sexta-feira, 6 de julho de 2012

Inflação abaixo de 5%, contra as previsões pessimistas

A gente precisa ter o hábito de reler as colunas de economia da grande mídia de tempos em tempos. No início do ano se falava que a queda da taxa de juros iria provocar o aumento da inflação, e que medidas de austeridade deveriam ser tomadas para conter os gastos, o poder aquisitivo das famílias, etc.

De lá para cá o governo empurrou para baixo a SELIC, botou bancos públicos para fazer "dumping" nos juros cartelizados, mexeu na regra da poupança (que passou a arrecadar mais, mesmo com menor rendimento), aumentou compras governamentais e deixou o câmbio flutuar para a faixa dos R$ 2, o poder aquisitivo das famílias cresceu, ou seja tudo ao contrário do que previam os profetas do apocalipse patrocinados pelos banqueiros e especuladores. Resultado: inflação acumulada em 12 meses até junho de 4,92%!

Esse resultado tem potencial para melhorar mais. A capacidade ocupada da indústria está em 80%, ou seja, há espaço para crescimento sem onerar os recursos e elevar preços. Essa inflação já traz no seu cálculo a elevação sistêmica de custos de produtos importados com o necessário enfraquecimento do Real, que teria que acontecer a qualquer momento. O governo pode se dar ao luxo até de elevar o preço dos combustíveis sem grandes impactos na inflação.

Como a economia está com ociosidades, a queda de juros e o aumento na quantidade de crédito permitirão um crescimento de atividade paulatino, sem impactos sobre a inflação. Sendo otimista, podemos chegar a um cenário de juros de 7% com inflação na meta de 4,5% no fim do ano, para desespero dos urubólogos de plantão. Juros reais de 2,5%, obscenos, mas os melhores das últimas décadas. Ah, claro, devemos agradecer ao FHC por tudo isso... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário