Um dos critérios para investigação do mau caráter da grande midia é a ostensiva e uníssona divulgação de uma notícia mostrando fraquezas do governo Lula perante os países vizinhos. A motivação deles é a endêmica tentativa de evitar a integração regional, atendendo a interesses hegemônicos norte-americanos, contrariados com a inviabilização da ALCA pelo Brasil e outros.
A última fraude da imprensa foi de extrema má-fé, envolvendo o corte de importação de gás da Bolívia. O fato é que o Brasil desativaria diversas usinas termelétricas, já que a demanda vem sendo atendida pelas hidrelétricas, reduzindo a compra de 30 milhões de m3 de gás boliviano, para 19 milhões de m3. Alegando que precisaria manter duas termelétricas para resolver problemas relacionados ao fornecimento a Santa Catarina, o governo reduziu o corte, baixando para 24 milhões de m3 a compra à Bolivia. Ou seja, foram cortados 6 milhões de m3, com economia para o país.
O que a Folha On Line divulgou em suas manchetes, foi: "Brasil cede a pressões da Bolívia e aumenta importação de gás". É mole? Compare o que diz a Folha com o jornal Zero Hora de Porto Alegre. Olhem a notícia que o grupo Abril publicou: "A Bolívia celebrou neste sábado a decisão do Brasil de ampliar suas importações de gás natural para 24 milhões de metros cúbicos diários, a partir de hoje, após negociações do governo Morales com Brasília". Quem lê o início da matéria, pensa que aumentou a importação. No fim da matéria se esclarece que a Bolivia apelou até a um contrato feito no governo FHC em 2000 para comprar o gás de qualquer jeito, mesmo que não seja usado. Já o JB noticiou c0m menos alarde (vide aqui) e esclareceu o contrato da Petrobrás para compra do gás.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Midia distorce notícia sobre corte de gás boliviano
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