terça-feira, 31 de janeiro de 2012

ART : Responsabilidade técnica não é brincadeira

Assim como é constrangedor alguém pedir a um médico um atestado para faltar ao serviço, na base da amizade, pedir a um engenheiro ou arquiteto para assinar uma planta feita por terceiros ou dar à sua obra a ART sem os devidos acompanhamentos é, além de desagradável, uma fraude. A tragédia recente do desabamento no Rio vai certamente alertar para a necessidade de acompanhamento técnico de obras, aumentando a demanda tanto pela contratação de técnicos como pelos "pedidos de amigos" para dar ar de regularidade às suas reformas.

Sobre o assunto, e por entender que o texto abaixo é muito importante para ficar apenas como comentário da matéria Rio : Lições do desabamento, reproduzo-o como colaboração de autoria da Eng. Letícia, de Brasília, ao debate sobre a necessidade da responsabilidade técnica em obras e na aferição de estabilidade dos imóveis. Quanto a reproduzir a matéria para passar ao síndico, a licença é livre, a bem da segurança.

"Parabéns! Quero lhe pedir a permissão de repassar o seu texto ao síndico do meu prédio. Estamos tendo diversas obras por aqui e precisamos de alertas. 

Aproveito a oportunidade para fazer um comentário:

Infelizmente, em adição aos seus ótimos esclarecimentos, enfrentamos um outro tipo de comportamento social pernicioso, no que diz respeito às ARTs. Creio que não basta que um morador consciente contrate um Engenheiro (com “E” ou com “e”) para cuidar de sua obra, apresentando a devida ART. Tenho observado a existência de muitas ARTs que são, a meu ver, absolutamente questionáveis, vez que se apresentam como meramente burocráticas. Além, é claro, de outras tantas “soluções” de ARTs que vemos anunciadas/vendidas nos classificados em diversos jornais de domingo. E você disse bem, as Prefeituras não têm como vistoriar periodicamente, como se faz com os elevadores. Considero boa a sugestão de envolvermos mais os síndicos dos edifícios, via conscientização com responsabilização pelo acompanhamento/orientação das obras particulares que ocorrem nos edifícios. As vistorias periódicas (que as Prefeituras não têm como fazer) poderiam ser feitas pela própria Administração Predial – com equipe orientada – principalmente sempre que ocorrerem obras de reformas particulares. Imagino que isso possa ajudar bastante... atitudes que se somam, objetivando a proteção das pessoas.

Obrigada, caríssimo Branquinho!
Um abraço,
Letícia "

Nenhum comentário:

Postar um comentário