sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Rio de Janeiro - Igreja da Penha

Quem chega ao Rio de Janeiro pelo Aeroporto Tom Jobim (Galeão), pela Avenida Brasil ou pela Ponte Rio-Niterói  certamente verá em destaque na planície um penhasco com a Igreja de Nossa Senhora da Penha no seu topo.

Sua história remonta a 1635, quando o Capitão Baltazar de Abreu Cardoso subiu o penhasco para ver suas terras e teria sido atacado por uma serpente e, apelando a Nossa Senhora, do nada surgiu um lagarto que atacou a cobra e o salvou. Achando ser um milagre, mandou construir uma capela no local, que foi sendo ampliada até chegar ao tamanho atual, com duas torres e um carrilhão com 25 sinos.

Muito procurado por pessoas em busca de graças e milagres, o santuário ganhou em 1819 sua famosa escadaria com 382 degraus esculpidos na própria pedra de uma mulher que, após apelo à santa, conseguiu ter um filho depois de muitas tentativas frustradas. Ela prometeu construir a escada de a graça fosse alcançada. Muitos fiéis prometem subir as escadas de joelhos se conseguirem suas graças.

Ao longo do tempo o entorno da igreja recebeu benfeitorias como uma rua que leva à base da escadaria, lojas, uma outra capela, um anfiteatro, restaurante, museu (que só abre aos domingos), mirantes e, em 2012, um plano inclinado em 3 estágios para transportar passageiros da base da rocha até a igreja.

Para um turista chegar lá o melhor caminho seria de trem pela Supervia, saindo da Central do Brasil, no centro da cidade, no ramal que vai para Gramacho, saltando na Estação Penha para o lado esquerdo (de quem vem do centro) da estação, pegando a Rua dos Romeiros e ao final verá a entrada do Santuário.

Para chegar de carro está bastante dificultado pelas obras de construção de uma linha expressa de ônibus, que provoca engarrafamentos e é mal sinalizada. Nesse caso o caminho é pegar a Avenida Brasil e logo após a entrada da Ilha do Governador subir o viaduto da Penha, que cruza a avenida e do outro lado buscar a Av. Brás de Pina rumo ao Largo da Penha, onde se encontra a entrada de veículos e pedestres do santuário. Essa obra deve durar até o final de 2014.

A escadaria não é muito cansativa. Seus degraus são baixos e largos, permitindo uma subida suave com paradas para tirar fotos da paisagem que abrange toda a Baía de Guanabara. Na igreja há um espaço destinado à queimação de velas, banheiros, bebedouro com água gelada e seu pátio frontal (do outro lado da escadaria) tem a melhor vista da cidade.

O plano inclinado tem 3 trechos: o primeiro é quase plano; na estação 2 está o funicular com maior inclinação até a base da escada. Na estação 3 se pega o vagão até o topo. Um cuidado a tomar é com os dias de manutenção, pois o funicular da estação 3 fica parado às terças-feiras. Por sinal um dia ótimo para visitar a igreja, pois pouca gente vai por lá. Aos domingos fica lotada de fiéis e turistas.


O interior da igreja é muito bem cuidado. Contrasta com a maioria das igrejas porque é naturalmente bem iluminado. Há restrições de vestuário e fotos em horários de missas. Uma curiosidade na parede do lado direito (em relação à porta principal) é uma cruz em pedra onde se lê que quem a  beijar terá 100 dias de indulgências (uma por dia).

Recomendo fazer o passeio à Igreja da Penha conjugado com o do teleférico do Complexo do Alemão, tanto para quem for de trem (no caso, ao retornar deve saltar na estação Bonsucesso e pegar o teleférico no andar superior) ou de carro (muitas vias estão interditadas, com sentido trocado e mal sinalizadas, mas é fácil de estacionar).

 Na Penha há opções de alimentação num raio de 200 m da entrada do santuário, na Av. Braz de Pina (Shopping Leopoldina, Penha Shopping) e supermercados. Para quem for de trem é só descer a Rua dos Romeiros e na estação Penha pegar o trem no sentido Central do Brasil.

Num próximo post relatarei a visita ao Complexo do Alemão.
















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