A pretexto de evitar eventuais consequências nefastas ao Distrito Federal, entidades diversas da sociedade civil e os empreiteiros de obras, associados à mídia local, fazem campanha para dizer que está tudo bem e que não há necessidade de intervenção, que seria desastrosa, etc e tal. O fato é que as obras do governo estão praticamente paradas em diversas frentes, pois a intervenção poderia significar a revisão de contratos.
Até agora nenhum fato novo foi acrescido às investigações do esquema do Panetone comandado por Arruda e Paulo Octávio. Arruda está preso, PO está fora dos holofotes, a Câmara Legislativa e sua maioria envolvida nos escândalos inventa uma eleição indireta para 17 de abril, e a mídia faz sua parte validando a volta à "normalidade". Nos inquéritos, nenhum dos acusados fala mais nada. Apenas Durval Barbosa confirmou suas denúncias e ameaçou com um tal "rolo compressor", que pode ser entendido como ter mais provas de escândalos que serviriam como garantia da sua integridade física caso alguém tente a eliminação de arquivos vivos.
Segundo pesquisa do Instituto Soma, publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, metade da população do DF é favorável à intervenção, e 39% são contra, e 83% acham que o executivo e o legislativo foram atingidos pela corrupção. A bandalheira continua, com o atual governador Wilson Lima trabalhando com a mesma equipe de Arruda, e ele já quer ser "eleito" em 17 de abril como governador-tampão.
O STF não tem data marcada para o julgamento do pedido de intervenção feito pela Procuradoria Geral da República. A comemoração de 50 anos de Brasília pode assistir à maior farsa desde a sua fundação, com a presença no palanque de um governador eleito indiretamente por uma Câmara Distrital comprometida com a organização criminosa de Arruda.
Intervenção já! Cadeia para todos os corruptos e corruptores! Apuração rigorosa dos desvios de dinheiro público!
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