emocional e agir em cima da lei. O que existe é o monopólio da União, e a ela caberá apresentar a proposta que distribua da melhor maneira possível essa riqueza, a começar pelo modelo de negócio de exploração, garantindo a maior soberania possível e rendimentos para o país na lavra das reservas.
Os estados onde não há jazidas descobertas têm razão em reivindicar, porque o dispêndio para prospecção, pesquisa de novas tecnologias, investimentos via Petrobrás ou outra empresa que venha a ser criada para ser gestora da exploração, infra-estrutura portuária, defesa com novos armamentos (vide os R$ 20 bi em submarinos) e preparo das forças armadas, tudo isso por conta do tesouro nacional, afinal, o erário bota dinheiro em tudo isso, mesmo na parte da União nos investimentos da Petrobrás.
Esse recurso vem de todos os estados, através da captação de impostos federais, e os investimentos com os recursos de todos serão direcionados para os estados que se negam a partilhar as receitas, como se as jazidas lhe pertencessem. Os empregos serão gerados no Rio, SP, Espírito Santo e Santa Catarina, absorvendo investimentos de todos para privilegiar essas unidades federativas.
A União tem duas alternativas: "carimbar" recursos para distribuição entre todos os estados e pagar "royalties" aos estados produtores, ou levar tudo para o Tesouro Nacional e fazer a receita entrar no orçamento normalmente, distribuindo o "plus" através da negociação política, e pagando bônus menores aos estados produtores que os atuais, já que a exploração no pré-sal é extremamente mais cara que o petróleo de águas menos profundas. Lula já disse que é a favor da distribuição dos resultados, inclusive com a criação de um Fundo Social para fins de acabar com os problemas sociais.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, está fazendo todo esse estardalhaço sem muitos fundamentos, e tem lugar na mídia porque sua visão bate de frente com a de Lula, o que interessa aos abutres que querem a divisão da base aliada para enfraquecer o governo e levar a definição do marco regulatório para o próximo governo. O petróleo é do Rio, mas também de todos os estados, porque pertence à União.
domingo, 30 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Lina ou Francenilda?
Hoje o Supremo Tribunal Federal rejeitou a acusação contra o ex-ministro Palocci de quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo, que disse ter testemunhado a presença do político numa casa de "entretenimento masculino" em Brasília, fazendo negócios escusos. O episódio derrubou o ex-presidente da CEF e o próprio ministro. A documentação mostrou depósitos na conta do caseiro em valores relativamente altos, e houve, na época, insinuações que teria recebido da oposição para testemunhar contra o ministro. Moral da estória: o ministro está liberado do processo, com direitos políticos intatos, e o pobre caseiro não consegue emprego pela deduragem.
A ex-secretária da Receita Federal Lina foi lançada aos holofotes e aos leões pela oposição, na tentativa de desmoralizar a pré-candidata oficial de Lula, Dilma Roussef, dizendo que a ministra pediu para acelerar o processo de fiscalização sobre empresas do filho de José Sarney, dando a entender que era para arquivar o caso. O caso esbarrou na negativa da ministra sobre a existência da tal reunião, na ausência de provas em agenda e, por fim, pela negativa do Planalto apresentar fitas e registros de acesso ao palácio, alegando razões burocráticas, privacidade, etc.
Vi anteontem no programa "Entre Aspas" da Globonews uma mesa de debate com três debatedores da área tributária, sendo um deles o ex-secretário Everardo Maciel, uma série de ataques a Lina. O tema do programa era a influência política na Receita. Todos os entrevistados disseram que nunca viram isso por lá. Maciel chegou a dizer que, se Lina teve a tal reunião e se houve a tal ingerência, deveria ter denunciado na época e, por não tê-lo feito, incidiu em prevaricação. Noutro momento a palavra "desastrosa" foi usada para qualificar o trabalho da equipe de Lina, que não teria planejado a fiscalização para 2009, o que teria sido uma das causas da queda de arrecadação. Por fim, os debatedores foram unânimes em dizer que a Petrobrás fez a operação contábil correta, não havendo motivos para a quebra de sigilo que gerou a CPI em andamento no congresso. Alguém chegou a dizer que a equipe não tinha conhecimento técnico para entender a contabilização. Pasmem: isso foi numa empresa da Globo, que vem jogando toda a lenha na fogueira para criminalizar Dilma e o Governo no episódio.
O mais interessante da manipulação neste caso é que eu não vi em em nenhuma entrevista ou depoimento ela afirmar que alguém pediu para encerrar a investigação, apenas para acelerá-la. O governo mostrou hoje que o contrato dos equipamentos de gravação de imagens previam o armazenamento por um mínimo de 30 dias, e não os 6 meses divulgados ontem na mídia. E ainda mostrou um relatório com os registros que seriam das visitas de Lina ao Planalto, nenhum com a data da tal reunião. Daqui a pouco o caso cai em esquecimento, e a ex-secretária Lina, exposta irresponsavelmente à execração pública pelos poderosos, pode ter perdas à sua imagem e reputação e eventuais prejuízos à sua carreira, a exemplo de Francenildo. No fim, fica o dito pelo não dito, e a corda arrebenta do lado do mais fraco.
A ex-secretária da Receita Federal Lina foi lançada aos holofotes e aos leões pela oposição, na tentativa de desmoralizar a pré-candidata oficial de Lula, Dilma Roussef, dizendo que a ministra pediu para acelerar o processo de fiscalização sobre empresas do filho de José Sarney, dando a entender que era para arquivar o caso. O caso esbarrou na negativa da ministra sobre a existência da tal reunião, na ausência de provas em agenda e, por fim, pela negativa do Planalto apresentar fitas e registros de acesso ao palácio, alegando razões burocráticas, privacidade, etc.
Vi anteontem no programa "Entre Aspas" da Globonews uma mesa de debate com três debatedores da área tributária, sendo um deles o ex-secretário Everardo Maciel, uma série de ataques a Lina. O tema do programa era a influência política na Receita. Todos os entrevistados disseram que nunca viram isso por lá. Maciel chegou a dizer que, se Lina teve a tal reunião e se houve a tal ingerência, deveria ter denunciado na época e, por não tê-lo feito, incidiu em prevaricação. Noutro momento a palavra "desastrosa" foi usada para qualificar o trabalho da equipe de Lina, que não teria planejado a fiscalização para 2009, o que teria sido uma das causas da queda de arrecadação. Por fim, os debatedores foram unânimes em dizer que a Petrobrás fez a operação contábil correta, não havendo motivos para a quebra de sigilo que gerou a CPI em andamento no congresso. Alguém chegou a dizer que a equipe não tinha conhecimento técnico para entender a contabilização. Pasmem: isso foi numa empresa da Globo, que vem jogando toda a lenha na fogueira para criminalizar Dilma e o Governo no episódio.
O mais interessante da manipulação neste caso é que eu não vi em em nenhuma entrevista ou depoimento ela afirmar que alguém pediu para encerrar a investigação, apenas para acelerá-la. O governo mostrou hoje que o contrato dos equipamentos de gravação de imagens previam o armazenamento por um mínimo de 30 dias, e não os 6 meses divulgados ontem na mídia. E ainda mostrou um relatório com os registros que seriam das visitas de Lina ao Planalto, nenhum com a data da tal reunião. Daqui a pouco o caso cai em esquecimento, e a ex-secretária Lina, exposta irresponsavelmente à execração pública pelos poderosos, pode ter perdas à sua imagem e reputação e eventuais prejuízos à sua carreira, a exemplo de Francenildo. No fim, fica o dito pelo não dito, e a corda arrebenta do lado do mais fraco.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Suplicy : cartão vermelho para Sarney
Apesar de tudo, ainda existe vida no PT. Anteontem o senador Suplicy interrompeu o discurso onde Sarney queria fazer entender que tudo tinha voltado ao normal no senado para dizer que as coisas não estavam resolvidas depois do vergonhoso episódio da anistia pelo Conselho de Ética. Ontem, nitidamente nervoso por razões de foro íntimo e por pressões palacianas e burocráticas do partido como as que fizeram Mercadante revogar o irrevogável, Suplicy mostrou um cartão vermelho, como se expulsando Sarney da presidência do senado.
Sarney não estava presente, e a ação de Suplicy foi rebatida pelo senador Heráclito Fortes (DEMo), que foi eleito junto com ele para a direção do senado. Disse que Suplicy devia mostrar o cartão vermelho para Lula, que teria sido o mentor da operação que manteve Sarney a ferro e fogo no cargo. O bate-boca acabou com o senador Mão Santa mandando um suco de maracujá para acalmar Suplicy e botando panos quentes em tudo. Sarney, como sempre, deve ignorar a pequena rebelião e Suplicy deve levar uma "chamada" do politburo estalinista do PT.
Sarney não estava presente, e a ação de Suplicy foi rebatida pelo senador Heráclito Fortes (DEMo), que foi eleito junto com ele para a direção do senado. Disse que Suplicy devia mostrar o cartão vermelho para Lula, que teria sido o mentor da operação que manteve Sarney a ferro e fogo no cargo. O bate-boca acabou com o senador Mão Santa mandando um suco de maracujá para acalmar Suplicy e botando panos quentes em tudo. Sarney, como sempre, deve ignorar a pequena rebelião e Suplicy deve levar uma "chamada" do politburo estalinista do PT.
Rebelião na Receita Federal - corporativismo x aparelhamento
É desejável que a máquina do Estado seja republicana, que não sofra intervenções políticas de governos dos diversos matizes ideológicos. O Estado, a serviço de um grupo político, é uma arma poderosa na perseguição a opositores e privilegiamento aos seguidores. Para garantir a utópica isenção da máquina pública é que existem a estabilidade e o acesso por concursos públicos.
Os neoliberais, no desmonte do Estado, criaram as Agências Reguladoras e os marcos regulatórios para diversos negócios nas áreas mais rentáveis, como energia, telecomunicações e transportes, ao mesmo tempo que desmontaram a participação estatal nessas áreas. Somente a Petrobrás sobreviveu, mesmo com a criacão da ANP. Para essas agências foram criadas regras de nomeação para os cargos de direção que praticamente tiram do governo o poder de gestão. O mesmo queriam para o Banco Central, que o governo Lula vem informalmente aceitando, com os superpoderes do tucano Meireles à frente da instituição, apesar dos clamores por queda na taxa de juros.
No caso da Receita Federal há verdades para todos os gostos. Os demissionários ocupavam cargos de confiança, mutáveis a cada alteração de comando, como ocorreu com a demissão da ex-secretária Lina. Foram escolhidos por ela, e o novo secretário Cartaxo pode mantê-los ou substituí-los dentro das suas alçadas administrativas. Preferiram deixar os cargos e sair municiando a campanha oposicionista, demonstrando que não eram tão "técnicos" e "isentos" assim. Como naquela estória: se alguém vir um jabuti numa árvore será porque alguém o colocou lá, já que jabutis não sobem em árvores. Alguém os nomeou, e esse alguém era indicado por um governo, que é eleito e tem suas visões políticas.
O aparelhamento político do Estado é um vício de todos os governos. A contrapartida é o corporativismo, a criação de "núcleos duros" dentro das instituições, grupelhos de poder que regem, fora do alcance político externo, todas as políticas de promoções, nomeações nas carreiras, criando um poder acima do poder externo baseado no "beija-mão" , tipo "eu te promovo, você me deve fidelidade". É a degeneração dos princípios da autonomia e independência, que valem apenas perante a sociedade que elege os dirigentes que nomeiam legitimamente os gestores maiores, e passam todo o poder a esquemas corporativos.
No governo Lula não foi diferente. Nomeações políticas em escalões normalmente abrangidos por planos de carreira até hoje acontecem, detonando as regras no preenchimento de cargos e funções. Isso cria revoltas nos escalões mais baixos contra a intervenção política, que ajuda o discurso do "hardcore" do poder interno na defesa dos seus interesses. Numa certa empresa de economia mista , o poder interno detonou quase todos os dirigentes nomeados pelo PT, até porque estes não tinham as condições técnicas para os cargos e pisaram na bola. Agiram como anticorpos à gestão governamental. E ganharam o apoio dos escalões inferiores, colocando-se como seus "protetores".
Na defesa dos seus privilégios, o grupo seguia o discurso de "empresa de mercado" para blindar da intervenção política a instituição. Eram politicamente neoliberais, mas em alguns momentos juraram amores ao petismo para sobreviver. Apesar de continuarem ativos e operantes, viram o governo intervir pesadamente para mudar a orientação da empresa e fazê-la servir como instrumento de política pública no combate à crise econômica. Como bons camaleões, adaptaram-se aos novos tempos e aparentam rezar pelo novo catecismo, protegendo-se como grupo, esperando a hora de dar um novo bote. Ninguém entregou seus cargos no episódio da intervenção.
É bastante digno que uma equipe entregue seus cargos logo que o chefe que os nomeou seja exonerado, afinal, no caso de Lina houve ruptura da confiança que a colocou como secretária, e isso se propaga aos demais. É diferente de um licenciamento ou saída a pedido, quando os nomeados devem aguardar o retorno ou a nomeação de um novo dirigente para serem mantidos ou substituídos, sem solução de continuidade na gestão. Deviam ter entregado os cargos logo que ela saiu, e não agora que se criou antipatia interna pelo uso de Lina como arma para destruir a candidatura Dilma. O uso político e demagógico dessas exonerações é uma outra forma de intervenção na Receita Federal, pois fortalece as "patotas" corporativas de altos cargos que resistem a qualquer governo para a manutenção de benesses, em detrimento do interesse público.
Os neoliberais, no desmonte do Estado, criaram as Agências Reguladoras e os marcos regulatórios para diversos negócios nas áreas mais rentáveis, como energia, telecomunicações e transportes, ao mesmo tempo que desmontaram a participação estatal nessas áreas. Somente a Petrobrás sobreviveu, mesmo com a criacão da ANP. Para essas agências foram criadas regras de nomeação para os cargos de direção que praticamente tiram do governo o poder de gestão. O mesmo queriam para o Banco Central, que o governo Lula vem informalmente aceitando, com os superpoderes do tucano Meireles à frente da instituição, apesar dos clamores por queda na taxa de juros.
No caso da Receita Federal há verdades para todos os gostos. Os demissionários ocupavam cargos de confiança, mutáveis a cada alteração de comando, como ocorreu com a demissão da ex-secretária Lina. Foram escolhidos por ela, e o novo secretário Cartaxo pode mantê-los ou substituí-los dentro das suas alçadas administrativas. Preferiram deixar os cargos e sair municiando a campanha oposicionista, demonstrando que não eram tão "técnicos" e "isentos" assim. Como naquela estória: se alguém vir um jabuti numa árvore será porque alguém o colocou lá, já que jabutis não sobem em árvores. Alguém os nomeou, e esse alguém era indicado por um governo, que é eleito e tem suas visões políticas.
O aparelhamento político do Estado é um vício de todos os governos. A contrapartida é o corporativismo, a criação de "núcleos duros" dentro das instituições, grupelhos de poder que regem, fora do alcance político externo, todas as políticas de promoções, nomeações nas carreiras, criando um poder acima do poder externo baseado no "beija-mão" , tipo "eu te promovo, você me deve fidelidade". É a degeneração dos princípios da autonomia e independência, que valem apenas perante a sociedade que elege os dirigentes que nomeiam legitimamente os gestores maiores, e passam todo o poder a esquemas corporativos.
No governo Lula não foi diferente. Nomeações políticas em escalões normalmente abrangidos por planos de carreira até hoje acontecem, detonando as regras no preenchimento de cargos e funções. Isso cria revoltas nos escalões mais baixos contra a intervenção política, que ajuda o discurso do "hardcore" do poder interno na defesa dos seus interesses. Numa certa empresa de economia mista , o poder interno detonou quase todos os dirigentes nomeados pelo PT, até porque estes não tinham as condições técnicas para os cargos e pisaram na bola. Agiram como anticorpos à gestão governamental. E ganharam o apoio dos escalões inferiores, colocando-se como seus "protetores".
Na defesa dos seus privilégios, o grupo seguia o discurso de "empresa de mercado" para blindar da intervenção política a instituição. Eram politicamente neoliberais, mas em alguns momentos juraram amores ao petismo para sobreviver. Apesar de continuarem ativos e operantes, viram o governo intervir pesadamente para mudar a orientação da empresa e fazê-la servir como instrumento de política pública no combate à crise econômica. Como bons camaleões, adaptaram-se aos novos tempos e aparentam rezar pelo novo catecismo, protegendo-se como grupo, esperando a hora de dar um novo bote. Ninguém entregou seus cargos no episódio da intervenção.
É bastante digno que uma equipe entregue seus cargos logo que o chefe que os nomeou seja exonerado, afinal, no caso de Lina houve ruptura da confiança que a colocou como secretária, e isso se propaga aos demais. É diferente de um licenciamento ou saída a pedido, quando os nomeados devem aguardar o retorno ou a nomeação de um novo dirigente para serem mantidos ou substituídos, sem solução de continuidade na gestão. Deviam ter entregado os cargos logo que ela saiu, e não agora que se criou antipatia interna pelo uso de Lina como arma para destruir a candidatura Dilma. O uso político e demagógico dessas exonerações é uma outra forma de intervenção na Receita Federal, pois fortalece as "patotas" corporativas de altos cargos que resistem a qualquer governo para a manutenção de benesses, em detrimento do interesse público.
Aposentados : acordo para regra de ganho real
Os reajustes para aposentados e pensionistas com ganhos reais têm sido aplicados ao piso do benefício, não se refletindo nos proventos de quem recebe mais. A fórmula acertada ontem entre o governo e as centrais sindicais será o ponto de partida para a recuperação do poder de compra das aposentadorias, dilapidado por décadas pela falta de política de reajustamento.
Em janeiro de 2010, a correção levará em conta a inflação de 2009 mais 50% do crescimento do PIB registrado em 2008. Ou seja, algo entre 6% e 7%. O número não está definido porque os dois indicadores ainda não foram fechados. Em janeiro de 2011, o reajuste usará a inflação de 2010 e a metade da expansão econômica em 2009. A informação é do Correio Braziliense.
O acerto prevê ainda a votação, o mais rápido possível, do projeto que cria uma política de valorização do salário mínimo até 2023. Pelo texto, o valor será corrigido pela inflação mais o PIB cheio de dois anos antes, beneficiando 18 milhões de aposentados, segundo o Correio. Nunca na história deste país ....
Como seria normal, o tablóide oposicionista O Globo botou a matéria na página 10, com pequena chamada na capa, onde privilegiou espaços para manchetes negativas ao governo. Na TV, as matérias mostram mais a preocupação com o gasto público que com o benefício na economia que o aumento da renda pode fazer alavancando o consumo.
Em janeiro de 2010, a correção levará em conta a inflação de 2009 mais 50% do crescimento do PIB registrado em 2008. Ou seja, algo entre 6% e 7%. O número não está definido porque os dois indicadores ainda não foram fechados. Em janeiro de 2011, o reajuste usará a inflação de 2010 e a metade da expansão econômica em 2009. A informação é do Correio Braziliense.
O acerto prevê ainda a votação, o mais rápido possível, do projeto que cria uma política de valorização do salário mínimo até 2023. Pelo texto, o valor será corrigido pela inflação mais o PIB cheio de dois anos antes, beneficiando 18 milhões de aposentados, segundo o Correio. Nunca na história deste país ....
Como seria normal, o tablóide oposicionista O Globo botou a matéria na página 10, com pequena chamada na capa, onde privilegiou espaços para manchetes negativas ao governo. Na TV, as matérias mostram mais a preocupação com o gasto público que com o benefício na economia que o aumento da renda pode fazer alavancando o consumo.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Desocupação em SP: cadê Serra, cadê Cassab?
As cenas violentas da desocupação de um terreno em São Paulo ontem mostraram gente desesperada por ficar na rua, barracos demolidos, pancadaria, bombas e tudo de desumano que o ato podia fazer. Nenhuma linha foi dita sobre a falta de política habitacional da prefeitura e do governo do estado, onde estão aboletados, respectivamente, Gilberto Cassab (DEM) e José Serra (PSDB), sendo este o responsável pela PM que agiu na violenta reintegração do terreno. Nem que há recursos federais para habitação que estão sendo sub-utilizados por falta de interesse ou de projetos.
E fica por isso mesmo. O que fizeram a Prefeitura e o governo do estado para resolver pacificamente a questão? Absolutamente nada! Essas pessoas ficarão à mercê de novos grileiros, que lhes venderão espaços em outras áreas, repetindo o probema. Se a desocupação fosse no Pará ou na Bahia, estados governados pelo PT, a matéria sobre o assunto seria destaque nacional responsabilizando as autoridades por tudo, com direito a iradas entrevistas esculachando os governantes. Assim é a nossa mídia direitista: mostra o que é bom para ela, e oculta o que é ruim. Podem procurar em todas as notícias por providências dos governos que nada será encontrado.
E fica por isso mesmo. O que fizeram a Prefeitura e o governo do estado para resolver pacificamente a questão? Absolutamente nada! Essas pessoas ficarão à mercê de novos grileiros, que lhes venderão espaços em outras áreas, repetindo o probema. Se a desocupação fosse no Pará ou na Bahia, estados governados pelo PT, a matéria sobre o assunto seria destaque nacional responsabilizando as autoridades por tudo, com direito a iradas entrevistas esculachando os governantes. Assim é a nossa mídia direitista: mostra o que é bom para ela, e oculta o que é ruim. Podem procurar em todas as notícias por providências dos governos que nada será encontrado.
Cadê Sarney? Cadê Virgílio?
Passada uma semana do vergonhoso arquivamento dos processos contra Sarney (PMDB) e Artur Virgílio (PSDB), flagrados em ilegalidades e imoralidades que deveriam cassar seus mandatos, o que se vê hoje na imprensa, em especial O GLOBO, é a contínua e maçante fritura do senador Aloísio Mercadante (PT), que revogou o irrevogável ao voltar atrás na sua renúncia à liderança da bancada por ordem de Lula.
Pouco se falou das manifestaçõs Fora Sarney que aconteceram no sábado em diversas cidades ( no Rio, na porta do senador Paulo Duque, o arquivador geral do senado) e não se deu destaque à cobrança feita pelo senador Suplicy (PT) a Sarney por providências saneadoras, em meio a um longo e chato discurso onde Sarney tecia considerações sobre os 55 anos da morte de Vargas e aos 100 anos de morte de Euclides da Cunha. De Virgílio, aí é que o abafamento é total, já que é "da casa" da mídia. Sarney ganhou mais essa.
Pouco se falou das manifestaçõs Fora Sarney que aconteceram no sábado em diversas cidades ( no Rio, na porta do senador Paulo Duque, o arquivador geral do senado) e não se deu destaque à cobrança feita pelo senador Suplicy (PT) a Sarney por providências saneadoras, em meio a um longo e chato discurso onde Sarney tecia considerações sobre os 55 anos da morte de Vargas e aos 100 anos de morte de Euclides da Cunha. De Virgílio, aí é que o abafamento é total, já que é "da casa" da mídia. Sarney ganhou mais essa.
Febeapá : CPI para gravações do acesso ao Planalto
Tendo perdido a batalha Lina x Dilma, já que a ex-secretária não conseguiu provar sequer se esteve com a ministra, a direita correu atrás de motorista que não quer se identificar para dizer que a levou ao Planalto (qualquer turista vai lá) e das gravações das câmeras de segurança. Perdendo de novo, já que o Planalto não as retém pelo prazo de quase um ano, que seria o necessário para ver as imagens de novembro passado requisitadas, agora já pensam em chamar o responsável pela segurança institucional para depor no Senado, "preocupados com a segurança do presidente", segundo o senador Demóstenes Torrres (tinha que ser do DEM).
Por que ele não pede o plano de segurança do palácio, que deve ter as rotinas de arquivamento de documentos de registros de acesso, como prazo para guardar gravações, etc? Todo mundo ali segue rotinas escritas, que mandam passar em detetores de metais, raios-x e toda aquela parafernália que fica na portaria do prédio, no térreo. Na garagem seria diferente? Claro que isso não interessa, porque o importante é manter o fogo contra o governo e gerar notícias na imprensa golpista.
A gravação de imagens de câmeras recentemente é feita em discos rígidos de computadores (HDs). Realmente se pode guardar anos de registros a partir da criação de cópias de seguranças em DVDs convencionais ou blu-ray, de maior capacidade, já que nos sistemas de gravação em fita, por economia, guardam-se as imagens por um período máximo de 6 meses para reaproveitar as fitas. Esse sistema mais antigo ainda é o predominante nos órgãos públicos, não sei se é o caso do Planalto, que agora está em reformas e, se for o caso, deve atualizar tudo. Armazenar dados custa dinheiro, espaço e deve ter uma finalidade. No caso do Planalto, a não ser para fins de picuinhas políticas, mostrando quem anda por lá, não há interesse de segurança no arquivamento de longo prazo. Nem tesouraria de banco faz isso.
Nesse momento de geléia moral geral da política, besteirol como esse só ganha holofotes graças ao PRG - Partido da Rede Globo - que destila ódio diário contra tudo e todos os que se oponham aos seus interesses. Hora de relembrar o escritor brasileiro Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, que no seu livro Febeapá - Festival de besteiras que assola o país - ironizava a ditadura militar ao potencializar o absurdo dos valores da direita da época, e propor a CPI das gravações de acesso ao Palácio do Planalto, tendo como justificativa o risco que a Presidência da República corre por não gravar infinitamente o tráfego de pessoas nos seus corredores.
Por que ele não pede o plano de segurança do palácio, que deve ter as rotinas de arquivamento de documentos de registros de acesso, como prazo para guardar gravações, etc? Todo mundo ali segue rotinas escritas, que mandam passar em detetores de metais, raios-x e toda aquela parafernália que fica na portaria do prédio, no térreo. Na garagem seria diferente? Claro que isso não interessa, porque o importante é manter o fogo contra o governo e gerar notícias na imprensa golpista.
A gravação de imagens de câmeras recentemente é feita em discos rígidos de computadores (HDs). Realmente se pode guardar anos de registros a partir da criação de cópias de seguranças em DVDs convencionais ou blu-ray, de maior capacidade, já que nos sistemas de gravação em fita, por economia, guardam-se as imagens por um período máximo de 6 meses para reaproveitar as fitas. Esse sistema mais antigo ainda é o predominante nos órgãos públicos, não sei se é o caso do Planalto, que agora está em reformas e, se for o caso, deve atualizar tudo. Armazenar dados custa dinheiro, espaço e deve ter uma finalidade. No caso do Planalto, a não ser para fins de picuinhas políticas, mostrando quem anda por lá, não há interesse de segurança no arquivamento de longo prazo. Nem tesouraria de banco faz isso.
Nesse momento de geléia moral geral da política, besteirol como esse só ganha holofotes graças ao PRG - Partido da Rede Globo - que destila ódio diário contra tudo e todos os que se oponham aos seus interesses. Hora de relembrar o escritor brasileiro Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, que no seu livro Febeapá - Festival de besteiras que assola o país - ironizava a ditadura militar ao potencializar o absurdo dos valores da direita da época, e propor a CPI das gravações de acesso ao Palácio do Planalto, tendo como justificativa o risco que a Presidência da República corre por não gravar infinitamente o tráfego de pessoas nos seus corredores.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Rio : pequenos sucessos no combate ao crime
Os tablóides do Rio , todos os dias mostram a queda de algum bandido de primeiro escalão, seja do segmento das drogas, seja da milícia ou da área de roubos e furtos. Isso mostra avanços que estão sendo conseguidos pelo melhor planejamento das ações policiais, com mais uso de inteligência e tecnologias. Tais notícias, quando considerada a existência de mais de 600 comunidades dominadas pelo crime, indicam que seriam necessários quase dois anos, à base do desmanche de uma quadrilha por dia, para cobrir toda a jurisdição.
O governo do Rio tem experimentado a política de ocupação cidadã de comunidades, através das Unidades Policiais de Pacificação (UPP), já implantadas na Cidade de Deus, Santa Marta, Batam e Chapéu Mangueira, envolvendo um contingente de 500 policiais. O secretário de Segurança José Beltrame diz já ter planejado a ocupação de mais 40 comunidades, e que o seu limite é o contingente policial disponível. A técnica é abafar o crime organizado nos locais, e reimplantar a presença do Estado no local, trazendo direitos de cidadania em todas as áreas, e organizando a população para criar "anticorpos" ao domínio do crime.
O morro Dona Marta virou vitrine do projeto. Com a supressão das redes criminosas, os serviços públicos voltaram a ser direito de todos, e a ação social tenta mudar a cultura dos mais de 50 anos de domínio pela lei do crime. Políticas de inclusão social, de criação de emprego e renda, mutirões e obras públicas fazem parte do pacote. Na Cidade de Deus, o BOPE ainda ocupa locais onde remanescem atividades do tráfico. Ontem houve até concerto de música na CDD, com a presença da Orquestra do Theatro Municipal.
Apesar do sucesso restrito às comunidades, a quebra do poder paralelo do crime no Rio não parece uma tarefa viável. Quando se tira uma quadrilha de um território, ela migra para outro, e começam os choques pelos mercados mais rentáveis. Essa exportação do crime pode se destinar a outros municipios e estados. Além disso, qual seria o contingente policial necessário para cobrir toda a cidade, já que a média até aqui é de 50 policiais por comunidade? Será que esses contingentes policiais não criarão novas milícias, que são quadrilhas de policiais que tomaram o poder e extorquem os moradores comunidades? O desenho das ocupações atenderá a uma estratégia permanente ou se limitará a pressões políticas para valorização das áreas mais ricas da cidade?
O governo do Rio tem experimentado a política de ocupação cidadã de comunidades, através das Unidades Policiais de Pacificação (UPP), já implantadas na Cidade de Deus, Santa Marta, Batam e Chapéu Mangueira, envolvendo um contingente de 500 policiais. O secretário de Segurança José Beltrame diz já ter planejado a ocupação de mais 40 comunidades, e que o seu limite é o contingente policial disponível. A técnica é abafar o crime organizado nos locais, e reimplantar a presença do Estado no local, trazendo direitos de cidadania em todas as áreas, e organizando a população para criar "anticorpos" ao domínio do crime.
O morro Dona Marta virou vitrine do projeto. Com a supressão das redes criminosas, os serviços públicos voltaram a ser direito de todos, e a ação social tenta mudar a cultura dos mais de 50 anos de domínio pela lei do crime. Políticas de inclusão social, de criação de emprego e renda, mutirões e obras públicas fazem parte do pacote. Na Cidade de Deus, o BOPE ainda ocupa locais onde remanescem atividades do tráfico. Ontem houve até concerto de música na CDD, com a presença da Orquestra do Theatro Municipal.
Apesar do sucesso restrito às comunidades, a quebra do poder paralelo do crime no Rio não parece uma tarefa viável. Quando se tira uma quadrilha de um território, ela migra para outro, e começam os choques pelos mercados mais rentáveis. Essa exportação do crime pode se destinar a outros municipios e estados. Além disso, qual seria o contingente policial necessário para cobrir toda a cidade, já que a média até aqui é de 50 policiais por comunidade? Será que esses contingentes policiais não criarão novas milícias, que são quadrilhas de policiais que tomaram o poder e extorquem os moradores comunidades? O desenho das ocupações atenderá a uma estratégia permanente ou se limitará a pressões políticas para valorização das áreas mais ricas da cidade?
Flamengo : adeus, Andrade.
O pouco que o Flamengo fez desde que Andrade assumiu como técnico pode ser atribuído mais à garra que às estratégias. Os fracassos sucessivos estão sendo atribuídos aos desfalques e à venda de jogadores, mas o que se vê é a desmotivação, a falta de futebol individual. Em suma: a falta de liderança, que faz o time parecer mais um bando apático que uma equipe focada em objetivos. Hora de buscar um técnico de mais carisma, que consiga organizar o time e superar a desídia. Ontem perdeu de 3 x 0, um verdadeiro baile do Avaí.
Já o Fluminense, coitado, parece ter empacado na lanterna e vai perdendo os pontos mais fáceis, como ontem contra o Barueri no Maracanã. Depois do jogo, encontrei um dos poucos tricolores uniformizados que foi ao estádio e ouvi um mar de lamúrias, já antecipando a tragédia da segundona. Para animá-lo, lembrei que mais vale estar em último na primeira divisão que em primeiro na segundona, como é o caso do orgulhoso Vasco, que parece ter encontrado sua verdadeira vocação: ser o primeiro entre os segundos.
Já o Fluminense, coitado, parece ter empacado na lanterna e vai perdendo os pontos mais fáceis, como ontem contra o Barueri no Maracanã. Depois do jogo, encontrei um dos poucos tricolores uniformizados que foi ao estádio e ouvi um mar de lamúrias, já antecipando a tragédia da segundona. Para animá-lo, lembrei que mais vale estar em último na primeira divisão que em primeiro na segundona, como é o caso do orgulhoso Vasco, que parece ter encontrado sua verdadeira vocação: ser o primeiro entre os segundos.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Neveslandia : as pirâmides do faraó Aécio
Nunca tinha ouvido falar ou lido sobre a obra do novo centro administrativo do governo mineiro, em construção a todo vapor na área do antigo Jockey Clube em Belo Horizonte, pela bagatela de R$ 1,2 bilhões, 26% a mais que o licitado, apenas em obras civis, fora mobiliário, instalações de informática, etc. Essa quantia distoa do discurso do governo Aécio Neves, do PSDB e candidato a candidato à presidência em 2010, que pregava a austeridade, negou reajustes a servidores e praticamente não realizou investimentos no seu governo.
O projeto é de Niemeyer, talvez o seu mais ousado, com o prédio do governo suspenso por cabos em uma laje apoiada em 4 grandes pilares, com 150 metros de vão livre, um recorde mundial. Tirando-se as considerações ao espetacular projeto, o que temos é uma obra faraônica, que Aécio quer inaugurar a toque de caixa para associar a sua modernidade à sua imagem. Algo que o também mineiro JK fez com Brasília, e deu certo.
"Neveslândia", como o projeto faraônico tem sido chamado por alguns dos seus críticos, é tocada por diversos empreiteiros contribuintes de campanhas do PSDB. Não aparece na mídia nacional porque não interessa à direita abrir flancos para ataques a Aécio. Como a imprensa de Minas é toda controlada pelos mesmos grupos, praticamente não há vozes distoantes. Se fosse coisa de Lula, o pau cairia sobre a obra faraônica implacavelmente. Coisas da política. Se for presidente do Brasil, Aécio poderá, a partir das suas pirâmides, prometer levar o mar até Minas.
O projeto é de Niemeyer, talvez o seu mais ousado, com o prédio do governo suspenso por cabos em uma laje apoiada em 4 grandes pilares, com 150 metros de vão livre, um recorde mundial. Tirando-se as considerações ao espetacular projeto, o que temos é uma obra faraônica, que Aécio quer inaugurar a toque de caixa para associar a sua modernidade à sua imagem. Algo que o também mineiro JK fez com Brasília, e deu certo.
"Neveslândia", como o projeto faraônico tem sido chamado por alguns dos seus críticos, é tocada por diversos empreiteiros contribuintes de campanhas do PSDB. Não aparece na mídia nacional porque não interessa à direita abrir flancos para ataques a Aécio. Como a imprensa de Minas é toda controlada pelos mesmos grupos, praticamente não há vozes distoantes. Se fosse coisa de Lula, o pau cairia sobre a obra faraônica implacavelmente. Coisas da política. Se for presidente do Brasil, Aécio poderá, a partir das suas pirâmides, prometer levar o mar até Minas.
Lula: O Planalto não é dono do PT !
A degeneração do PT começou quando seus membros eleitos passaram a ter mais poder sobre as decisões partidárias que as instâncias, montando feudos em torno dos seus mandatos. Isso vem de muito longe. E chegou ao ápice com o governo Lula, onde aconteceu a mais devastadora inversão: o partido passou a se submeter sistematicamente aos desejos do Palácio do Planalto, em nome da disputa de poder, como se suas instâncias e decisões democráticas fossem um obstáculo à agilidade necessária à gestão. E assim foi se amoldando aos valores vigentes na política de varejo, esses que estão expostos na crise do senado.
Hoje Lula é o PT, e José Dirceu continua mandando muito nessa relação, mesmo sem os direitos políticos. Lula reclama que a senadora Marina não o procurou para dizer que sairia do partido, assim como não o consultou para deixar o Ministério do Meio Ambiente, pressionada pelos licenciamentos ambientais de projetos como estradas e hidrelétrica, para os quais o Planalto queria soluções políticas e não técnicas. Marina, enquanto senadora, deve satisfações ao PT, e não ao chefe do executivo. Já com o senador Flávio Arns, que disse repudiar a atitude anti-ética do PT ao anistiar Sarney no Conselho de Etica por ordem do Planalto, foi tratado por Lula com desprezo, com se estar no primeiro mandato fosse demérito e ainda como se divergir das ordens dos chefes fosse "criar encrenca" com o partido.
Lula deveria ter mais humildade e respeitar os responsáveis por hoje estar fazendo um dos melhores governos da história: os milhares de petistas que estão nos movimentos e nos cargos públicos trabalhando em meio a imensas dificuldades para mudar a cultura direitista de mais de 500 anos no poder. E ouvir as críticas dos que estão nessa tarefa, e dos "encrenqueiros" que estão no partido mesmo com os erros cometidos porque são os testemunhos do PT original, e querem incomodar ao mostrar as incoerências. Ao se aliar cada vez mais ao PMDB, Lula vai incorporando os valores do fisiologismo e ficando restrito ao toma lá, dá cá do mercado da política de varejo, abandonando a estratégia de mudar radicalmente e de forma irreversível a realidade a favor dos oprimidos. Está deixando de ser uma oportunidade mal aproveitada de fazer o novo para se diluir no atraso histórico.
Hoje Lula é o PT, e José Dirceu continua mandando muito nessa relação, mesmo sem os direitos políticos. Lula reclama que a senadora Marina não o procurou para dizer que sairia do partido, assim como não o consultou para deixar o Ministério do Meio Ambiente, pressionada pelos licenciamentos ambientais de projetos como estradas e hidrelétrica, para os quais o Planalto queria soluções políticas e não técnicas. Marina, enquanto senadora, deve satisfações ao PT, e não ao chefe do executivo. Já com o senador Flávio Arns, que disse repudiar a atitude anti-ética do PT ao anistiar Sarney no Conselho de Etica por ordem do Planalto, foi tratado por Lula com desprezo, com se estar no primeiro mandato fosse demérito e ainda como se divergir das ordens dos chefes fosse "criar encrenca" com o partido.
Lula deveria ter mais humildade e respeitar os responsáveis por hoje estar fazendo um dos melhores governos da história: os milhares de petistas que estão nos movimentos e nos cargos públicos trabalhando em meio a imensas dificuldades para mudar a cultura direitista de mais de 500 anos no poder. E ouvir as críticas dos que estão nessa tarefa, e dos "encrenqueiros" que estão no partido mesmo com os erros cometidos porque são os testemunhos do PT original, e querem incomodar ao mostrar as incoerências. Ao se aliar cada vez mais ao PMDB, Lula vai incorporando os valores do fisiologismo e ficando restrito ao toma lá, dá cá do mercado da política de varejo, abandonando a estratégia de mudar radicalmente e de forma irreversível a realidade a favor dos oprimidos. Está deixando de ser uma oportunidade mal aproveitada de fazer o novo para se diluir no atraso histórico.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Arraial do Cabo (RJ) - Museu Oceanográfico da Marinha
Em Arraial do Cabo tem muitas praias e paisagens fantásticas, mas na praça próxima à Praia dos Anjos fica o Museu Oceanográfico da Marinha, com ingressos a R$ 3, que tem desde documentos náuticos a equpamentos de exploração submarina, aquários com espécies da região e informações sobre a vida marinha. Recomendado para todas as idades, com muita coisa interessante.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
PT : autoritarismo destroi o partido
Dois fatos importantes hoje: os três senadores petistas livraram a cara de Sarney e Artur Virgílio na Comissão de Ética do senado por ordem do centralismo burocrático da direção do partido, e a saída de Marina Silva, depois de 30 anos de militância fiel, corajosa e honesta.
Mercadante tentou justificar a votação que livrou os picaretas da condenação por decoro por ser fiel à defesa do governo e por atender a resolução da direção do partido. Colocou a liderança do partido no senado à disposição, depois do vergonhoso episódio. Berzoini, presidente do PT, declarou que, apesar de entender que o mandato pertence ao partido, que não lutariam para tomar a vaga de Marina. O senador Arns se declarou envergonhado com o rompimento do PT com a ética do seu programa, e também deve sair.
As empresas Globo preferem associar a saída de Marina às disputas com Dilma Roussef por causa de licenciamentos ambientais para obras do PAC. Essa é a versão que entendem dar mais prejuízos a Lula, mesmo que não seja o todo da verdade.
Marina soltou nota justificando sua saída a partir da falta de espaço no PT para a defesa de políticas ambientais sustentáveis. Por outro lado, Marina elogiou o empenho do deputado Sarney Filho, do PV maranhense, pelo seu compromisso com as politicas ambientais desde que era ministro do meio-ambiente. Pode estar saindo da frigideira para cair no fogo, caso o PV continue alinhado com o PSDB e o DEM, partidos que representam interesses de latifundiários e do agronegócio em expansão em áreas de proteção ambiental, como a Amazônia e o Cerrado.
De cisão em cisão, o PT se empobrece e fica cada vez mais parecido com o PMDB. Os fins, cada vez mais, justificam os meios, na manutenção do poder. O trator de Lula fez do PT um saco de pancadas, com a imposição da candidatura Dilma e um discurso à direita. Marina não buscou o PSOL como os seguidores de Heloisa Helena, expulsos do partido por se negarem a votar na reforma da previdência que prejudicou os trabalhadores. Ela deve ir para o PV que, por sua vez, é em vários estados legenda de aluguel do PSDB e noutros é aliado explícito da oposição de direita. Se Marina fosse para o PSOL, o estrago seria bem maior, já que os dissidentes internos do PT tenderiam a ir para essa legenda mais que para o PV.
No fundo de tudo isso, está a degeneração da democracia interna, desde que se contemporizou na manutenção da bandidagem do mensalão ao mesmo tempo que se expulsava gente sinceramente comprometida com os trabalhadores. A crise não pára por aí, mas o estalinismo de José Dirceu e seus seguidores não se preocupa com o pensamento das bases, já que substituiram a militância ideológica pelos cabos eleitorais da política tradicional. Pela porta aberta por Marina pode sair o que restou de essência ao PT.
Mercadante tentou justificar a votação que livrou os picaretas da condenação por decoro por ser fiel à defesa do governo e por atender a resolução da direção do partido. Colocou a liderança do partido no senado à disposição, depois do vergonhoso episódio. Berzoini, presidente do PT, declarou que, apesar de entender que o mandato pertence ao partido, que não lutariam para tomar a vaga de Marina. O senador Arns se declarou envergonhado com o rompimento do PT com a ética do seu programa, e também deve sair.
As empresas Globo preferem associar a saída de Marina às disputas com Dilma Roussef por causa de licenciamentos ambientais para obras do PAC. Essa é a versão que entendem dar mais prejuízos a Lula, mesmo que não seja o todo da verdade.
Marina soltou nota justificando sua saída a partir da falta de espaço no PT para a defesa de políticas ambientais sustentáveis. Por outro lado, Marina elogiou o empenho do deputado Sarney Filho, do PV maranhense, pelo seu compromisso com as politicas ambientais desde que era ministro do meio-ambiente. Pode estar saindo da frigideira para cair no fogo, caso o PV continue alinhado com o PSDB e o DEM, partidos que representam interesses de latifundiários e do agronegócio em expansão em áreas de proteção ambiental, como a Amazônia e o Cerrado.
De cisão em cisão, o PT se empobrece e fica cada vez mais parecido com o PMDB. Os fins, cada vez mais, justificam os meios, na manutenção do poder. O trator de Lula fez do PT um saco de pancadas, com a imposição da candidatura Dilma e um discurso à direita. Marina não buscou o PSOL como os seguidores de Heloisa Helena, expulsos do partido por se negarem a votar na reforma da previdência que prejudicou os trabalhadores. Ela deve ir para o PV que, por sua vez, é em vários estados legenda de aluguel do PSDB e noutros é aliado explícito da oposição de direita. Se Marina fosse para o PSOL, o estrago seria bem maior, já que os dissidentes internos do PT tenderiam a ir para essa legenda mais que para o PV.
No fundo de tudo isso, está a degeneração da democracia interna, desde que se contemporizou na manutenção da bandidagem do mensalão ao mesmo tempo que se expulsava gente sinceramente comprometida com os trabalhadores. A crise não pára por aí, mas o estalinismo de José Dirceu e seus seguidores não se preocupa com o pensamento das bases, já que substituiram a militância ideológica pelos cabos eleitorais da política tradicional. Pela porta aberta por Marina pode sair o que restou de essência ao PT.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Arraial do Cabo (RJ) - Prainhas do Atalaia
As prainhas do Pontal do Atalaia podem ser acessadas por estrada de terra ou por passeio de barco, que pode ser contratado na Praia dos Anjos com preços entre R$ 25 e R$ 40 por pessoa. Em frente às prainhas o mar é da cor de esmeralda, e do outro lado da baía encontra-se a ilha do Farol ou ilha de Cabo Frio, com praia de areias também muito brancas.
Na prainha aluga-se pranchas de sandboard por R$ 5 e, com alguma persistência é possível descer a pequena duna sem passar vergonha. Do outro lado do Pontal estão as paisagens belíssimas da Praia Brava e da Praia Grande.
Na prainha aluga-se pranchas de sandboard por R$ 5 e, com alguma persistência é possível descer a pequena duna sem passar vergonha. Do outro lado do Pontal estão as paisagens belíssimas da Praia Brava e da Praia Grande.
Congresso : de pizzas a abobrinhas
Enquanto as vergonhosas maracutaias de Sarney e Artur Virgilio são arquivadas numa grande pizza, a oposição, inflada pela Rede Globo, investe tudo na grande questão nacional do momento: Dilma falou ou não com Lina? Tenham dó! Mesmo que a ex-secretária de fazenda conseguisse provar (o que não fez no depoimento de hoje no Congresso) que conversou naquele dia com a Ministra Dilma, como iria provar se houve pressão para abafar as investigações sobre as empresas do filho de Sarney, Fernando Sarney, como a imprensa afirma?
A própria Lina disse que teria sido pedido para acelerar a investigação, e que ela não entendeu como pressão. A falta de agenda, de projetos e de propostas para o Brasil pelo DEMO e tucanos levam a isso. Vão arranjar o que fazer para justificar todo esse gasto com essa vadiagem de picuinhas, mediocridade e abobrinhas! Até oposição o PT fazia melhor que eles.
A própria Lina disse que teria sido pedido para acelerar a investigação, e que ela não entendeu como pressão. A falta de agenda, de projetos e de propostas para o Brasil pelo DEMO e tucanos levam a isso. Vão arranjar o que fazer para justificar todo esse gasto com essa vadiagem de picuinhas, mediocridade e abobrinhas! Até oposição o PT fazia melhor que eles.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
TomiFlu : efeitos secundários
Aqui no Rio um remédio amargo tem sido aplicado para o mau futebol: o TomiFlu. O campeonato brasileiro chegou ontem à sua metade, e o Fluminense marcou até agora 15 pontos. Se repetir a campanha, chegará aos 30, muito abaixo dos cerca de 45 pontos necessários para se manter na primeira divisão. O histórico não leva à crença na cura da doença, que causa náuseas, crises de choro e convulsões na torcida pó-de-arroz.
Para piorar a situação, o time das Laranjeiras contratou o técnico Renato Gaúcho, que tem no seu currículo a experiência de ter levado o Vasco à segundona no ano passado, depois de ter deixado o mesmo Fluminense em péssima situação no campeonato brasileiro após o fracasso na Libertadores da América. Continuando a overdose de TomiFlu, o péssimo futebol poderá criar resistência e levar o clube a efeitos de segundona.
Para piorar a situação, o time das Laranjeiras contratou o técnico Renato Gaúcho, que tem no seu currículo a experiência de ter levado o Vasco à segundona no ano passado, depois de ter deixado o mesmo Fluminense em péssima situação no campeonato brasileiro após o fracasso na Libertadores da América. Continuando a overdose de TomiFlu, o péssimo futebol poderá criar resistência e levar o clube a efeitos de segundona.
domingo, 16 de agosto de 2009
Cabo Frio (RJ) - Praia da Concha
Essa praia fica no litoral norte de Cabo Frio, no rumo de quem vai para Búzios, e fica a 2 km por estrada de terra a partir da estrada de Peró. A enseada tem sua entrada estreita, dando à praia o formato de concha.
Ao chegar, você verá uma barraquinha onde há o cartaz "recepção", que na verdade é uma parada forçada pelos donos de quiosques para angariarem turistas para seus restaurantes. Acredito que na alta estação a praia fique lotada e os preços disparem, a começar pelo de estacionamento ilegalmente cobrado pelos flanelinhas. Em Cabo Frio, ao pagar um estacionamento legalizado de R$ 3,00, você pode usar a mesma tarjeta por até 6 horas para parar em qualquer outro lugar permitido.
sábado, 15 de agosto de 2009
Cabo Frio (RJ) - Praia do Foguete
O formato da caixa d`'agua que existe no Clube Militar parece ter sido a origam do nome da Praia do Foguete, que fica na fronteira de Cabo Frio com Arraial do Cabo, no litoral norte do estado do Rio.
Com grandes espaços vazios, a área ainda não foi destruida pela especulação imobiliária. Pelo contrário, ainda há lagoas bem preservadas, em trechos junto ao mar. Com boas pousadas, a preços abaixo dos praticados na Praia do Forte, e sem a muvuca de tráfego do centro de Cabo Frio, a Praia do Foguete é uma boa opção para quem quer ficar bem de frente para a praia, em tranqulidade, ouvindo o barulho das ondas com vento constante à noite. E é um bom ponto de apoio para conhecer Arraial (6 km), Cabo Frio (4 km), Búzios (24 km) e S. Pedro da Aldeia (18 km).
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Os dois palanques de Gabeira
Enquanto a midia faz a festa das especulações envolvendo eventual candidatura da senadora petista Marina Silva à presidencia pelo PV em 2010, a armadilha para a ilibada petista vai se tornando mais clara. O candidato à prefeitura pelo PV do Rio, no ano passado, o deputado Fernando Gabeira, deverá ser candidato ao governo estadual em 2010, e, não fosse o fator Marina, já ensaiava o mesmo arco de alianças preferenciais com os tucanos e os demos, através do apoio recíproco ao candidato do PSDB, José Serra.
Mesmo com a eventual candidatura de Marina pelo seu partido, Gabeira não abriria mão de apoiar o candidato Serra, o que mostra que toda a manobra envolvendo a acreana não teria consistência, seria apenas uma armadilha para dividir os votos da candidatura governamental e jogar o tucano no segundo turno, descartando Marina. No ano passado estranhei muito que amigos referenciados no PT tivessem votado em Gabeira para a prefeitura, mesmo apoiado pelo ex-prefeito Cesar Maia, do DEMO, e com vice do PSDB. Gabeira, que tem uma biografia de luta, ainda não foi suficientemente desmascarado como adesista da direita. Ainda acreditam no seu passado, e não enxergam seu compromisso atual com a nefasta elite que combateu nos anos 70.
Mesmo com a eventual candidatura de Marina pelo seu partido, Gabeira não abriria mão de apoiar o candidato Serra, o que mostra que toda a manobra envolvendo a acreana não teria consistência, seria apenas uma armadilha para dividir os votos da candidatura governamental e jogar o tucano no segundo turno, descartando Marina. No ano passado estranhei muito que amigos referenciados no PT tivessem votado em Gabeira para a prefeitura, mesmo apoiado pelo ex-prefeito Cesar Maia, do DEMO, e com vice do PSDB. Gabeira, que tem uma biografia de luta, ainda não foi suficientemente desmascarado como adesista da direita. Ainda acreditam no seu passado, e não enxergam seu compromisso atual com a nefasta elite que combateu nos anos 70.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Cabo Frio (RJ) - Forte São Mateus
Cabo Frio na baixa estação é um paraiso. Nunca fiquei na cidade, pois sempre vinha no verão e preferia Arraial do Cabo, cidade que fica a 10km e que permitia acampar na Praia dos Anjos. Isso há mais de 30 anos. Cabo Frio era sinônimo de muvuca, com engarrafamentos imensos, falta de água e energia constantes, altos preços de hospedagem e de suprimentos. De lá para cá, Búzios foi emancipada de Cabo Frio, assim como Arraial, e arrastou os turistas de maior renda. Acho que isso fez Cabo Frio se estabilizar e ficar uma cidade de veraneio muito boa, pelo menos nos dias que estive por aqui.
Das muitas atrações, destaco o entorno do Forte São Mateus, que fica num rochedo ao final da Praia do Forte, acessível por um pontilhão de pedestres. Fez parte de uma rede de fortificações construída pelos portugueses para defesa do litoral brasileiro, no século XVI. No caso, servia para barrar a entrada de barcos de piratas e de outras nações na grande lagoa de Araruama. Cabo Frio foi fundada em 1615. Ao lado do forte fica o Morro do Arpoador, com a foz do canal navegável que liga o mar à Lagoa de Araruama, onde estão unidades de processamento de pesca, marinas, condomínios de alta renda e um trecho de orla chamado de Boulevard do Canal, onde há farturas de bares e restaurantes. As fotos mostram um pouco do espetáculo. Não botei mais porque a conexão wi-fi do hotel está deficiente.
Das muitas atrações, destaco o entorno do Forte São Mateus, que fica num rochedo ao final da Praia do Forte, acessível por um pontilhão de pedestres. Fez parte de uma rede de fortificações construída pelos portugueses para defesa do litoral brasileiro, no século XVI. No caso, servia para barrar a entrada de barcos de piratas e de outras nações na grande lagoa de Araruama. Cabo Frio foi fundada em 1615. Ao lado do forte fica o Morro do Arpoador, com a foz do canal navegável que liga o mar à Lagoa de Araruama, onde estão unidades de processamento de pesca, marinas, condomínios de alta renda e um trecho de orla chamado de Boulevard do Canal, onde há farturas de bares e restaurantes. As fotos mostram um pouco do espetáculo. Não botei mais porque a conexão wi-fi do hotel está deficiente.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Marina Silva : alternativa do PT para 2010?
Desde que vi na mídia o Partido Verde oferecendo à ex-ministra do Meio Ambiente e atual senadora Marina Silva, estranhei muito. Primeiro, porque o PV tem sido aliado do PSDB nas últimas eleições, como no Rio de Janeiro, onde Gabeira teve um vice tucano. Segundo, porque Marina é petista fiel aos princípios que fundaram o partido, e identificada com Lula. Em nome dessa fidelidade partidária e a Lula, teve que engolir transgênicos e projetos de desenvolvimento pouco sustentáveis. A pressão por agilidade nos processos de licenciamento ambiental, somada à visão governamental da preservação como estorvo ao crescimento foram causas que a levaram deixar o ministério, mas não o PT, onde atua no Senado com dignidade, em meio ao lodaçal da direita.
A mídia anti-Lula alopra quando começa a supor o apoio de Marina a Serra no segundo turno, ou mesmo a chapa Aécio e Marina. A intenção deles é criar problemas à candidatura de Dilma Roussef, escolhida por Lula à revelia das instâncias partidárias, através de atritos internos. Antes da mídia entrar na jogada, já existia no interior do PT a movimentação para propor Marina como candidata à disputa. O que fizeram foi amplificar o debate, com a jogada ensaiada com o PV. De fato, conseguiram criar algo novo: dar ao eleitorado uma alternativa de dentro do PT, algo impensável meses atrás, quando se especulava sobre o estado de saúde da ministra Dilma, e não se via um nome alternativo no PT.
Marina não responde pelos atos do atual governo, é tão honesta, respeitável e capaz quanto Dilma e pode ter respaldo do eleitorado que votou nas propostas do antigo PT e que não deixará a direita voltar ao governo. Marina candidata pelo PT, com o apoio de Lula, seria imbatível e resgataria para o partido a imagem desgastada pela caríssima manutenção da base aliada, desde o mensalão até a operação de salvamento de Sarney.
A candidatura Marina, com o apoio de Lula, pode incrementar a eleição de deputados e senadores, melhorando a governabilidade e criando as condições de disputar com o PMDB a maioria congressual, além de impulsionar candidaturas aos governos estaduais com maior viabilidade que nos acordos que Lula vem tentando fazer como refém do PMDB. Pode até escantear o PMDB da candidatura a vice. Fora do PT, e contra ele, Marina ficaria refém de "comprar"governabilidade do PMDB, DEM, PSDB, PPS, PV a um preço muito caro para a sua biografia.
A mídia anti-Lula alopra quando começa a supor o apoio de Marina a Serra no segundo turno, ou mesmo a chapa Aécio e Marina. A intenção deles é criar problemas à candidatura de Dilma Roussef, escolhida por Lula à revelia das instâncias partidárias, através de atritos internos. Antes da mídia entrar na jogada, já existia no interior do PT a movimentação para propor Marina como candidata à disputa. O que fizeram foi amplificar o debate, com a jogada ensaiada com o PV. De fato, conseguiram criar algo novo: dar ao eleitorado uma alternativa de dentro do PT, algo impensável meses atrás, quando se especulava sobre o estado de saúde da ministra Dilma, e não se via um nome alternativo no PT.
Marina não responde pelos atos do atual governo, é tão honesta, respeitável e capaz quanto Dilma e pode ter respaldo do eleitorado que votou nas propostas do antigo PT e que não deixará a direita voltar ao governo. Marina candidata pelo PT, com o apoio de Lula, seria imbatível e resgataria para o partido a imagem desgastada pela caríssima manutenção da base aliada, desde o mensalão até a operação de salvamento de Sarney.
A candidatura Marina, com o apoio de Lula, pode incrementar a eleição de deputados e senadores, melhorando a governabilidade e criando as condições de disputar com o PMDB a maioria congressual, além de impulsionar candidaturas aos governos estaduais com maior viabilidade que nos acordos que Lula vem tentando fazer como refém do PMDB. Pode até escantear o PMDB da candidatura a vice. Fora do PT, e contra ele, Marina ficaria refém de "comprar"governabilidade do PMDB, DEM, PSDB, PPS, PV a um preço muito caro para a sua biografia.
Saquarema (RJ) - Igreja N.S Nazareth
Saquarema é uma cidade costeira situada a 100 km ao norte do Rio de Janeiro, na região da Costa do Sol. É referência mundial em surf, e nas suas praias, em especial a de Itaúna, são realizadas competições internacionais do esporte. No Morro de Saquarema, principal elevação do centro da cidade, está a Igreja de N. S. de Nazareth, um belo prédio incrustado num rochedo escarpado, à beira do mar. E onde há o curioso cemitério de mesmo nome, onde as sepulturas têm vista para o mar, coisa que nunca vi nessas andanças pelo Brasil.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Denunciada lavagem de dinheiro da Igreja Universal
O "bispo" Edir Macedo e mais nove pessoas ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) são acusados pela justiça de desviar dinheiro de doações de fiéis para empresas de fachada e de "lavar o dinheiro" em paraísos fiscais. De brinde, acusação de formação de quadrilha. Certamente nos "cultos" a notícia será dada como "obra do demônio para calar a mensagem de Deus", e mais recursos poderão ser pedidos para ajudar a pagar advogados para a defesa da IURD.
O negócio "religioso" é um sucesso milenar. Noutro dia passei por uma dessas "igrejas" no Largo do Tanque, no Rio, onde anunciavam em cartaz a venda de terra de Israel. Não é de terras não, é de punhados de terra aos crédulos otários que, por necessidades espirituais, entram nesse tipo de golpe achando que vão ganhar o acesso ao paraíso. Venda de indulgências parece não ser prevista na lei como fraude, e a própria IURD já vendeu a uma pessoa com deficiência mental uma "chave do céu", em troca de todo o salário, um empréstimo bancário e a venda de um terreno do "fiel". Detalhe: o "diploma de dizimista" era assinado por "Jesus Cristo"...
Essas coisas estão espalhadas por todo o país, mas só a Universal tem a vigilância sistemática da imprensa, em especial das Organizações Globo, porque usa os recursos para comprar emissoras de TV e concorrer diretamente com a Globo. A Renascer só veio a foco com a prisão de "bispos" nos Estados Unidos carregando malas de dinheiro. No mais, o modelo de negócio prospera, mesmo porque, em essência, tem aspectos abrangentes a todas as "igrejas". Ainda sobre o tema, a Globonews exibiu ontem uma entrevista com o biólogo e evolucionista britânico Richard Dawkins, autor que defende no seu livro "Deus, um delírio"que os ateus "saiam do armário" e venham a público combater os mitos e crenças explorados pelas "religiões". Vai passar de novo na próxima segunda-feira, dia 17, às 23:30h, mas já está em parte no Youtube neste link.
O negócio "religioso" é um sucesso milenar. Noutro dia passei por uma dessas "igrejas" no Largo do Tanque, no Rio, onde anunciavam em cartaz a venda de terra de Israel. Não é de terras não, é de punhados de terra aos crédulos otários que, por necessidades espirituais, entram nesse tipo de golpe achando que vão ganhar o acesso ao paraíso. Venda de indulgências parece não ser prevista na lei como fraude, e a própria IURD já vendeu a uma pessoa com deficiência mental uma "chave do céu", em troca de todo o salário, um empréstimo bancário e a venda de um terreno do "fiel". Detalhe: o "diploma de dizimista" era assinado por "Jesus Cristo"...
Essas coisas estão espalhadas por todo o país, mas só a Universal tem a vigilância sistemática da imprensa, em especial das Organizações Globo, porque usa os recursos para comprar emissoras de TV e concorrer diretamente com a Globo. A Renascer só veio a foco com a prisão de "bispos" nos Estados Unidos carregando malas de dinheiro. No mais, o modelo de negócio prospera, mesmo porque, em essência, tem aspectos abrangentes a todas as "igrejas". Ainda sobre o tema, a Globonews exibiu ontem uma entrevista com o biólogo e evolucionista britânico Richard Dawkins, autor que defende no seu livro "Deus, um delírio"que os ateus "saiam do armário" e venham a público combater os mitos e crenças explorados pelas "religiões". Vai passar de novo na próxima segunda-feira, dia 17, às 23:30h, mas já está em parte no Youtube neste link.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Reajuste de 7% nas aposentadorias: ganho real de 3%
Para desespero dos liberais, que só pensam em menos impostos e se lixam para os mais pobres, o governo Lula deverá anunciar o reajuste de 7% nos benefícios de aposentados que ganham acima do salário mínimo a partir de janeiro de 2010. É pouco, comparado ao ganho real do salário mínimo na era Lula, mas é inédito, e será apresentado pelo governo para apreciação pelas centrais sindicais. A oposição também vai chiar, pois a benesse virá no início de ano eleitoral, mas no cerne da crítica estará o preconceito contra os aposentados, aqueles que "ganham sem trabalhar", no entendimento da direita.
Fla x Corinthians : Ronaldo fez falta
Adriano fez o gol da vitória rubronegra, e passou a ser artilheiro do Brasileirão. A torcida comemorou muito o melhor time carioca da atualidade superar o melhor time paulista deste ano, mas faltou acertar as contas com o craque Ronaldo, que criou expectativas de vir para o Flamengo no início do ano, ao usar as instalações do clube para a sua recuperação fisica, e depois, surpreendentemente, foi para o Corinthians.
Mesmo jurando amor ao Flamengo (até foi pego usando o Manto Sagrado no episódio dos travestis), empolgou-se com seus progressos no Corinthians e com a sua torcida, chegando a declarar que duvidava que a torcida do time carioca fosse maior que a do paulista. A partir daí, passou a ser considerado o traíra número 1 do Flamengo, e tudo que a torcida queria era vê-lo nesse jogo de ontem, para dar-lhe a merecida vaia. Providencialmente, Ronaldo fraturou a mão e teve o álibi para não vir ao Rio. Para a torcida do Flamengo, isso foi mais uma amarelada, para escapar ao "justiçamento" pela "heresia", mas, mesmo com a ausência, faixas e palavras de ordem lembraram o craque no Maracanã ontem.
Mesmo jurando amor ao Flamengo (até foi pego usando o Manto Sagrado no episódio dos travestis), empolgou-se com seus progressos no Corinthians e com a sua torcida, chegando a declarar que duvidava que a torcida do time carioca fosse maior que a do paulista. A partir daí, passou a ser considerado o traíra número 1 do Flamengo, e tudo que a torcida queria era vê-lo nesse jogo de ontem, para dar-lhe a merecida vaia. Providencialmente, Ronaldo fraturou a mão e teve o álibi para não vir ao Rio. Para a torcida do Flamengo, isso foi mais uma amarelada, para escapar ao "justiçamento" pela "heresia", mas, mesmo com a ausência, faixas e palavras de ordem lembraram o craque no Maracanã ontem.
domingo, 9 de agosto de 2009
Rio : Estrada das Canoas
Um dos acessos à Floresta da Tijuca é a Estrada das Canoas, que começa em São Conrado e se conecta com o Alto da Boa Vista, e é o caminho obrigatório para acessar a base de saltos de asas-delta na base da Pedra Bonita. Além da belíssima floresta, há que se admirar as paisagens da Pedra da Gávea e do litoral de São Conrado, como nas fotos.
O melhor lugar para ver a paisagem é numa ponte em curva, ao lado do Mirante das Canoas. Este, apesar da denominação, não cumpre a sua função, já que a mata não é aparada e cobre toda a visão. O lugar é ermo, e não tem policiamento ostensivo, sendo recomendado cuidado com a segurança, já que, se for de carro, este ficará no estacionamento a uns 200m, fora da visão da ponte.
sábado, 8 de agosto de 2009
Rio (RJ) - Praia do Pepino - São Conrado
Por R$ 180 pode-se voar de asa-delta por uma das paisagens mais bonitas do Rio de Janeiro. Com outros R$ 60, fotos são tiradas por câmeras acopladas ao equipamento, ou R$ 120 para filmagem. O acerto é feito na Praia do Pepino, em São Conrado, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro.
Dali o interessado vai em veiculo incluso no preço, subindo a estrada das Canoas, até a rampa de lançamento que fica na base da Pedra Bonita, onde recebe rápidas instruções e, dependendo da condição dos ventos, pula com o piloto profissional para o amplo espaço sobre a Floresta da Tijuca, entre a Pedra da Gávea e o morro Dois Irmãos. As condições de segurança são boas, mas ao longo da história houve acidentes fatais.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
O senado afunda na merda
"Coronel de merda", disse o coronel político de Alagoas, Renan Calheiros ao coronel político do Ceará, Tasso Jereissati, no bate-boca sobre a representação contra o coronel político do Amazonas, Artur Virgílio, em represália às representações por falta de decoro do coronel político do Maranhão, José Sarney, na sessão de ontem do senado federal, o circo do coronelismo nacional.
O PMDB fechou o tempo, deixando de amenidades e partindo para a violência que caracteriza o cerne de qualquer forma de poder. Tem a maioria, e a usará para defender-se. Rejeitará todas as acusações contra Sarney no Conselho de Ética, e ameaça crucificar o lider do PSDB, Artur Virgílio, réu confesso de maracutaias, com o julgamento político no mesmo Conselho. Puro circo, já que a ética do senado é a da quadrilha, onde "se todos fazem, eu faço", sem preocupação com a legalidade, transparência e a moralidade dos atos.
O senado não tem a representação da proporcionalidade da população, pois é majoritário, com 3 senadores eleitos por estado com mandatos de 8 anos, poleiro adequado a coronéis políticos de todos os lugares e matizes políticos, onde vão ex-governadores para o ostracismo de ouro enquanto revezam com outros os governos dos estados por dois mandatos, ou de onde partem para serem candidatos a prefeitos nos anos onde não precisam se reeleger. É a casa do conservadorismo, onde se revisa conservadoramente o que a Câmara aprova.
Velho cliente da violência desses mesmos coronéis, o PT mostrou indignação com a truculência vingativa do PMDB e, através do senador Tião Viana, prestou solidariedade a Artur Virgilio e condenou o rolo-compressor peemedebista. Sarney a tudo assistia e deixava rolar. Aqui e ali um ou outro senador lembrava que o público estava vendo toda aquela baixaria, e que o maior prejudicado seria a instituição "senado".
Essa "preocupação" não é com a qualidade dos trabalhos dos parlamentares, mas com a visibilidade da bandalheira, que vai continuar assim que os holofotes se apagarem ao final da crise. Sem mobilização popular através das entidades estudantis e sindicatos dominados pelo PT e PC do B, nada mudará. Estes nada farão, pois estão "arregados" pelo fisiologismo de carguinhos e benesses do governo Lula. A GLOBO quer reeditar os "caras pintadas" que, com o seu apoio, inflaram a campanha contra Collor quando este colocou em xeque a capacidade da direita governar. Usou até a imagem de militantes da CONLUTAS, central sindical ligada ao PSTU, em manifestação "Fora Sarney", para ver se o movimento pega fôlego, enterra Sarney e salva o senado.
O senado não faz mais nada além de luta interna, e cada vez mais mostra sua inutilidade e anacronismo na representação da cidadania. Pode ser descartado enquanto parte do poder legislativo, passando a Câmara a ter a representação proporcional, e o próprio eleitor, através de conselhos populares e plebiscitos, pode dar a palavra final. Isso não interessa à direita, porque o senado, casa de coronéis políticos, garante os privilégios da minoria dominante.
Senado : para que, para quem? Não precisamos dele.
O PMDB fechou o tempo, deixando de amenidades e partindo para a violência que caracteriza o cerne de qualquer forma de poder. Tem a maioria, e a usará para defender-se. Rejeitará todas as acusações contra Sarney no Conselho de Ética, e ameaça crucificar o lider do PSDB, Artur Virgílio, réu confesso de maracutaias, com o julgamento político no mesmo Conselho. Puro circo, já que a ética do senado é a da quadrilha, onde "se todos fazem, eu faço", sem preocupação com a legalidade, transparência e a moralidade dos atos.
O senado não tem a representação da proporcionalidade da população, pois é majoritário, com 3 senadores eleitos por estado com mandatos de 8 anos, poleiro adequado a coronéis políticos de todos os lugares e matizes políticos, onde vão ex-governadores para o ostracismo de ouro enquanto revezam com outros os governos dos estados por dois mandatos, ou de onde partem para serem candidatos a prefeitos nos anos onde não precisam se reeleger. É a casa do conservadorismo, onde se revisa conservadoramente o que a Câmara aprova.
Velho cliente da violência desses mesmos coronéis, o PT mostrou indignação com a truculência vingativa do PMDB e, através do senador Tião Viana, prestou solidariedade a Artur Virgilio e condenou o rolo-compressor peemedebista. Sarney a tudo assistia e deixava rolar. Aqui e ali um ou outro senador lembrava que o público estava vendo toda aquela baixaria, e que o maior prejudicado seria a instituição "senado".
Essa "preocupação" não é com a qualidade dos trabalhos dos parlamentares, mas com a visibilidade da bandalheira, que vai continuar assim que os holofotes se apagarem ao final da crise. Sem mobilização popular através das entidades estudantis e sindicatos dominados pelo PT e PC do B, nada mudará. Estes nada farão, pois estão "arregados" pelo fisiologismo de carguinhos e benesses do governo Lula. A GLOBO quer reeditar os "caras pintadas" que, com o seu apoio, inflaram a campanha contra Collor quando este colocou em xeque a capacidade da direita governar. Usou até a imagem de militantes da CONLUTAS, central sindical ligada ao PSTU, em manifestação "Fora Sarney", para ver se o movimento pega fôlego, enterra Sarney e salva o senado.
O senado não faz mais nada além de luta interna, e cada vez mais mostra sua inutilidade e anacronismo na representação da cidadania. Pode ser descartado enquanto parte do poder legislativo, passando a Câmara a ter a representação proporcional, e o próprio eleitor, através de conselhos populares e plebiscitos, pode dar a palavra final. Isso não interessa à direita, porque o senado, casa de coronéis políticos, garante os privilégios da minoria dominante.
Senado : para que, para quem? Não precisamos dele.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Brasil não pode aceitar bases dos EUA na Colômbia
Dois fatos relevantes e preocupantes para a segurança nacional acontecem em poucos dias: o anúncio da instalação de bases militares americanas na Colômbia e a visita do assessor de segurança nacional do governo Obama, general James Jones, oferecendo armas em troca de participação na exploração do pré-sal.
De uma só tacada, ameaçam as duas maiores reservas de riquezas nacionais: Amazônia e petróleo. A visita do general americano tira qualquer sutileza do diálogo, curto e grosso: queremos o seu petróleo, e damos em troca a possibilidade de vocês comprarem armas americanas inferiores às das forças armadas dos EUA e sistemas de defesa que podemos desativar remotamente ou coletar em paralelo todos os dados, a exemplo do SIVAM, sistema de controle aéreo da Amazônia, construído a partir de tecnologia e empresas deles. Se fosse para fazer negócios, mandavam alguém da área de comércio.
A questão é estratégica para eles, e disponibilizar o petróleo venezuelano com a derrubada de Chávez e influir na regulamentação do pré-sal no Brasil parecem ser metas de curto prazo. Obama e sua turma já viram que no Oriente Médio é muito custosa uma ocupação militar para garantir reservas de petróleo, já que as do território americano estão em vias de esgotamento ainda no governo Obama. Hoje o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, fará a visita a Lula, num esforço diplomático para vender a idéia de serem positivas as bases americanas no seu país. Entreguista e fantoche americano, Uribe é muito parecido com alguns brasileiros que querem trocar a estrela do PT por mais uma estrela na bandeira americana, e entregam tudo por umas merrecas. Deve vir para reforçar o discurso do general de Obama.
Precisamos de armamento americano para nos defender exatamente deles, potenciais agressores em busca de insumos ? O governo brasileiro até aqui tem sido coerente com a defesa da soberania sobre as riquezas, e não pode nem deve entrar na onda de Uribe nem no belicismo de Chávez. E dizer ao governo americano que pegue senha para entrar na fila de compras de petróleo, como qualquer outro cliente. Se é para entregar tudo, é só deixar a oposição regulamentar o pré-sal de forma lesiva ao país e passar a eles o governo em 2011.
De uma só tacada, ameaçam as duas maiores reservas de riquezas nacionais: Amazônia e petróleo. A visita do general americano tira qualquer sutileza do diálogo, curto e grosso: queremos o seu petróleo, e damos em troca a possibilidade de vocês comprarem armas americanas inferiores às das forças armadas dos EUA e sistemas de defesa que podemos desativar remotamente ou coletar em paralelo todos os dados, a exemplo do SIVAM, sistema de controle aéreo da Amazônia, construído a partir de tecnologia e empresas deles. Se fosse para fazer negócios, mandavam alguém da área de comércio.
A questão é estratégica para eles, e disponibilizar o petróleo venezuelano com a derrubada de Chávez e influir na regulamentação do pré-sal no Brasil parecem ser metas de curto prazo. Obama e sua turma já viram que no Oriente Médio é muito custosa uma ocupação militar para garantir reservas de petróleo, já que as do território americano estão em vias de esgotamento ainda no governo Obama. Hoje o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, fará a visita a Lula, num esforço diplomático para vender a idéia de serem positivas as bases americanas no seu país. Entreguista e fantoche americano, Uribe é muito parecido com alguns brasileiros que querem trocar a estrela do PT por mais uma estrela na bandeira americana, e entregam tudo por umas merrecas. Deve vir para reforçar o discurso do general de Obama.
Precisamos de armamento americano para nos defender exatamente deles, potenciais agressores em busca de insumos ? O governo brasileiro até aqui tem sido coerente com a defesa da soberania sobre as riquezas, e não pode nem deve entrar na onda de Uribe nem no belicismo de Chávez. E dizer ao governo americano que pegue senha para entrar na fila de compras de petróleo, como qualquer outro cliente. Se é para entregar tudo, é só deixar a oposição regulamentar o pré-sal de forma lesiva ao país e passar a eles o governo em 2011.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Ataque à Globovision : quem tem GLOBO tem medo
Manchete principal de "O GLOBO" de hoje: "Cerco à mídia venezuelana é condenado, menos no Brasil". Subtítulo: "Assessor de Lula elogia liberdade de imprensa no Governo Chávez". Quem lê isso pensa que todos os governos condenaram a truculência do ataque de militantes pró-Chavez à principal emissora de TV da oposição venezuelana. Olhando o corpo da matéria, encontra-se a crítica isolada do presidente paraguaio, Fernando Lugo, e de mais nenhum chefe de estado. O poderoso império da família Marinho quer que Lula se ajoelhe e jure que não ousará fazer o mesmo por aqui. Como o assessor de assuntos internacionais Marco Aurélio Garcia não quis rezar o pai-nosso, já cairam de pau nele.
As organizações Globo são um império que não seria aceito em nenhum país civilizado do mundo. Dominam todas as mídias, com abrangência nacional, constituindo-se na maior máquina polític0-eleitoral do país. Enquanto os partidos têm alguns parcos minutos gratuitos de acesso às cadeias de TV nacionais para colocarem suas propostas, a Globo tem todo o tempo campanhas a favor dos seus interesses, pautando governos, criando ou destruindo instantaneamente opiniões e personagens. Como isenção política não existe em mídia, e o que cada canal de comunicação diz reflete o pensamento, a ideologia do seu proprietário, tal poderio da Globo pode ser considerado nocivo à liberdade de expressão e à soberania das instituições nacionais.
Isso não significa dizer que Chávez e sua turma estejam corretos. Há um claro viés autoritário tanto no fechamento de estações de rádio como no ataque de seus partidários à Globovision. Como cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça, Chávez vem ao longo do tempo eliminando todos os que apoiaram o golpe que o derrubou há alguns anos, e a Globovisión, que nada tem a ver com a Globo brasileira, foi uma das principais apoiadoras da oposição no episódio. A cada notícia contra o governo, Chávez intervém em cadeia nacional para refutar.
No caso da Globo brasileira, se os governos (não apenas o federal) se deixarem pautar pelo PRG (Partido da Rede Globo), terão que montar enormes assessorias de imprensa para ficar o dia todo desmentindo no varejo o que os canais do Grande Irmão empurram às grandes massas populares no atacado. É desproporcional a capacidade de influir entre o PRG e os demais atores no cenário político. Para completar a desgraça da comunicação nacional, as concessões de rádio e TV recaem na sua quase totalidade para políticos, na quase totalidade da direita, e quando se fala em coibir a monopolização ou oligopolização dos meios de comunicação, imediatamente se forma um batalhão de artilharia pesada para dizer que se pretende acabar com a liberdade de expressão ou fomentar um regime ditatorial.
As organizações Globo sabem o que podem perder se for discutida e aprovada uma legislação antitruste na área de comunicação. Não são apenas anunciantes, clientes e mercados. Perde-se o poder de dirigir a política, acima das lideranças e instituições. A sociedade precisa discutir e intervir para acabar com esse domínio nocivo de um pequeno grupo sobre tudo e todos, que tudo enxerga, em tudo influi e escreve a história conforme seus interesses, como em "1984"de George Orwell. Seria a hora de começarmos uma nova frente de combate, reeditando uma palavra de ordem muito usada na época da ditadura, quando equipes da Globo iam às manifestações de estudantes e sindicatos para filmar tudo e nada por no ar, na sua colaboração com a repressão:
"O POVO NÃO É BOBO, ABAIXO A REDE GLOBO".
As organizações Globo são um império que não seria aceito em nenhum país civilizado do mundo. Dominam todas as mídias, com abrangência nacional, constituindo-se na maior máquina polític0-eleitoral do país. Enquanto os partidos têm alguns parcos minutos gratuitos de acesso às cadeias de TV nacionais para colocarem suas propostas, a Globo tem todo o tempo campanhas a favor dos seus interesses, pautando governos, criando ou destruindo instantaneamente opiniões e personagens. Como isenção política não existe em mídia, e o que cada canal de comunicação diz reflete o pensamento, a ideologia do seu proprietário, tal poderio da Globo pode ser considerado nocivo à liberdade de expressão e à soberania das instituições nacionais.
Isso não significa dizer que Chávez e sua turma estejam corretos. Há um claro viés autoritário tanto no fechamento de estações de rádio como no ataque de seus partidários à Globovision. Como cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça, Chávez vem ao longo do tempo eliminando todos os que apoiaram o golpe que o derrubou há alguns anos, e a Globovisión, que nada tem a ver com a Globo brasileira, foi uma das principais apoiadoras da oposição no episódio. A cada notícia contra o governo, Chávez intervém em cadeia nacional para refutar.
No caso da Globo brasileira, se os governos (não apenas o federal) se deixarem pautar pelo PRG (Partido da Rede Globo), terão que montar enormes assessorias de imprensa para ficar o dia todo desmentindo no varejo o que os canais do Grande Irmão empurram às grandes massas populares no atacado. É desproporcional a capacidade de influir entre o PRG e os demais atores no cenário político. Para completar a desgraça da comunicação nacional, as concessões de rádio e TV recaem na sua quase totalidade para políticos, na quase totalidade da direita, e quando se fala em coibir a monopolização ou oligopolização dos meios de comunicação, imediatamente se forma um batalhão de artilharia pesada para dizer que se pretende acabar com a liberdade de expressão ou fomentar um regime ditatorial.
As organizações Globo sabem o que podem perder se for discutida e aprovada uma legislação antitruste na área de comunicação. Não são apenas anunciantes, clientes e mercados. Perde-se o poder de dirigir a política, acima das lideranças e instituições. A sociedade precisa discutir e intervir para acabar com esse domínio nocivo de um pequeno grupo sobre tudo e todos, que tudo enxerga, em tudo influi e escreve a história conforme seus interesses, como em "1984"de George Orwell. Seria a hora de começarmos uma nova frente de combate, reeditando uma palavra de ordem muito usada na época da ditadura, quando equipes da Globo iam às manifestações de estudantes e sindicatos para filmar tudo e nada por no ar, na sua colaboração com a repressão:
"O POVO NÃO É BOBO, ABAIXO A REDE GLOBO".
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Rio : Mosteiro de São Bento
Escondido no meio de muitos prédios altos na região portuária da Praça Mauá, no centro do Rio, o Mosteiro de São Bento impressiona pela sua decoração em madeira rica em detalhes e coberta por folhas de ouro. Sua área verde no topo do morro é um oásis em meio à selva de concreto, onde ainda se pode curtir um pouco de paz e sossego. Junto ao Mosteiro está o tradicional Colégio São Bento, um dos melhores do Rio.
Pode-se chegar de carro até o mosteiro, por uma entrada quase escondida entre prédios na rua Dom Gerardo, que cruza a Av. Rio Branco próxima ao seu início. Para quem está na área, também recomendo o Espaço Cultural da Marinha, que fica na Praça XV, a uns 500 m do mosteiro, de onde sai o passeio de barco para a Ilha Fiscal, onde fica o palácio onde houve o último baile do Império.
Pode-se chegar de carro até o mosteiro, por uma entrada quase escondida entre prédios na rua Dom Gerardo, que cruza a Av. Rio Branco próxima ao seu início. Para quem está na área, também recomendo o Espaço Cultural da Marinha, que fica na Praça XV, a uns 500 m do mosteiro, de onde sai o passeio de barco para a Ilha Fiscal, onde fica o palácio onde houve o último baile do Império.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Fora Sarney XII - Dias decisivos
Sarney enfiou definitivamente os pés em várias jacas. Pululam os escândalos que o arrastam e à ssua família para a execração publica. O último erro foi a censura prévia ao jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, expedida por desembargador amigo íntimo de Sarney, para impedir a publicação de mais dados sobre a bandalheira do seu filho, Fernando. Dizem que a pessoa, pouco antes de morrer, vê toda a sua vida passar pelos olhos, e Sarney já está vendo o tempo onde apoiava e era agraciado pela ditadura, onde vigia a censura. A atitude foi rechaçada por donos de meios de comunicação, pela OAB e diversas outras entidades da sociedade civil.
Sarney está se tornando um intocável. Um midas às avessas, que transforma em lama tudo e todos onde toca. E nesta semana recomeçam os trabalhos parlamentares, e a Comissão de Ética terá que se pronunciar sobre as representações contra Sarney. A mídia já planta '"notícias" atribuidas a pessoas da família Sarney e a membros do PMDB que dizem que o velho coronel estaria para entregar o cargo para manter o mandato de senador, a exemplo de Renan Claheiros.
Do jeito que a Globo anuncia como os dois grandes fatos para a semana a Comissão de Ética e a abertura da CPI da Petrobrás, o fim parece estar próximo para Sarney. A direita não quer liquidar Sarney, nem sanear o antro de bandalheira estrutural que é o senado. Sarney é só entrada do cardápio, que tem como prato principal a CPI da Petrobrás, onde alimentam a ilusão de criar um lamaçal para o governo Lula que o faça perder prestígio, crie obstáculos à regulamentação soberana do petróleo da camada pré-sal e viabilize uma candidatura anti-Lula.
Sarney está se tornando um intocável. Um midas às avessas, que transforma em lama tudo e todos onde toca. E nesta semana recomeçam os trabalhos parlamentares, e a Comissão de Ética terá que se pronunciar sobre as representações contra Sarney. A mídia já planta '"notícias" atribuidas a pessoas da família Sarney e a membros do PMDB que dizem que o velho coronel estaria para entregar o cargo para manter o mandato de senador, a exemplo de Renan Claheiros.
Do jeito que a Globo anuncia como os dois grandes fatos para a semana a Comissão de Ética e a abertura da CPI da Petrobrás, o fim parece estar próximo para Sarney. A direita não quer liquidar Sarney, nem sanear o antro de bandalheira estrutural que é o senado. Sarney é só entrada do cardápio, que tem como prato principal a CPI da Petrobrás, onde alimentam a ilusão de criar um lamaçal para o governo Lula que o faça perder prestígio, crie obstáculos à regulamentação soberana do petróleo da camada pré-sal e viabilize uma candidatura anti-Lula.
Flamengo : a crise continua
Vi ontem no Maracanã uma das piores partidas do Flamengo. O Náutico, lanterna do campeonato, veio armado para mitigar prejuízos, já que o Mengão começava a embalar sob comando do técnico Andrade. Surpreendentemente, fez o primeiro gol, administrou o resultado e, mesmo com um a menos em campo, teve mais chances de gol no segundo tempo que o Flamengo. O empate veio na raça, depois da torcida começar a vaiar a postura desidiosa, desmotivada, apática do time. No lance do gol de empate, Léo Moura, que vem nitidamente caindo de desempenho, xingou a torcida, realimentando a crise.
Para mim, a efetivaçõ de Andrade como técnico não foi uma boa opção. Nenhum demérito ao profissional, mas por ter feito carreira no Flamengo e ser mais suscetível a manter frouxa a disciplina necessária ao foco em resultados, exigidos pelos mais de 30 milhões de flamenguistas. Por que a torcida gosta do Joel Santana, que conseguiu tirar o mediano time de 2007 da zona de rebaixamento e alcá-lo à Libertadores? O que faz com que craques contratados por serem artilheiros venham para o Flamengo, caiam de produção e depois, ao sairem, voltem a brilhar, como os recentes casos de Obina e Diego Tardelli?
O Flamengo precisa de um técnico experiente em times grandes, que pessoamente tenha as atitudes para liderar a equipe e motivá-la. Não parece ser isso o desejo da diretoria do clube, agora em luta interna pré-eleitoral. Enquanto isso, o time vai derrapando, deixando de ganhar os pontos fáceis em casa. O único saldo positivo de ontem foi que o empate tirou o Náutico da lanterna, mandando para o fundo do fosso o Fluminense, que também anda mal das pernas insistindo na fórmula do fracasso ao contratar Renato Gaúcho, que já rebaixou o Vasco e quase enterrava o Flu no ano passado, para dirigir sua equipe.
Para mim, a efetivaçõ de Andrade como técnico não foi uma boa opção. Nenhum demérito ao profissional, mas por ter feito carreira no Flamengo e ser mais suscetível a manter frouxa a disciplina necessária ao foco em resultados, exigidos pelos mais de 30 milhões de flamenguistas. Por que a torcida gosta do Joel Santana, que conseguiu tirar o mediano time de 2007 da zona de rebaixamento e alcá-lo à Libertadores? O que faz com que craques contratados por serem artilheiros venham para o Flamengo, caiam de produção e depois, ao sairem, voltem a brilhar, como os recentes casos de Obina e Diego Tardelli?
O Flamengo precisa de um técnico experiente em times grandes, que pessoamente tenha as atitudes para liderar a equipe e motivá-la. Não parece ser isso o desejo da diretoria do clube, agora em luta interna pré-eleitoral. Enquanto isso, o time vai derrapando, deixando de ganhar os pontos fáceis em casa. O único saldo positivo de ontem foi que o empate tirou o Náutico da lanterna, mandando para o fundo do fosso o Fluminense, que também anda mal das pernas insistindo na fórmula do fracasso ao contratar Renato Gaúcho, que já rebaixou o Vasco e quase enterrava o Flu no ano passado, para dirigir sua equipe.
domingo, 2 de agosto de 2009
Rio : Quinta da Boa Vista - opção de lazer
Uma boa novidade que vi agora no Rio foi a melhoria geral nas condições de manutenção e segurança da Quinta da Boa Vista, área verde situada no bairro de São Cristóvão, zona norte da cidade. Hoje, no seu entorno, começam a ser construídos prédios de alto padrão, valorizados pela bela visão do parque. Na região haverá investimentos para a Copa de 2014, já que dista menos de 1 km do estádio do Maracanã e, segundo as exigêncidas da FIFA, será necessária a construção de um hotel de alto padrão na região, podendo a escolha do local recair para a área da Quinta. Isso é para o futuro. No momento, as calçadas externas da Quinta servem de espaço para a prostituição à luz do dia.
A gratuidade do acesso e a proximidade com estações de trem e metrô atraem famílias para piqueniques e brincadeiras nos seus gramados. Com tráfego de veículos restrito, as ruas internas servem para a prática de caminhadas e de pistas para bicicletas. Ainda há a opção do passeio de pedalinhos pelos seus lagos. Vale a pena conferir. Em frente à entrada principal, também é recomendável a visita ao Museu do Exército.
Rio : Museu Nacional da Quinta da Boa Vista
Na antiga residência imperial da Quinta da Boa Vista há 3 grandes atrações: o palácio, transformado no Museu Nacional da UFRJ, o Jardim Zoológico e os amplos jardins. No Museu Nacional está em fase de conclusão uma grande obra de conservação, o que impede a exposição completa do seu acervo. Em contrapartida, o ingresso cobrado de R$ 3,00 durante os trabalhos tenta compensar a visita pela metade.
O prédio do palácio já é uma atração por si próprio. Logo na entrada está exposto o Meteorito de Bendegó, como amostra da sala vizinha onde estão objetos celestes. No andar de cima, grandes salões guardam painéis informativos e fósseis na parte de paleontologia, além das múmias egípcias e peças de povos e culturas diversas do mundo. Mesmo com parte do acervo, a visita é recomendável, de preferência para crianças e adolescentes.
O prédio do palácio já é uma atração por si próprio. Logo na entrada está exposto o Meteorito de Bendegó, como amostra da sala vizinha onde estão objetos celestes. No andar de cima, grandes salões guardam painéis informativos e fósseis na parte de paleontologia, além das múmias egípcias e peças de povos e culturas diversas do mundo. Mesmo com parte do acervo, a visita é recomendável, de preferência para crianças e adolescentes.
sábado, 1 de agosto de 2009
Lula esculacha ignorância sobre Bolsa Família
Na primeira página de O GLOBO de hoje estava o destaque: "Lula chama os críticos do Bolsa Família de imbecis". No subtítulo, escreveu: "E volta a defender Sarney, ameaça importar computadores e até proibir venda de jogador". Quando vi isso, corri para ver o que o Lula disse e o jornalão carioca descontextualizou, prática bastante corriqueira na propaganda anti-Lula das organizações Globo. Por terem misturado assuntos para a crítica mais contundente, percebi que Lula deixou os marqueteiros da direita enervados, porque dar reajuste de 9,68% a um benefício social que aquece a economia e dá votos, é muito para quem odeia pobres. E quer para si todos os benefícios dos impostos, opondo-se a gastos sociais.
Eis o que disse Lula ontem, segundo o Estadão: ""Ignorante é quem ainda acredita que o Bolsa-Família é esmola, é assistencialismo." ... "Segundo ele, enxergar o Bolsa-Família como assistencialismo é ver o País de "forma simplista". "Tem gente tão imbecil e ignorante que ainda fala que o Bolsa-Família é para deixar as pessoas preguiçosas, porque quem recebe não quer mais trabalhar", disse o presidente. "A ignorância é de tal magnitude que as pessoas pensam que um ser humano vai ganhar R$ 85 e vai deixar de ter perspectiva que ganhar os R$ 616 que a Mônica que vai ganhar por um trabalho decente." Mônica Barroso, de 28 anos, foi uma das alunas que receberam ontem o diploma de pedreira, com emprego garantindo. Ao todo, 457 alunos da capital mineira receberam certificados em cursos de formação como pedreiro, eletricista, torneiro mecânico e pintor, entre outros. Os cursos fazem parte do Plano Setorial de Qualificação e Inserção Profissional para o Bolsa-Família. " Eu não chamaria esse tipo de crítica preconceituosa e mentirosa de "imbecil", mas de canalha mesmo, pela má-fé explícita.
Apesar de ter razão, Lula não aprendeu até hoje que usar certos termos no palanque num contexto restrito pode até conquistar alguns aplausos, mas a mídia da elite captura cada palavra para usar como torpedos contra ele, para todo o país, com uma intensidade destruidora. É como o Obama: chamou de estúpida a ação da polícia por prender um professor negro, a imprensa caiu de pau e ele teve que literalmente dar uma cervejinha ao policial e ao professor na Casa Branca para limpar a barra. O pior é que, no dia seguinte, os fabricantes americanos de cerveja protestaram porque só serviram cervejas estrangeiras...
Não tem jeito: a elite não gosta de negros nem de sindicalistas. Quando o assunto é impopular para a direita, os canais de mídia não dão o mesmo destaque como, por exemplo, ao fato do DEM ter entrado no STJ com pedido para suspender as cotas para negros nas universidades federais, coerente com sua ideologia de refundar as senzalas e garantir as vagas para os mais abastados, via-de-regra, não negros, que podem estudar em bons colégios. E também representaram contra os pobres do PROUNI. Cadê o amplificador da mídia para dizer a todo mundo que o partido do Agripino Maia, do Rodrigo Maia e do Arruda quer barrar uma política de inclusão social, criando dificuldades para negros e pobres ascenderem?
Eis o que disse Lula ontem, segundo o Estadão: ""Ignorante é quem ainda acredita que o Bolsa-Família é esmola, é assistencialismo." ... "Segundo ele, enxergar o Bolsa-Família como assistencialismo é ver o País de "forma simplista". "Tem gente tão imbecil e ignorante que ainda fala que o Bolsa-Família é para deixar as pessoas preguiçosas, porque quem recebe não quer mais trabalhar", disse o presidente. "A ignorância é de tal magnitude que as pessoas pensam que um ser humano vai ganhar R$ 85 e vai deixar de ter perspectiva que ganhar os R$ 616 que a Mônica que vai ganhar por um trabalho decente." Mônica Barroso, de 28 anos, foi uma das alunas que receberam ontem o diploma de pedreira, com emprego garantindo. Ao todo, 457 alunos da capital mineira receberam certificados em cursos de formação como pedreiro, eletricista, torneiro mecânico e pintor, entre outros. Os cursos fazem parte do Plano Setorial de Qualificação e Inserção Profissional para o Bolsa-Família. " Eu não chamaria esse tipo de crítica preconceituosa e mentirosa de "imbecil", mas de canalha mesmo, pela má-fé explícita.
Apesar de ter razão, Lula não aprendeu até hoje que usar certos termos no palanque num contexto restrito pode até conquistar alguns aplausos, mas a mídia da elite captura cada palavra para usar como torpedos contra ele, para todo o país, com uma intensidade destruidora. É como o Obama: chamou de estúpida a ação da polícia por prender um professor negro, a imprensa caiu de pau e ele teve que literalmente dar uma cervejinha ao policial e ao professor na Casa Branca para limpar a barra. O pior é que, no dia seguinte, os fabricantes americanos de cerveja protestaram porque só serviram cervejas estrangeiras...
Não tem jeito: a elite não gosta de negros nem de sindicalistas. Quando o assunto é impopular para a direita, os canais de mídia não dão o mesmo destaque como, por exemplo, ao fato do DEM ter entrado no STJ com pedido para suspender as cotas para negros nas universidades federais, coerente com sua ideologia de refundar as senzalas e garantir as vagas para os mais abastados, via-de-regra, não negros, que podem estudar em bons colégios. E também representaram contra os pobres do PROUNI. Cadê o amplificador da mídia para dizer a todo mundo que o partido do Agripino Maia, do Rodrigo Maia e do Arruda quer barrar uma política de inclusão social, criando dificuldades para negros e pobres ascenderem?