sexta-feira, 5 de agosto de 2011

DF : De quem é esse lixo?





Brasília é uma grande cidade, mas tem horas que a gente pensa que é só mais uma cidade grande, cheia de problemas. Entre eles, o de civilidade, numa das poucas cidades que têm na sua cultura os motoristas pararem para dar passagem aos pedestres em faixas, bastando que esses façam gesto com a mão. Com o metro quadrado edificado mais caro do Brasil, em muitas das suas áreas, ainda tem falhas de serviços públicos que podem ser pontuais, mas desgastam a imagem da cidade.


Há muitos anos passo a pé pela 716 N, na calçada do Banco do Brasil, e tenho notado uma gradativa degeneração do espaço público pela colocação de lixo espalhado pelo pavimento e pelo gramado. Pombos já fazem do lugar seu restaurante, com tudo de doente que o animal possa significar, já que restaurantes colocam sacos e mais sacos de resíduos orgânicos mal acondicionados na calçada. À noite os ratos fazem a festa, rasgando os sacos e espalhando tudo. Nada de caçamba, como noutros condomínios da mesma quadra: é bandalha mesmo.

Organização do lixo para coleta seletiva? Nem pensar! As pessoas dos prédios simplesmente atravessam a rua e colocam longe de suas casas e comércios seu lixo, afinal, nem eles nem seus clientes transitam por ali.

Como a coleta de lixo é incerta, tudo se estraga por até uns dois dias, trazendo mau cheiro. Há quase uma semana, colocaram um colchão velho em meio ao lixo. A coleta pública lixou-se para esse tipo de lixo, e o deixou lá. E vai ficando. Já tem pombo morto em cima.

A tradição da falta de educação nacional diz que, se alguém botou um entulho e ele ficou, outras podem botar também. É o princípio gerador das rampas de lixo ou entulho em lugares públicos.

Alguém pode até dizer que isso acontece em todo o país, que é "normal", que as pessoas não têm educação, etc, e não deveria esquentar com isso, porque ninguém vai mudar nada, etc. Não comungo com esse pensamento. A rua é pública, e isso não significa que não é de ninguém, e por isso se pode fazer o que quiser. Ao contrário, a rua é pública por que é de todos, e reclamar para que seja preservada faz parte da cidadania. Ficar só indignado não resolve nada.

Essa mensagem vai ser mandada para os órgãos de fiscalização do GDF. Aqui vão os canais para denunciar casos da espécie:

Atualmente, a Ouvidoria atende pelos seguintes meios:
1) Na sede do próprio SLU, no horário de 8 às 12h e de 14 às 18h;
2) Pelos telefones (61) 3213 0153 ou 3325 1531;
3) Pela Ouvidoria Geral do DF no telefone 156.

2 comentários:

  1. Concordo plenamente com voce. Ainda assim eu pergunto:
    Se todo o dinheiro desviado por este governo corrupto fosse canalizado para infra estrutura,(esgotos etc...) ou para aumentar empregos na área publica (garis, policiais etc...) não acha que o povo procuraria dar uma resposta melhor?
    A mim me parece que um governo que só maquia realizações tem a resposta do povo.
    Estragar a maquiagem.

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  2. Depois de fazer a denúncia à Ouvidoria do GDF, recebi um e-mail deles, pedindo que completasse alguns dados, como endereço. Mandei as informações e recebi a resposta abaixo. Desde já considero o prazo muito extenso, e o que precisa ser feito, além da retirada do lixo, é notificar todos os imóveis confrontantes para acomodar corretamente o seu lixo.

    De: Site do GDF Direto
    Para: fernando ayres branquinho
    Assunto: GDF Direto – Solicitação Atendida - 10320


    Prezado Cidadão,

    1. Informamos que sua solicitação foi atendida e registrada sob nº 288720;288723, conforme a descrição abaixo e para seu acompanhamento ligue 156, das 07 às 21 horas de 2ª a 6ª feira, sábado, domingo e feriados das 08 às 18 horas, se estiver no Distrito Federal. Se fora do DF ligue 0800 644 0156.
    2. Informamos ainda que o prazo são de 15 para resposta do órgão responsável, podendo ser reiterado no 16º dia.
    Acatamos a sua solicitação e a reclamação,enviamos aos órgãos responsáveis. Solicitação de fiscalização- 288723 Reclamação- 288720


    Atenciosamente,
    Atendimento On line
    GDF Direto

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