O ex-presidente do Banco do Nordeste do Brasil na era FHC, Byron Queiroz, e mais 5 diretores foram condenados pela Justiça Federal a devolver aos cofres do banco a bagatela de R$ 7 bilhões. A sentença também suspende os direitos políticos, condena ao pagamento de multas por improbidade administrativa, adulteração de registros contábeis, rolagem de dívidas ilegais e outras operações fraudulentas. Operações de crédito e rolagens de dívidas eram feitas sem análises técnicas, permitindo fraudes e dando grande prejuízo ao banco.
No final da gestão de Byron, o BNB estava praticamente falido, com uma imensa clientela inadimplente. Até a Caixa de Previdência dos funcionários praticamente quebrou, forçando à redução no valor dos benefícios, tendo sido registrados suicídios de funcionários aposentados. Os funcionários tiveram um forte achatamento salarial e depois que Lula assumiu, ainda ficaram alguns anos optando entre reajustes salariais e recuperar o fundo de pensão.
Quem botou Byron no BNB foi o ex-governador Tasso Jereissati. Segundo a revista Isto É n° 1610, de uns 10 anos atrás (vale a pena ler) , Tasso também entrou na farra, tendo suas empresas pegado empréstimos em valores bem acima do permitido com taxas de juros diferenciadas (a menor, claro). No governo de Tasso, o Banco do Estado do Ceará também foi vitimado com operações que causaram grandes prejuízos, e o levaram primeiro à federalização e posteriormente à privatização. Os condenados deveriam mandar a conta para o padrinho pagar.
Excelente resgate. Tasso e seu afilhado Byron na
ResponderExcluirdireção do BNB, por muito pouco não faliram um
banco de destaque nacional.