terça-feira, 26 de outubro de 2010

Campanha eleitoral americana : pior que Lei Falcão

Ontem bisbilhotei a TV a cabo do hotel, cujo último canal é o 1974, quase intermináveis as opções. E nem vi a TV Diário... Tem a Globo (canal 512), que felizmente não tem assinatura aqui. E tem um canal do legislativo, onde passa o que chamam por aqui de propaganda eleitoral, mas é muito tosco. Passa a foto do candidato, o partido, o distrito por onde concorre (voto distrital), e na imagem seguinte o e-mail, telefone e endereço. Só isso! Nem se mexem! Nem falam besteira, nada! É por isso que abstenção aqui é tão alta. Pior que a Lei Falcão, aquela da ditadura, onde tinha a foto, mas pelo menos uma voz dizia quem era o candidato e o que prometia.

Agora falando sério: Obama está passando o maior sufoco para tentar salvar pelo menos a maioria no senado, já que na câmara é certo perdê-la e, pior, ver crescer um grupo de ultradireitistas, o tal do Tea Party, que quer baixar os impostos e fazer o equilíbrio fiscal acabando com o pouco de programas sociais que tem por aqui. O Obama aprovou precariamente a extensão do seguro saúde para pessoas que não têm emprego, e os caras querem cortar. Obama chegou a ser chamado de comunista por isso...

Aqui em NY uma revista traz na capa "Palin President", ou seja, aquela figura bizarra que foi candidata a vice contra o Obama, de ultra-ultradireita, está correndo o país em pré-campanha para dirigir essa parada toda aqui. É mais ou menos como o atual vice do Serra fazer o mesmo, prometendo botar na cadeia quem dá esmolas, etc. Pior que a crise política, só a crise de inteligência que, never in the history of this country, se viu como agora. E mais: as eleições são agora no início de novembro, vão renovar parte do parlamento, e o único cartaz que vi na rua até agora foi numa loteria, como um aviso para que os eleitores votem.

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