Uma comitiva de cartolas e jogadores como Adriano e Ronaldo Angelim foi a Brasília mostrar ao presidente Lula a taça de campeão brasileiro recém-conquistada pela sexta vez, dar-lhe uma faixa de campeão do Flamengo e uma camisa do Flamengo com o seu nome e o número 13. Além da bajulação, havia o clima de mútuo agradecimento, porque o Coringão foi um bom parceiro na reta final do Brasileirão, como o Grêmio também foi.
Lula aceitou a faixa e as gozações mas não quis vestir a camisa, como fez nas outras vezes que recebeu equipes esportivas. Convenhamos : "o cara" já fez muito milagre na vida, emergindo da miséria do sertão de Garanhun, vindo de pau-de-arara prá São Paulo, trabalhando de camelô, biscateiro, metalúrgico, indo em cana em greve e, com grande esforço, chegou a vestir a faixa presidencial e a ganhar prestígio internacional.
Como ninguém é perfeito, tornou-se torcedor do Corinthians na infância, possivelmente na época de maior sofrimento da sua vida. Quando se viu diante do privilégio de vestir um manto sagrado rubronegro, amarelou e deve ter dito para si: "Deus, eu não mereço tudo isso". Ele não estava preparado para tamanho prestígio. Essas coisas acontecem com as pessoas mais humildes. A gente compreende a atitude, afinal, não é todo dia que Lula se depara com o Imperador de uma nação que representa os 20% mais felizes do povo brasileiro.
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