sábado, 6 de março de 2010

A indústria dos escândalos

Imagino como seja o encerramento de uma edição na mídia da direita onde montam mais um "escândalo" para explodir no colo do governo, da Dilma ou do PT. Gente abrindo garrafa de champanhe, outros fazendo coreografias da Dança do Créu, enquando são mandados e-mails para toda a imprensa do condomínio da direita golpista com o "release" a ser replicado. Na festa, alguém pode questionar : "será que essa matéria armada não vai dar merda"? Outro responde : "podem até desmentir, mas o estrago vai estar feito , e se processarem, a gente tem grana prá bancar a indenização". Alguns também comemoram as horas-extras que receberão para o trabalho de maquinação diabólica durante as eleições.


Na semana passada uma revista armou para cima do coordenador de campanha de Dilma. Foi desmentida. No meio da semana, o império Globo de manipulações inventou que Lula iria se afastar do governo para ajudar na campanha de Dilma, deixando Sarney no seu lugar. Tudo foi desmentido e eles nem publicaram um "erramos" para mais essa "barriga". Agora vem a Veja tentando atingir o novo tesoureiro do PT, Vaccari, que se licenciou da Bancoop assim que assumiu essa função. Associaram problemas de inadimplência da cooperativa imobiliária dos bancários de São Paulo, que vitimou até Lula na compra de um apartamento , à formação de caixa dois para a campanha de Lula. A matéria é requentada, mas serve para fazer barulho.

Ouvi dizer que a imprensa é uma espécie de quarto poder, que fiscaliza os demais. Os cidadãos estão tendo que constituir um quinto poder, que fiscalize inclusive a mídia que, como os demais poderes, tem suas falcatruas, interesses, lobbys e corrupção, gente sem escrúpulos, capaz de qualquer coisa por dinheiro e poder. E tem gente honesta, decente, mas que fica oprimida pelos esquemas. Não dá para delegar a eles uma obrigação que é de todos. Na nossa omissão, eles manipulam tudo e se constituem num poder acima dos demais.

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