sábado, 30 de outubro de 2010

EUA : campanha eleitoral supera a baixaria do Brasil

Na terça tem eleições aqui, mas não se vê um panfleto, faixa, cartaz, absolutamente nada nas ruas. Já na TV, os anúncios são de fazer a turma da baixaria do Serra corar de vergonha. A mensagem é direta: "fulano de tal trabalha numa empresa ligada à máfia e quer mexer com o dinheiro dos impostos - não é indicado para ser inspetor geral - vote Sicrano". Em cada mensagem aparece o patrocinador, geralmente a campanha do candidato, mas nada impede uma pessoa ou um grupo de bancar um anúncio esculachando um candidato e apoiando outro. Umas propagandas avisam que têm a concordância do candidato ou do partido. Outras dizem que não as têm.

O processo aqui é muito estranho para nós. Vou escrever com mais detalhes quando tiver tempo. Em suma, se você quiser votar, tem que se inscrever até um prazo antes das eleições. Receberá pelo correio uma autorização para votar em determinado local. No dia da votação, vai lá, recebe a cédula, assina, vota secretamente e passa um fax no próprio local de votação para o local onde se apura. Muito esquisito, e complicado.

É por essas e outras que as votações aqui têm baixíssima freqüência. A eleição não é muito politizada: as polêmicas são aborto, casamento homossexual, impostos, empregos. Os políticos não são bem vistos. A pouca campanha supera a do Brasil em baixaria, e o eleitor precisa praticamente tirar um título de eleitor a cada votação, que não é obrigatória. Menos da metade das pessoas participa do processo eleitoral.

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