quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Lula esculacha preconceito da Folha

Acabei de ver em alguns blogs que furam a censura da grande empresa o comício de Dilma em Campo Grande (MA), onde Lula parecia aquele do início da década de 70. Primeiro, detonou a falta de caráter do governador do Mato Grosso, que dias antes o chamou de "pai do Brasil" e Dilma de "fada madrinha", e bandeou logo depois para o lado de Serra. Depois pediu votos para as bancadas, para que Dilma não tenha no Senado a oposição que ele teve.


Por fim, em tom de desabafo, falou de preconceito. Primeiro, contra as mulheres. Dilma esteve num almoço com empresários no Paraná e lá alguém perguntou se uma mulher tinha competência para governar. Aí ele defendeu a capacidade das mulheres, e lembrou um caso da eleição de 2002, quando convidado para um almoço na Folha de São Paulo, um diretor, filho do dono do jornal, perguntou a ele se sabia falar inglês. Lula disse que não. Então o diretor insistiu, perguntando como é que ele pretendia governar sem falar inglês. Lula disse: com um tradutor. E devolveu perguntando se o Bill Clinton sabia falar português. Revoltado com a discriminação, levantou-se e foi embora. Veja aqui esse trecho do discurso de Campo Grande. Lula detona com o sentimento de vira-latas da elite colonizada, submissa às grandes potências.

Paradoxalmente, vivemos um momento onde a grande imprensa tenta aterrorizar dizendo que Dilma vai tentar reprimir a liberdade de imprensa, e nenhum grande jornal publicou que o jornal conservador inglês Financial Times fez ontem uma matéria dizendo que Dilma está detonando e criticando a campanha de Serra. E mais: dizendo que Serra fala da ameaça de Dilma à liberdade de imprensa, justo no Brasil, onde há das maiores liberdades do mundo. Publicaram? Não, claro. Como é o nome disso? Acho que é censura.

Um comentário:

  1. Esse mesmo acontecimento em Campo Grande (MA) e com o Governador de Mato Grosso, aconteceu em Campo Grande (MS) e como o governador de Mato Grosso do Sul.

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