quinta-feira, 4 de julho de 2013

Protesto na porta da Rede Globo : grande mídia não mostrou nada!

Ontem (quarta, 3/7) cerca de 500 manifestantes pediram em frente à sede da Rede Globo no Rio a comprovação do pagamento de impostos devidos à Receita Federal por uma transação suspeita apontada pelo blog Cafezinho. Teriam sido desviados para evitar pagamentos de impostos recursos obtidos pela Globo em serviços no exterior na Copa do Mundo de 2002, que a empresa diz ter pago mas não comprovou. 
Curiosamente, a Globo, através de nota às lideranças do movimento que foram ao Ministério Público pedir investigação sobre o caso e entregaram cópia no local, repudia o uso de informações sigilosas para acusá-la. Logo a Globo, que usa e abusa de "informações exclusivas" obtidas irregularmente em órgãos públicos, em processos sigilosos, etc. 
Cerca de 70 policiais faziam a segurança da Globo, mas as lideranças do movimento já haviam negociado previamente que não haveria fechamento de vias e tudo seria pacífico, como de fato foi. Diferentemente de outros protestos desta safra, o público predominante era de pessoas na faixa dos 40 anos. 
Havia representantes de entidades de mídias alternativas, sindicatos (bancários e petroleiros) e populares que aproveitaram a oportunidade da assembléia popular para se expressar. 
Um dos mais aplaudidos foi um índio que se manifestou enquanto participante da Aldeia Maracanã. Disse que os interessados na destruição do prédio do Museu do Índio ao lado do Maracanã, governador Sérgio Cabral, Eike Batista (arrendatário do estádio) e a Rede Globo (que segundo ele faz campanha pela expulsão dos índios) tomem cuidado porque destruir cemitério indígena traz muito azar. E citou que o Cabral já está caindo de popularidade, o Eike está mal das pernas e que o dia da Globo chegará. Muitos aplausos da galera se seguiram. 

O ato trouxe para muitos a catarse por estarem, finalmente, fazendo o que muitos brasileiros gostariam de fazer mas nunca se mexeram: protestar contra tudo de ruim que entendem que a Globo faz. Num certo momento houve um tradicional côro de xingamentos, no padrão "ei, fulano vai tomar...", onde "fulano" era substituído por nomes famosos da empresa, de apresentadores a analistas de economia, patrões, etc.

O ato começou num assembléia do outro lado da rua e depois todos caminharam á porta da emissora para fazer o "lacre simbólico" com uma fita. O lacre é uma medida tomada pelas autoridades quando alguma emissora está na ilegalidade.

 As lideranças do movimento prometem que o movimento vai continuar com novos atos em frente á Globo por todo o país. Tudo foi filmado por câmeras da Globo que estavam na cobertura. Da mídia, só vimos o veículo da EBC - Empresa Brasil de Comunicações - que tem a TV Brasil. Os eventos foram transmitidos em tempo real via internet para mais de 500 pessoas que acessavam. Não houve qualquer tumulto, pelo menos até a hora que saí do local, por volta das 19:40h. Nada saiu na mídia à noite.


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