sexta-feira, 18 de junho de 2010

Deputados assinam sem ler e nós pagamos a conta

O Congresso Nacional é um grande mercado. Nos seus corredores circulam milhares de pessoas, entre funcionários, cidadãos em geral, políticos, movimentos organizados e lobistas. Em meio ao caos, os parlamentares são abordados por centenas de pessoas diariamente, e acabam errando e caindo em ciladas ao assinarem sem ler tudo que lhes colocam à frente.

O programa CQC forjou uma PEC (Projeto de Emenda Constitucional) de um deputado inexistente, tratando de desoneração de produtos da cesta básica e incluindo neles um litro de cachaça. Colocaram uma moça para pegar os deputados em trânsito pelos corredores para assinar o apoio ao projeto, já que há necessidade de um número mínimo de assinaturas para a coisa ir adiante. Pegaram vários deles, e quando falavam da pegadinha, eram xingados e até agredidos. Veja aqui o vídeo.

É por essas e outras que acabamos obrigados a comprar kits de primeiros socorros, a trocar capacetes e comprar cadeirinhas para transportar crianças em prazos exíguos a preços elevados, e mais um monte de coisas que ninguém para para examinar e abortar na origem, caso não seja assunto de relevância ou tenham natureza supérflua para favorecer grupos de interesses. E ninguém tem tempo para debater as questões mais sérias, deixando o governo legislar por medida provisória.

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