sábado, 2 de março de 2013

Rio : Carestia geral também na Páscoa

O clima de exploração previsível para os grandes eventos internacionais, como a Copa das Confederações, parece ter contaminado toda a economia carioca. As diárias dos hotéis já estão tão altas que, no ano passado, muitas delegações deixaram de vir à Rio + 20 por não poderem pagar pelas hospedagem. Os preços em bares e restaurantes estão superiores aos praticados em capitais mais caras do mundo. O transporte é caro (e ruim). Com o surto de crescimento, falta mão-de-obra e a que se consegue é muito cara (e ruim), pois a melhor está empregada. Os aluguéis e imóveis dispararam com a implantação das UPPs.

Hoje fui a vários supermercados, e me deparei com uma realidade cruel: os mais pobres pagam mais caro pela comida. Depois de ir a dois supermercados maiores, onde ovos custavam na faixa de R$ 4,20 e o leite longa vida estava na faixa de R$ 3, fui até um outro que fica próximo a uma favela. Os preços eram bem maiores, mesmo considerando-se que a clientela paga em dinheiro, não tem ar condicionado, estacionamento e outros confortos que significam custos. Por que se paga mais caro, então? Conveniência, porque dá para levar a pé ou no carrinho, até em casa.

Todos já estão vendendo chocolates para a Páscoa, com preços bem acima dos praticados no ano passado. Uma caixa de bombons que estava na faixa de R$ 6 pulou para perto dos R$ 8. Uma barra de chocolates (daquelas que já foram 200g, depois 180, 170 e agora já tem só 160g) pulou da faixa dos R$ 5 para R$ 7. Essa mesma barra custava na Páscoa passada uns R$ 4. Assim cada um vai botando uma pedrinha a mais nos preços e logo teremos retração no consumo, pois o ganho real dos salários está indo todo para a ganância dos supermercados e fabricantes. 

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