Dilma não foi eleita sozinha. Teve a simpatia de muita gente que melhorou de vida, que passou a acreditar ser possível conquistar a dignidade, que teve um emprego, que passou à classe média, que teve terra e apoio no campo, que teve oportunidades na reestruturação do estado, nos que tiveram a oportunidade de um curso superior, nos beneficiados por saneamento básico e moradia, que compuseram boa parte dos votos. Também se destacaram os militantes dos partidos da base de apoio, e os meios de comunicação alternativa, como os blogs, o twitter, as redes sociais. Acima de todos eles, os que não acreditaram em mentiras, em demagogia, em preconceitos e não alimentaram a campanha de ódio da direita.
Também tem que agradecer ao apoio que Serra teve daqueles que o prejudicaram: a igreja reacionária, hipócrita e inquisidora; a Folha, Globo, Veja, Estadão e todos os meios de comunicação que todos os dias criaram factóides e fizeram péssimo jornalismo, afastando de Serra a "inteligentzia"; aos propagandistas de direita travestidos de jornalistas, que no exercício da calúnia escrita, falada e televisada, na urubuzação e na invenção contra Dilma levaram á militância muita gente boa que estava refratária no primeiro turno. Aos malasfaias, aos panfleteiros de Guarulhos e beatos direitista, por permitirem uma melhor visualização do tipo de ideário abraçado por Serra. A ajuda de todos eles para enterrar Serra abusando da inteligência alheia foi fundamental.
Mereceria um cargo no futuro governo o ex-deputado, ex-candidato a vice e atual nada Indio, aquele que deu à campanha mais sabor com frases de efeito contrário a Serra. Devia trabalhar como negociador no Ministério das Relações Exteriores, tratando de assundos das FARC e do Irã. Ou na erradicação da pobreza, onde já tem algumas idéias, como eliminar os pobres a partir da proibição das esmolas. Grande Indio! Vai fazer falta ao humorismo político. Já que é do ramo, poderia procurar uns bicos com o Marcelo Madureira, do Casseta e Planeta, que achou que Serra ia ganhar e fez gracinhas contra Lula, para a alegria dos mainardis da vida.
Dilma deve agradecer, até com um ministério, à Bolinha de Papel, que se tornou o símbolo da bravura ao derrubar o todo-poderoso Serra, aquele que só não criou o universo porque antes criou Deus para subempreitar com ele essa obra. A Bolinha de Papel deveria simbolizar a desburocratização, o fim da papelada, a bem da cidadania e da preservação das florestas. Vou mais: Bolinha de Papel 2018!
Da nossa parte, de nada, Dilma! Foi um prazer levar Serra e sua turma à lixeira da história. Agora que a direita foi passar um tempo no inferno, vai encarar a gente se não avançar nas conquistas sociais. Quem elege, cobra!
domingo, 31 de outubro de 2010
Dilma eleita, é hora de agradecer.
Dilma manda Serra para o inferno no Halloween
Serra é o candidato competente. Compete, compete e perde. Lula foi gentil com ele, dizendo que diminuiu na eleição. Na verdade, Serra se acabou. Para o bem dos brasileiros, e também para os seus aliados. Seu egocentrismo, centralismo e falta de caráter afastaram muita gente que investiu nele para ser o porta-voz da direitona.
Acabou levando para a cova um bando de gente e organizações nefastas, a igreja reacionária, inclusive o Papa da inquisição, uma porrada de picaretas que fazem da pregação da palavra de um deus seu meio de enriquecimento pessoal. Levou à desgraça a aposta do capital que queria ter na liderança da América do Sul um traidor das lutas do Brasil, formado politicamente nos EUA, que deveria combater os governos mais progressistas como um bom cão de guarda do imperialismo. Leva ainda os que queriam acabar com a ameaça de termos no Brasil a apuração da verdade na ditadura, e eliminar o risco de amargarem, finalmente, as punições pelos crimes cometidos e até aqui acobertados irregularmente pela lei da anistia.
Graças a ele o DEM foi aniquilado politicamente, e o PSDB entrará numa disputa fratricida nos próximos anos. Dilma governará com maioria no congresso, e poderá avançar em mudanças indeléveis. A direita perdeu a oportunidade porque teve um candidato muito ruim. Até uma mulher (terrível para eles isso), que nunca concorreu a nenhuma eleição, imposta por Lula, conseguiu vencê-lo. Com Serra, infelizmente, não foram para o lixo da história as idéias que fazem a injustiça social. Essa luta continuará, dia a dia, para sempre. Hoje, dia de todos os demônios (Halloween), foi o dia da Bruxa mandar os mortos-vivos para o inferno. Suas mentiras continuarão repercutindo. Que se apurem os escândalos do metrô paulista, e todas as denúncias contra ele. O inferno ainda está esquentando.
Montreal: 3.000 brasileiros devem votar
Não resisto a passar numa seção eleitoral em dia de eleição para ver o movimento. Como não ia votar mesmo, fui à seção no consulado brasileiro em Montreal, onde cerca de 3.000 eleitores estão inscritos para votar, abrangendo imigrantes do estado do Quebec. Há mais brasileiros votando em Ottawa e em Toronto.
Conversamos com algumas pessoas e há desinformação. Em geral as pessoas migraram para cá em busca de oportunidades melhores de vida. Alguns sabem o que está acontecendo, e consideram bom o movimento de turistas, com o real valorizado,etc. Para alguns, morar aqui já não é tão vantajosdo, mas a vida está estruturada e voltar agora seria abrir mão de várias coisas conquistadas. Mais tarde vou conferir quem ganhou a votação aqui. Não pedi voto a ninguém. A votação é feita em urna eletrônica.
Brasil : a incerteza vai vencer a certeza
Não vou votar hoje por estar fora da cidade onde voto (Fortaleza), mas por todo o período eleitoral defendi a candidata Dilma Roussef, do PT, inclusive o esforço para que vencesse no primeiro turno. Pelas suas propostas ? 10%. Pelo legado de Lula? 30%. Para evitar a volta da direita? 60%. Essa é a parametrização dos valores que levaram a esse apoio.
Hoje estou em Montreal, no Canadá, um país onde o estado do bem-estar social era exemplar. Digo "era" porque em todo lugar onde passamos há gente idosa e doente pedindo dinheiro. Em Toronto foi eleito um prefeito com a promessa de cortar impostos e gastos sociais. Essa tendência também está nos Estados Unidos, com o movimento "tea party", de extrema-direita do partido Republicano, que propõe acabar com os poucos avanços sociais do governo Obama. Na Europa temos xenofobia, com a expulsão de estrangeiros para não forçar a conta social, além do prejuízo aos gastos do estado nas áreas de apoio aos mais pobres. O mundo está regredindo para o egoísmo, o anti-social, e promovendo o "direito" dos mais ricos viverem sem arcar com os resíduos da desigualdade capitalista. Por que iria deixar uma brecha para no Brasil termos um presidente alinhado com esse retrocesso liberal e anti-socialista?
Serra é a certeza de um movimento nesse sentido, apesar de toda a demagogia que mostrou na sua campanha em busca de votos de incautos ou anti-petistas, anti-lulistas e, no fundo, anti-populares ou elitistas. Dilma é a incerteza: votar nela não garante nada, porque o Brasil está ligado aos movimentos do capital, cuja crise não terá fim sem antes promover muito mais miséria e desigualdade pelo mundo. Poderemos ter momentos de novas crises, inclusive no Brasil. Uma coisa é certa na incerteza: no que puder, Dilma não prejudicará os mais pobres em função dos mais ricos.
Serra é a certeza do retrocesso. Dilma, a incerteza do avanço para o socialismo. Essa é a opção, para a qual, infelizmente, por chovinismo ideológico algumas seitas farisaicas se opoem a "sujar as mãos" para evitar o mal maior da direita. Tal purismo, na verdade, é o medo de viver a realidade, é fazer política para poucos sectários. Mas tenho a convicção na vitória de Dilma. Espero a hora para comemorar menos a sua vitória, mas o fim da esperança da direita fazer o Brasil desequilibrar a balança social mundial para a direita.
sábado, 30 de outubro de 2010
EUA : campanha eleitoral supera a baixaria do Brasil
Na terça tem eleições aqui, mas não se vê um panfleto, faixa, cartaz, absolutamente nada nas ruas. Já na TV, os anúncios são de fazer a turma da baixaria do Serra corar de vergonha. A mensagem é direta: "fulano de tal trabalha numa empresa ligada à máfia e quer mexer com o dinheiro dos impostos - não é indicado para ser inspetor geral - vote Sicrano". Em cada mensagem aparece o patrocinador, geralmente a campanha do candidato, mas nada impede uma pessoa ou um grupo de bancar um anúncio esculachando um candidato e apoiando outro. Umas propagandas avisam que têm a concordância do candidato ou do partido. Outras dizem que não as têm.
O processo aqui é muito estranho para nós. Vou escrever com mais detalhes quando tiver tempo. Em suma, se você quiser votar, tem que se inscrever até um prazo antes das eleições. Receberá pelo correio uma autorização para votar em determinado local. No dia da votação, vai lá, recebe a cédula, assina, vota secretamente e passa um fax no próprio local de votação para o local onde se apura. Muito esquisito, e complicado.
É por essas e outras que as votações aqui têm baixíssima freqüência. A eleição não é muito politizada: as polêmicas são aborto, casamento homossexual, impostos, empregos. Os políticos não são bem vistos. A pouca campanha supera a do Brasil em baixaria, e o eleitor precisa praticamente tirar um título de eleitor a cada votação, que não é obrigatória. Menos da metade das pessoas participa do processo eleitoral.
NY : explosivos em avião reforçam discurso da segurança
Parece factóide de véspera de eleição, mas aqui não tem dessas coisas. Hoje um avião da Emirates, que vinha do Iemen, foi escoltado por dois caças da força aérea americana até o aeroporto JFK, em Nova York, por suspeita de trazer na carga explosivos colocados pela Al Qaeda num dispositivo a ser entregue a instituições judaicas.
Foi o suficiente para todas as emissoras de TV colocarem no ar a mensagem do presidente Barack Obama assegurando que o país está seguro, etc. Mandou reforçar a segurança nos aeroportos (logo neste sábado que vou sair daqui...), e diz que está tomando todas as providências para justificar alguma coerência como os bilhões de dólares queimados na guerra no Afeganistão e Iraque, teoricamente contra o terrorismo.
Na terça, tem eleições por aqui, renovando governos estaduais e parte do congresso. Toda vez que acontece uma ameaça terrorista, cresce o apoio ao governo. Se fosse no Brasil, diriam que é armação, mas aqui tudo é muito sério.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
NY : Serra anywhere II - a fixação
Preciso de tratamento. Saio do Brasil, não vejo noticiário, ando numa das maiores cidade do mundo e, eis que, de repente, ele está lá... Desta vez foi no imenso Museu de História Natural. Em meio a milhares de peças, apareceu a da foto ao lado, que logo me trouxe as péssimas lembranças, como se ouvisse a musiquinha "Serra é do DEM, Serra é do DEM tocando sem parar.
Pelo jeito vou ter pesadelos lembrando a campanha de Lula em 1989, quando a gente passava por cidades do interior do Ceará e as pessoas nos mostravam crucifixos, e até criancinhas diziam que Lula era a besta-fera, o demônio, o cão. O melhor remédio para tudo isso é espantar o medo da volta ao passado recebendo no próximo dia 31 a notícia da derrota do cabeça de abóbora de Halloween.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
NY: Serra anywhere
A gente paga uma nota para viajar ao exterior, encara horas de viagem para fugir ao pesadelo de encarar o Serra mentindo e contando vantagens na TV, e, andando num domingo pela Times Square, olha para o imenso display da Coca Cola e... lá está ele. Parece uma praga. Em qualquer lugar a gente se lembra dele.
O número que aparece abaixo não é o de votos, mas o de veículos vendidos por uma marca japonesa. Serra não chegará a tanto, nem com as armações que fez, nem com as que fará até o domingo.
O andar cabisbaixo parece antever a próxima segunda-feira, quando sua carruagem virará uma abóbora, suas mentiras continuarão sendo desmascaradas e ele sem a projeção de TV para se defender. Como disse a Marina Silva, Serra vai perder perdendo. Para alívio de Alckmin, Aécio, FHC e todos os inimigos que fez entre os seus, e para imensa alegria dos brasileiros, Serra conquistará seu lugar na lata de lixo da história.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
EUA : segurança anti-terror ostensiva
Bom, se o Rio de Janeiro tivesse demolidos dois prédios com a morte de 2.000 pessoas, acho que seria mais ou menos a mesma coisa. O fato é que nada se faz em Nova York, sem levar uma revista, uma geral, como chamamos no popular no Brasil, "baculejo". Aqui é o "baculation".
Peguei no Rio um avião de empresa americana, que ia passar por São Paulo, Washington e chegar a Nova York. No total, já descontados os fusos horários, mais as trocas de avião, 20 horas de viagem. A primeira pessoa que te aborda no caminho do check-in é o Supervisor de Segurança, que pergunta coisas estranhas, mas que fazem sentido na lógica da segurança anti-terror: quem arrumou a mala, está levando alguma coisa para alguém, depois de pronta alguém chegou perto, etc. Depois do check-in e do tradicional baculejo do raios-x, na hora de entrar no avião, dentro do corredor do "finger", lá estava de novo o Supervisor de Segurança fazendo as mesmas perguntas. Depois, outra revista, com detetor de metais e abertura de bagagem de mão.
Em São Paulo, tudo de novo. Salta todo mundo, entra todo mundo, outra revista, e enfim, viagem. Ao chegar a Nova York, veio mais uma esquisitice: por amostragem (e acho que por cara suspeita), chamam algumas pessoas para um teste no "ion-scanner", ou seja, passam levemente um papel na palma da tua mão, botam num aparelho que mostra uma porção de gráficos e no meu caso, felizmente, deu uma luz verde com OK, e o cara te manda ir embora. Depois fui ver o que era: o aparelho detecta rastros de explosivos ou drogas na pele.
Por toda parte em Nova York onde há aglomerações, como os metrôs, há cartazes tipo "se vir algo suspeito, denuncie", com um número de telefone 0800. Hoje no passeio à Estátua da Liberdade tivemos que passar por uma barraca enorme, cheia de detetores de metais e máquinas de raios-x, para poder entrar no barco. A gente mesmo começa a ficar preocupado. Vai que um maluco resolve atacar justo quando estamos aqui...
No final da tarde, passamos no local onde existiram as torres do World Trade Center e aí deu para imaginar o sentido que tudo isso faz. Nove anos depois, o tráfego no local ainda está desviado, o metrô que passava por baixo dos prédios tem acesso ainda precário, agora que estão começando as obras para ocupar o local novamente, e os pedestres têm que ralar por espaços estreitos, subir e descer escadas improvisadas, etc. Todos os dias as pessoas passam por ali e são forçadas a se lembrar.
Fiquei imaginando dois prédios de 110 andares implodindo naquele pequeno espaço. Depois, num memorial que tem na rua próxima, em frente à igreja de St Paul, as imagens e objetos mostraram muito mais que as cenas de TV que vimos à distância. Que clima de consternação que não deve ter tomado a cidade. Aí se entende também como a partir dessa tragédia o oportunista do Bush conseguiu apoio popular para começar duas guerras...
Campanha eleitoral americana : pior que Lei Falcão
Ontem bisbilhotei a TV a cabo do hotel, cujo último canal é o 1974, quase intermináveis as opções. E nem vi a TV Diário... Tem a Globo (canal 512), que felizmente não tem assinatura aqui. E tem um canal do legislativo, onde passa o que chamam por aqui de propaganda eleitoral, mas é muito tosco. Passa a foto do candidato, o partido, o distrito por onde concorre (voto distrital), e na imagem seguinte o e-mail, telefone e endereço. Só isso! Nem se mexem! Nem falam besteira, nada! É por isso que abstenção aqui é tão alta. Pior que a Lei Falcão, aquela da ditadura, onde tinha a foto, mas pelo menos uma voz dizia quem era o candidato e o que prometia.
Agora falando sério: Obama está passando o maior sufoco para tentar salvar pelo menos a maioria no senado, já que na câmara é certo perdê-la e, pior, ver crescer um grupo de ultradireitistas, o tal do Tea Party, que quer baixar os impostos e fazer o equilíbrio fiscal acabando com o pouco de programas sociais que tem por aqui. O Obama aprovou precariamente a extensão do seguro saúde para pessoas que não têm emprego, e os caras querem cortar. Obama chegou a ser chamado de comunista por isso...
Aqui em NY uma revista traz na capa "Palin President", ou seja, aquela figura bizarra que foi candidata a vice contra o Obama, de ultra-ultradireita, está correndo o país em pré-campanha para dirigir essa parada toda aqui. É mais ou menos como o atual vice do Serra fazer o mesmo, prometendo botar na cadeia quem dá esmolas, etc. Pior que a crise política, só a crise de inteligência que, never in the history of this country, se viu como agora. E mais: as eleições são agora no início de novembro, vão renovar parte do parlamento, e o único cartaz que vi na rua até agora foi numa loteria, como um aviso para que os eleitores votem.
Blog do Branquinho a partir de Nova York
- Considerando a moleza que nosso amado líder Lula está dando para viajarmos ao exterior, com dólar barato e salário com poder aquisitivo melhor que o da era FHC;
- Considerando que está fácil tirar visto para os EUA, porque a economia deles foi pro brejo e eles aceitam brasileiros numa boa para gastar uns trocados por lá;
- Considerando que os norte-americanos são hospitaleiros, tão receptivos, que até receberam um perigoso subversivo de nome José Serra que escapou de dois golpes militares, ganhou "green-card", bolsa em universidade e tudo, a troco sabe-se lá de que;
- Considerando que até a Dilma Roussef tem visto para entrar nos EUA, mesmo com toda a baixaria de campanha dizendo que ela está proibida de vir por aqui;
- Considerando que a conjuntura política do Brasil está a maior nojeira, e que não tenho mais estômago para aturar, e estou louco para acabar esta eleição;
- Considerando que estou cheio de amigos em Nova York, e que a cidade é uma Babel, onde todo mundo fala o que quer e todo mundo entende,
Viajei para os EUA na sexta e a partir daqui, como correspondente estrangeiro em NY, talvez consiga escrever melhor para os fiéis seguidores. Qualquer jornalista medíocre vem para cá, e com o rótulo de "correspondente em NY" passa a ser respeitado, porque não eu, que nem jornalista nem tão medíocre sou, não posso falar bobagens e as pessoas acharem que estou mandando muito bem? A vantagem é que vou escrever menos sobre política do Brasil, o que é bom para todo mundo. Fui.
domingo, 24 de outubro de 2010
Serra : a colheita do ódio
Quem ganha eleição é a economia. Quando o Plano Cruzado fez seu efêmero sucesso, Sarney elegeu uma esmagadora maioria no congresso e nos governos estaduais. Collor e Lula em 1989 disputaram as ruínas da hiperinflação de Sarney, e o candidato oficial, Ulysses Guimarães, mesmo com todo o carisma e projeção da Constituinte não conseguiu 10% dos votos.
Quando Itamar fez o Real e esse pareceu um plano estável, elegeu FHC, que se reelegeu antes da falência do projeto. Serra perdeu a eleição para Lula porque o Real quebrou duas vezes o país, e nem toda a privatização resolveu seus problemas estruturais.
Lula se reelegeu ainda explorando a herança maldita de FHC e colhendo os primeiros resultados dos programas sociais. E agora, com resultados excepcionais na economia, Lula deveria eleger sem problema sua sucessora. Isso não está acontecendo, e haverá uma semana para a campanha de Dilma tentar se alinhar às expectativas que seriam mais normais.
Como Lula tem 81 % de aprovação, e Dilma apenas 54%, em votos válidos? Por que essa diferença? É nela que está o sucesso da campanha de Serra, ou a deficiência da campanha de Dilma.
Ambos os candidatos têm deficiências de imagem. Dilma parece fazer um grande esforço para superar a timidez do seu perfil de técnica eficiente. Serra tem dificuldade de se fazer convincente, e parece todo tempo dizer que fez mais do que fez e prometer mais do que pode realizar. Serra fala descaradamente em fazer projetos que estão no PAC. Dilma não o faz com tanta credibilidade, jogando números globais mais focados na infra-estrutura que no cotidiano das pessoas. Serra fala em concluir metrôs de algumas cidades, já previstos no planejamento de Dilma, que fala em concluir a ferrovia Norte-Sul e a Transnordestina, fundamentais à matriz de transporte de cargas, mas onde ninguém vai andar.
Em termos de história, Serra tem muitos pontos obscuros não explorados adequadamente pela campanha, e sua campanha o coloca como a continuidade do Serra da UNE de 1963, como o homem de esquerda, corajoso, que deu motivos a ser perseguido pela ditadura. E o lado realizador, que faz parecer que o mistério da criação do universo está resolvido: antes do Big Bag, havia Serra! Dilma coloca sua trajetória com um grande buraco desde a prisão na ditadura até reaparecer na prefeitura de Porto Alegre.
A distorção do passado de Serra e a falta de conteúdo de realizações ao longo da história de Dilma é um dos fatores principais da sua supervalorização. A campanha de Dilma não compreendeu isso, e não bateu nas incoerências. Serra, que não era comunista nem socialista, mas da Ação Popular, grupamento com origem na Igreja Católica que na época colaborava com o lado pró-americano na guerra fria, teve um papel duvidoso na aproximação com Goulart, mais para um infiltrado pró-americano que para um revolucionário. A AP disputava eleições na UNE contra as chapas oriundas dos partidos comunistas.
Faltou explorar mais a mentira que é a vida política de Serra. Ele não é formado em nada, assim como Lula, mas passa por doutor. Teve favorecimentos incríveis ao longo da vida, como entrar para uma pós-graduação no Chile sem graduação, ocupar cargos em organismos multilaterais, fugir do matadouro do Estádio Nacional com uma carteirada, segundo ele mesmo, enquanto embaixadores de vários países sequer conseguiam se aproximar do estádio para tirar os estrangeiros.
A biografia de Serra oculta a figura do embaixador sueco Harald Edesltam, considerado o "Schindler sueco", pela atuação heróica na salvação de perseguidos durante o golpe de Pinochet. Ele conseguiu libertar, no local onde Serra estava, com o mesmo oficial que Serra disse ter aplicado o "caô" para sair, 84 pessoas, entre uruguaios e brasileiros. Essa sueco, ao ver que a embaixada de Cuba seria bombardeada pelos militares, correu lá com a bandeira da Suécia e declarou o local como extensão da embaixada da Suécia, impedindo a morte de centenas de pessoas que estavam lá. Teria Serra sido libertado por Harald, ou preferiu contar vantagem como o cara que salivou o Major Lavanderos como quem: diz "olha, vou dar uma saída, e amanhã eu volto para vocês me fuzilarem, ok?". Reconhecer ajudas não é de Serra, o todo-poderoso. Lavanderos foi "suicidado" dois dias depois disso.
Saiu do Chile para os Estados Unidos como se não devesse nada a Tio Sam, autor dos dois golpes militartes, com bolsa de estudos e benesses incompatíveis com as de um esquerdista na época, mas coerentes com as de um colaborador americano. Veio para o Brasil direto para a UNICAMP, junto com FHC e foi pulando de galho em galho atrás de oportunidades para si, sem terminar nenhum mandato. Essa é a realidade que a campanha de Dilma não mostrou para desconstruir a farsa que é o candidato adversário.
Dilma não explorou sua ausência no período de mais de 15 anos desde que saiu da prisão até retornar à política. Não mostrou as cicatrizes da tortura, seus efeitos psicológicos nefastos duradouros, sua fragilização e posterior volta por cima. Isso pareceria fraqueza, mas mostraria uma pessoa mais humana que a construção de marketing de executiva eficiente esconde. Serra não tem isso para mostrar. Parece um deus, sem defeitos, sem incoerências. E sem cicatrizes também, porque sua trajetória é a de um oportunista, que jamais correu riscos reais ou sentiu as dores da injustiça.
Serra mente sobre a família. Seu pai era dono de banca no Mercadão em São Paulo, onde o único sinal de pobreza é a roupa meio suja dos estrangeiros que trabalham com hortifruti. No mais, quem tem banca ali nunca passou sufoco, e os mais antigos acumularam bom patrimônio. Mas Serra diz que era pobrinho, coitadinho. A campanha de Dilma, buscando ser propositiva, passou por cima de todo esse rosário de mentiras.
Lula tem o corpo fechado em relação à mídia golpista, que não o destruiu desde que sua cabeça apareceu sobre a da multidão nas primeiras greves do ABC, na década de 70. A perseguição é implacável a ele e a tudo que criou, como a CUT e o PT. São quase 40 anos de mentiras contra Lula, cotidianas, sementes plantadas nas mentes para desconfiar dele e das coisas que faz. Lula conseguiu driblar isso, e boa parte da credibilidade que tem hoje tem essa componente, de resistente, de batalhador, que mesmo os adversários reconhecem. Os resultados da economia foram mascarados e combatidos cotidianamente pelas Mírians, Mervais e outros advogados da visão mais conservadora do capital.
Dos 81% de Lula temos que tirar essa componente pessoal, difícil de aferir. Nas suas duas eleições vitoriosas, teve que ir ao segundo turno, sem o lastro das realizações econômicas de hoje. Falou pelos mais pobres, e uniu um arco de alianças que dialogavam com o setor majoritário da população. E não teve 51% no primeiro turno. Seus 81% não são confrontados com ninguém, são absolutos. Quanto teria Lula se fosse candidato hoje? Não seriam os mesmos 81%, porque apareceriam outros fatores, estes que Dilma está tendo contra si hoje, semeados ao longo do tempo.
Até que ponto os votos de Dilma são a transferência de Lula? Não creio ser honesto atribuir ás limitações da candidata a diferença entre o que tem de votos e a aceitação de Lula. Mas acho insuficiente que não tenha ganhado o primeiro turno, deixando margem para a inflação da campanha de Marina para livrar Serra da derrota certa. O flanco aberto, no meu entender, veio do início da colheita de terror e ódio que Serra faz hoje: uma parte do eleitorado que votou em Marina viu Serra e Dilma como "igualmente ruins", e fez dela o seu Tiririca, o voto de protesto. Chegou a 20% com uns 3% do PV, 8% seus, e o resto desse tipo de eleitor, que com as ferramentas adequadas Serra arrebatou. Se 32% no primeiro turno, pulou para a casa dos 42%, onde parece estabilizado.
A campanha de Serra está aproveitando com muita "expertise" todo o ódio infundido ao longo desses 40 anos contra Lula, CUT, PT e a esquerda em geral, mesmo a que tenta se diferenciar no voto nulo. Na hora que a direita fechar o tempo, todos se encontrarão na cadeia. Basta ver como eles e seus apoiadores enchem a boca de saliva ao falar PT (o petêeeeeee), como se referindo a uma doença, ao demônio. E usa o mais descarado machismo, presente na sociedade, para colocar a supremacia do "homem poderoso" contra a "mulher frágil", presente no bordão "ela não vai aguentar". E potencializa o tabu do aborto também como arma contra o direito das mulheres serem donas dos seus próprios corpos, mesmo com a flagrante hipocrisia da sua vida pessoal.
Hoje vejo pessoas que por todas as razões deveriam apoiar Dilma falando do mesmo jeito, com profundo ódio, mesmo sem saberem porque. Imitação de exemplos que a toda hora a TV exibe. E que não tem, da outra parte, praticamente nenhum combate, porque a esquerda não se une contra a direita, tanto por contradições de pontos e vírgulas como por ideológicas, e até de fisiologismo.
Como Serra é maquiavélico e principalmente oportunista, quer ganhar as eleições mesmo que não tenha que respeitar tudo o que disse ao longo da sua falsa história. Busca os nichos do terror, do medo, do ódio e do preconceito para se aliar. Potencializa no povo pobre e na classe média um ódio de classe, de horror aos que questionam as injustiças sociais, de perseguição aos "inimigos do povo" com a eficiência de um Goebbels ou Mussolini. Não aceitam que os "subalternos" lhes digam o caminho correto. E levam com eles muita gente deficiente culturalmente, mentalmente e oportunistas como o seu líder, em busca de se darem bem pisando os pescoços da multidão onde estão imersos.
Ao ódio aos pobres e suas lideranças, cultivado pela imprensa da direita, está a promoção, no mesmo período, do sucesso individual, do modelo cultural norte-americano, dos "self-made men", dos "winners" contra os "loosers", hoje presentes na juventude alienada da política. A elite da direita quer ser a própria cultura, os próprios valores que cultivam mas não realizam. Querem que as mudanças sociais sejam sempre subprodutos das suas benesses, e não concessões por demandas dos do andar de baixo.
Serra está conseguindo dividir o país pelo ódio. Seu corte é vertical, atraindo gente de todos os segmentos para odiar pessoas dos seus próprios segmentos. Não é o tradicional corte de classes, de pobres contra ricos, mas de pessoas que querem se dar bem pisando nos seus semelhantes. Para eles, privatizar o pré-sal é uma bobagem, algo que "se eu estivesse lá ganhando dinheiro com isso também faria". Não faz sentido o discurso republicano, de interesses nacionais, distributivo.
Pelo contrário. Serra consegue aprofundar o discurso da prosperidade individual acima da coletiva como Lula nunca fez. É um emergente, um novo-rico, desses que sobe deixando um rastro de podridão e depois contrata um jornalista para escrever uma biografia nobre. De empresa que destrói irreversivel e maciçamente o meio-ambiente, e depois faz "balanços de sustentabilidade" supervalorizando as esmolas que concede em projetos midiáticos. Serra é esse modelo de gente, que não constrói por propostas, mas pela destruição dos seus adversários. Para a mídia do capital, isso é o normal, não há conflito.
O novo nisso tudo é o corte vertical que a campanha de Serra faz na sociedade. Hitler não construiu o ódio aos judeus, aos ciganos, aos negros e aos comunistas em poucos anos. Aproveitou sementes históricas, desde os "pogroms" da humilhação aos judeus à negação de alma pela Igreja aos negros e índios, à discriminação histórica aos povos nômades. Fez um soldado "ariano" odiar um soldado "não ariano", um operário "alemão" odiar um operário comunista, um empresário "católico" odiar um empresário judeu, alcançou o poder e nele se manteve pelo acirramento desse ódio, criando as bases para o extermínio humano, que, no caso dos judeus, era secundário à apropriação material das suas propriedades, nem que fosse um dente de ouro. Hoje Serra quer fazer da estrela do PT o símbolo do ódio. Hitler também usou o ódio a uma estrela, a de Davi, de seis pontas, para atingir o topo da sua "carreira".
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Serra: o candidato do Arco de Fogo
Arco de Fogo é o nome da operação da Polícia Federal, com apoio da Força Nacional, deflagrada em 2008 para combater a prática das queimadas e retirada ilegal de madeira nas áreas mapeadas como mais críticas pelo Ministério do Meio Ambiente, quando Marina Silva era ministra.
Segundo levantamento do professor de Ciência Política e pesquisador do IPEA, Antônio Lassance, Marina Silva foi castigada pelos eleitores dessa região, que vai do Acre ao Maranhão, enquanto Serra foi o grande vitorioso nas áreas dominadas politicamente por desmatadores. Vale a pena ler o seu artigo "O candidato do Arco de Fogo" e imaginar o que os desmatadores esperam de José Serra presidente.
Desabafo de eleitor do PSDB: a tomografia da fita crepe
Do site Carta Maior, reproduzimos post do jornalista Paulo Nogueira, eleitor do PSDB, onde desabafa após a farsa de Serra no Rio. Vive em Londres, e mantém o blog http://www.diariodocentrodomundo.com.br/?p=2725. Ex-editor assistente da Veja, editor da Veja São Paulo, diretor de redação da Exame, diretor superintendente de uma unidade de negócios da Editora Abril e diretor editorial da Editora Globo, seu depoimento é incisivo. Demonstra o grau de desagregação que Serra provocou dentro do próprio partido e agora quer repetir no Brasil.
" A campanha de Serra é repulsiva, e acabou por afugentar do PSDB gente que, como eu, tradicionalmente opta pelo partido".
"NÃO SEI SE alguém se surpreendeu com as últimas pesquisas, que parecem consolidar a caminhada de Dilma rumo ao Palácio do Planalto.
Eu não.
A campanha de Serra é repulsiva, e acabou por afugentar do PSDB gente que, como eu, tradicionalmente opta pelo partido.
O episódio de ontem no Rio é apenas mais um de uma lista de pequenas trapaças de Serras. Ele é provavelmente a primeira pessoa no mundo a fazer tomografia por receber uma fita crepe na cabeça. O médico que o atendeu disse, constrangido, que o exame acusara o que todo mundo já sabia. Não havia problema nenhum.
Serra aproveitou para fazer fotos no hospital, em meio a extemporâneas e descabidas declarações de paz e amor hippie. “Não entendo política como violência”, disse ele. Serra entende política como uma forma de triturar todo mundo para chegar à presidência. O melhor quadro do PSDB para suceder FHC era Pedro Mallan, que foi sabotado de todas as formas por Serra.
Serra quer ser muito ser presidente. O problema é que os brasileiros não querem que ele seja.
Em farisaísmo, a tomografia da fita crepe equivale à célebre frase de Monica Serra segundo a qual Dilma é a favor de matar criancinhas. Não conheceríamos a capacidade de jogar baixo de Monica se um repórter não estivesse presente para registrar a ação maldosa da candidata a primeira-dama.
Dilma deve ganhar menos pelos seus méritos e até menos pelo apoio do Lula do que pelos vícios da campanha vale-tudo de Serra.
Ele tem que sair de cena para que o PSDB se renove.
É possível que ele arraste Aécio na queda, agora que repousam sobre o mineiro as esperanças de operar uma reviravolta. Dilma bateu Serra no primeiro turno, e Aécio disse que vai mudar isso. Faz alguns mandatos já que quem ganha em Minas leva a presidência, e por isso as esperanças se reabriram.
Só falta Aécio combinar com os mineiros.
A última pesquisa mostra que a distância de Dilma sobre Serra em Minas se ampliou em vez de diminuir.
Serra talvez possa culpar Aécio se a virada não aparecer, eassim prosseguir, como um interminável Galvão da política, mais alguns anos em sua louca cavalgada rumo à presidência, num titânico duelo de vontades contra os brasileiros."
Chora, Serra! Lula tem novo recorde de empregos.
Em setembro foi registrado pelo IBGE o menor nível de desemprego desde que começou a série histórica há 9 anos. É dessas coisas que Serra e sua campanha tentam esconder com factóides e baixarias, porque nesse campo eles perdem todas. Não podem dizer que fariam igual, porque na crise de 2008 teriam adotado a receita da recessão que destrói a economia americana e européia. Lula apostou na marolinha, e ganhou, daí não caber Serra falar em "continuidade" de algo que não teria feito.
Nestas eleições, por baixo da cortina de fumaça há uma disputa de dois projetos que, apesar da semelhança na essência (não questionam o sistema capitalista), têm uma profunda diferença nas decisões e na forma de executar. Os tucanos insistem que o sucesso de hoje é fruto da semente plantada por FHC, e até que Serra poderia ser a continuidade de Lula, sem solavancos. Não é verdade: Lula conseguiu sucesso porque soube negociar com a sociedade, acima das classes. FHC e Serra não têm essa virtude, e fracassaram porque governaram pensando em poucos, fazendo dos pobres um detalhe de políticas compensatórias.
Crescimento sustentado de 7,5%, desemprego de 6,7% (quase pleno emprego), motivação para o consumo, crença no futuro, investimentos em expansão, tudo isso mostra o quanto Lula e Dilma estão longe de mostrar claramente o projeto que defendem, porque Serra e sua curriola fazem de tudo para esconder. Daqui prá frente, Lula e Dilma deveriam desprezar Serra e partir para o abraço. Deixem que o PT e a militância cuidam da tropa de choque deles, e a polícia cuida dos seus crimes eleitorais. Mostrem ao Brasil o que foi feito, para que a votação se aproxime dos 81% de credibilidade de Lula, conseguida contra a Rede Globo e toda a mídia golpista.
A Globo está ensandecida
A capa do jornal "O Globo" de hoje está numa linguagem tão radicalizada contra o PT, Lula e Dilma que faz os panfletos odiosos do bispo de Guarulhos parecer elogioso a todos eles. Primeiro, botam a foto da montagem com um "objeto voador não identificado" que teria atingido Serra a ponto dele ficar conto, referendado no JN de ontem como um rolo de fita pelo perito Molina, ex-Unicamp. Só a Globo tem essa versão, e jura de pés juntos que é verdade. A outra manchete é "Coordenador de campanha de Dilma "rouba" dados", mostrando que da disputa interna de tucanos com Serra e Aécio fazendo dossiês um contra o outro, a culpa é do PT, e vale qualquer mentira para atacar.
O episódio da bolinha de papel que derrubou o farsante Serra, a fraude do "novo objeto", onde Serra aponta para um lado da cabeça e o médico para outro, sem ferimento, hematoma, nada, e a conclusão do inquérito da PF sobre vazamento de sigilos trazendo a público a disputa entre Aécio e Serra atingiram o navio tucano abaixo da linha d'água. Ontem por duas vezes o simpático e sagaz presidente do PSDB veio a público, de forma clara e convincente para os seus padrões, dizer que os tucanos são vítimas do PT. Agora não é só Serra o frouxo, o partido dele, capaz de tanta baixaria, agora diz que é vitima. E serão mesmo: de uma enxurrada de votos em Dilma e do projeto de mudanças do Brasil que os tucanos não têm.
A loucura é tão grande que, para a Globo, funcionário em férias não tem vínculo empregatício! Alô DRT, é bom dar uma passada naquele prédio da R. Jardim Botânico, no Rio, e dar uma olhada nas anotações de férias do pessoal da Globo. Fizeram essa falsificação da legislação trabalhista para dizer que o jornalista do Estado de Minas que montou o dossiê contra Serra a mando de Aécio não trabalhava para o jornal "porque estava em férias".
Uma coisa é certa: as emissoras de TV que têm preocupação com sua continuidade após a eleição estão partindo para uma cobertura das eleições sem paixões. Puxam a brasa para o Serra, mas com discrição, sem distorcer demais os fatos e sem se comprometer demais com calúnias que podem vir a custar caro no futuro, em termos de credibilidade. Com a Globo e a Veja isso não acontece. Até a Folha, pela persistência de alguns bons profissionais, consegue dar algumas matérias fora do alinhamento com a extrema-direita.
Os meios de comunicação do PIG estão subindo os degraus para a insânia e jogando as escadas fora, como se o mundo fosse acabar em 31 de outubro! Tomara que para eles seja mesmo o início do fim. O mercado se auto-regula, e outras empresas tomarão seus lugares, quando caírem em desgraça por falta de consistência e credibilidade.
Datafolha: Dilma 50%, Bolinha de papel 40%
Mais uma pesquisa que mostraria distanciamento de Dilma em relação ao candidato frouxo que não defende a mulher e faz encenação com uma bolinha de papel. Nada disso importa: correr atrás de voto é o que interessa. Nos votos válidos, Dilma tem 56% contra 44%. Tranquilo? Nada disso! Dilma concorre contra o maior grupamento criminoso eleitoral da história, e não podemos baixar a guarda.
Ontem a polícia rodoviária apreendeu um caminhão de campanha do Serra levando cestas básicas para distribuir com eleitores em troca de votos. O nome disso é COMPRA DE VOTOS. Só foi desbaratado mais esse crime eleitoral porque militantes da campanha de Dilma fotografaram, investigaram e denunciaram às autoridades, que deram o flagrante.
Querem tomar esta eleição na mão grande, e vão fazer de tudo, cabendo a cada um dos eleitores de Dilma ter postura vigilante, além de pedir votos. Hoje celular com câmera tem em tudo que é lugar (não é por causa da privatização, é o dólar barato mesmo) e qualquer um pode fotografar abusos.
Piadinha que corre aqui pelo Rio: A armação de Serra não deu certo porque não houve ferimento. Só assim ele ganharia uns pontinhos... Falando nisso, o filho de uma deputada tucana, que começou o tumulto em Campo Grande ao agredir o funcionário da FUNASA que carregava o cartaz alusivo a Paulo Preto, irá depor hoje por agressão a 4 petistas.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Farsa: o que a Globo / Folha botaram na cabeça de Serra?
Se existisse a Rede Globo em 1962, certamente o assassinato de Kennedy teria sido facilmente decifrado. Dependendo do interesse, seus especialistas em efeitos especiais, com a colaboração de fidedignos filmes da Folha, encontrariam um número de atiradores que poderia variar. Um certamente seria do PT. Outro, do MST. Mais um, uma mulher, com um fuzil, parecida com a Dilma. E tentando tirá-lo da linha de tiro, José Serra, o herói cuja kriptonita é uma bolinha de papel.
Essa do Jornal Nacional botar um objeto sobre a careca do Serra, a partir de um video de celular de um repórter da Folha, com parecer de "especialista" e tudo, dá um sabor especial ao que era uma farsa, e agora vira uma fraude. Eu vi a ampliação da foto na internet, e cheguei à minha conclusão: era a auréola do Santo Serra! Foi um milagre! Eu vi! Eu vi! E você, o que acha que botaram na cabeça do Serra?
Novas pesquisas: não dá para vacilar.
Faltam 10 dias para a votação e aparentemente Dilma cresce e Serra cai. Isso é para comemorar? De jeito nenhum. Esta não é uma eleição isonômica. Um dos candidatos parte para a baixaria, para a manipulação, e tem o apoio de gente capaz de mentir, de simular, de caluniar para ganhar votos. E tem o apoio dos impérios de comunicação. Do nosso lado temos Lula e suas realizações a continuar. E Dilma candidata, mulher, ex-presa política, economista, que foi responsável pela execução dos projetos de Lula. A eleição entrou numa fase onde a cada dia se pode acordar com uma nova armação, já que do outro lado estão bandidos da manipulação.
Pesquisas não dizem nada. Podem manipular transportes no dia da votação, e ainda tem a desconfiança na urna eletrônica. Vamos olhar a pesquisa como um mero dado quantitativo, mas trabalhar para ganhar mais votos e liquidar essa fatura com boa margem de diferença. Ontem o IBOPE mostrou Dilma subindo de 49% para 51%, e Serra caindo de 43% para 40%. Na Sensus, houve pouca variação, com a diferença subindo 1%: Dilma 46,8% x Serra 41,8%.
Essas diferenças são muito pequenas, quando vemos que a turma do Serra pode amanhecer no dia da eleição em cada templo e igreja com milhões de panfletos preconceituosos, a exemplo do que já aconteceu no primeiro turno, implantando o terror. Lutar contra o PSDB e o DEMO é estar sempre alerta, esperando a puxada de tapete. Essa gente é capaz de qualquer coisa.
Globo não usa grande angular em eventos de Serra
Enquanto as imagens de Dilma mostram multidões animadas, com bandeiras e palavras de ordem, as de Serra em campanha mostram um ou outro carro de som, com partidários em cima, e praticamente ninguém acompanhando. Nas caminhadas, Serra anda solto, porque não tem muita gente em volta, mesmo assim, partidários e seguranças.
Passei a reparar a mudança de estilo da Globo. No JN, para não mostrar que Serra estava em cima de um caminhão no interior do Paraná quase sem ninguém em volta, usaram uma imagem com ângulo fechado, pegando só o caminhão. Tinha visto o mesmo evento em outra emissora, e deu para ver que estavam andando isolados no trânsito. Enquanto isso, Dilma quase era atingida por uma bexiga com água, e levou a coisa na esportiva, sem fricotes nem fraquezas.
Outra coisa que a Globo não mostra, até porque não existe: comícios de José Serra. Quando muito, filmam de perto do palco algum evento, geralmente em lugar fechado, para dar idéia de lotado. Nos da Dilma não tem como esconder a muvuca, porque a candidata fica espremida em meio a um monte de gente. Mesmo focando de perto, não dá para esconder que falta espaço.
Programa de Serra ganha mais 20 minutos
O Jornal Nacional estrategicamente se dividiu em dois blocos: um antes do programa eleitoral, outro depois. Com isso ganhou mais mobilidade para reforçar o programa de Serra e atacar o PT após os programas eleitorais. Antes dos programas, parte para o trivial, como denunciar o PT por quebra de sigilos, mesmo contra o relatório da Polícia Federal, e atacar os deputados do Ceará que buscam formas de coibir os abusos da comunicação social.
Hoje fizeram de tudo para desmoralizar Lula, porque ele denunciou a farsa da bolinha de papel de Serra. Arranjaram uma imagem de celular de péssima qualidade, e um "especialista" em objetos voadores não identificados para dizer que Serra foi atingido duas vezes. Na segunda vez, por algo tipo um rolo de fita adesiva, que o teria deixado grogue, passando mal, mesmo continuando a caminhada. Incrível como a Globo busca todos os recursos para provar suas teses, mesmo que inventando coisas. Edição de imagens hoje faz milagres, até tentar tirar o da Globo da reta. Eu só dou alguma credibilidade à montagem, digo, notícia da Globo porque quem filmou era da Folha.
Lula: Farsa de Serra foi pior que a de Rojas
Adoro a liberdade de expressão. A Globo arma uma farsa com Serra, bota no ar, vem o SBT e mostra outras imagens e a armação de ontem no Rio foi desbaratada. Hoje por aqui o que mais se comenta é como um candidato a presidente arma uma encenação com uma bolinha de papel que ninguém sabe de onde veio. Tomografia para bolinha de papel? Ficar em observação por causa de bolinha de papel? Coisa de frouxo, para dizer coisas publicáveis e não preconceituosas aqui no blog. E como a maior emissora de TV bota pilha nesse tremendo 171, ou caô, na língua local. Armar prá cima de carioca? É ruim, hem, Serra?
Não ficou barato para Serra. Lula foi à imprensa e fulminou: "foi uma mentira mais grave que a do Rojas", referindo-se ao goleiro chileno que, em pleno Maracanã, simulou ter-se ferido com um rojão atirado longe dele para parar o jogo. Lula foi além, conforme transcrevemos do Carta Maior:
Em discurso no Rio Grande do Sul, Lula denuncia médico que simulou o atendimento;compara o tucano ao goleiro Rojas, banido do futebol por simular agressão. E exige desculpas do PSDB ao povo brasileiro.
"A mentira que foi produzida ontem pela equipe de publicidade do candidato José Serra é uma coisa vergonhosa. Ontem deveria ser conhecido como dia da farsa, dia da mentira Primeiro bateu uma bola de papel na cabeça do candidato, ele nem deu toque para a bola, olhou para o chão e continuou andando. Vinte minutos depois esse cidadão recebe um telefonema, deve ser o diretor de produção dele que orientou que ele tinha que criar um factoide, deve ter lembrado do jogo do Chile com o Brasil .Espero que o candidato tenha um minuto de bom senso e peça desculpas ao povo brasileiro pela mentira descarada.Nenhum candidato em primeiro, segundo ou terceiro lugar nas pesquisas tem direito de mentir da forma descarada com que o PSDB mentiu ontem. A mentira que foi produzida pelo esquema publicitário do José Serra é uma coisa vergonhosa. Passaram o dia inteiro vendendo que esse homem tinha sido agredido. Bateu uma bola de papel na cabeça do Serra e 20 minutos depois ele recebeu um telefonema. Telefonema que deve ser do seu diretor de produção. Depois do telefonema, ele decidiu procurar um médico que foi um diretor do Inca durante a gestão do Serra no Ministério da Saúde e secretário de Saúde do Cesar Maia - disse o presidenteEsse é o tipo de iniciativa que faz parte de uma campanha de baixo nível Quem não viu, deveria assistir ao vídeo para ver uma mentira mais grave que a do Rojas [Ex-Goleiro da seleção chilena, Rojas fingiu ser atingido por um figuete num jogo entre Brasil e Chile em 1989, válido pelas Eliminatórias da Copa de 1990. O jogador cortou o próprio rosto com uma gilete escondida na luva para fingir que teria sido atingido. Com a farsa descoberta após investigação da Fifa, o goleiro foi banido do futebol e o Chile excluído da Copa. " (Presidente Lula).
Caixão e vela preta. Lula enterrou Serra, que só comemorará a eleição dois dias depois, em 2/11, dia de finados. Se Serra cair no erro de revidar contra Lula, vai perder mais. Não teve coragem nem para defender a mulher, e fica grogue com bolinha de papel, vai encarar um presidente com 81% de aprovação? Novamente terá que levar desaforo para casa.
O prejuízo de Serra não pára por aí. Sua armação virou "hit" no Twitter, e com a tag #serrarojas virou o "trending topics" número 1 do mundo! Serra ganhou uma afinal: o título mundial de maior farsante. Como ninguém perde tempo, até um joguinho para acertar Serra com uma bolinha, escondendo-se atrás do balcão do Jornal Nacional, já tem para jogar on line. Enfim, como farsa pouca é bobagem, Serra tentou sensibilizar otários de todo o Brasil levando a fraude ao programa eleitoral, onde incrivelmente mostra o local atingido diferente do apontado pelo médico!
Apesar do cada vez maior desmascaramento de Serra, todo cuidado é pouco. Vamos correr atrás de votos, porque é isso que ganha eleição. Como a falta de caráter é uma marca tucana, eles vão aprontar mais, porque poder é tudo. Mais 4 anos fora da boquinha, com um mundão de dinheiro do pré-sal fora das mãos deles, tudo é possível para ganhar, nem que seja roubando.
Tucano Wars : Aécio e o dossiê contra Serra
Ontem o jornalista Amaury Ribeiro Júnior declarou que encomendou a quebra do sigilo na Receita Federal da alta cúpula tucana para proteger Aécio Neves de José Serra. Amaury trabalhava para o jornal Estado de Minas, ligado a Aécio, na época da quebra do sigilo. Nem campanha de Dilma havia, porque também não havia candidatura nenhuma. O pau quebrava dentro do PSDB, voando pena de tucano prá todo lado, entre Serra e Aécio. Na baixaria doméstica valia o mesmo que Serra faz hoje na campanha sórdida contra Dilma. Será que Aécio realmente está apoiando Serra? No primeiro turno, deu a chapa Dilma + Anastasia (Dilmasia). Vamos ver as urnas do segundo turno em Minas...
O Jornal Nacional não perdeu a viagem: mesmo contra o relatório da Polícia Federal, que apontava como mandantes da quebra Aécio e o jornal Estado de Minas, conseguiram encaixar na estória que o PT havia encomendado tudo. Mentira não tem limites. A TV Record não entrou na onda da Globo e publicou a verdade. Mais um flagrante de má-fé da Rede Globo.
Bolinha de papel vira agressão em Serra na Globo
No episódio de ontem da "agressão" a Serra numa caminhada em Campo Grande, no Rio, por um objeto atirado na sua cabeça, a única imagem que a Globo mostrou no Jornal Nacional foi a de Serra com a mão na cabeça como se sentisse muita dor. A partir daí foi só o script de "Serra vítima da truculência do PT": foi a dois hospitais (particulares), fez tomografia, ficou grogue, cancelou agenda, etc.
Esqueceram de combinar com o SBT, que mostrou imagens de uma bolinha de papel jogada na careca de Serra. Ele nem se tocou. Olhou pro chão e continuou andando. Cerca de 20 minutos depois, ao terminar um telefonema, botou a mão na cabeça e fez a encenação que a Globo fotografou. Veja aqui o video.
Como disse Leonardo Boff, nesta eleição a verdade vai vencer a mentira. O que mais essa corja vai inventar para botar a culpa no PT? Na Alemanha nazista, os seguidores de Hitler botaram fogo no parlamento (Reichstag) para acusar os comunistas e os judeus, e começaram uma implacável perseguição a eles. Serra é o candidato da mentira. Seu número não é 45: é 171 !
A nebulosa fuga de Serra da ditatura chilena
O que vou escrever aqui baseia-se, principalmente, nos materiais expostos no site com a biografia autorizada do candidato José Serra, http://www.retratosdoserra.com.br/ . Nele estão disponíveis vários filmes com depoimentos dele e de pessoas do seu convívio nas várias fases da vida, construindo uma história de vida.
A versão de Serra para sua chegada ao Chile está no episódio 5. No episódio 6, narra sua trajetória no Chile, inclusive com o depoimento de um economista brasileiro que fala de como ele entrou para a pós-graduação em Economia sem ter graduação e sem saber absolutamente nada de economia. No episódio 7, sua versão para os fatos durante o golpe militar de Pinochet, até a sua saída para os Estados Unidos.
Quando houve o golpe em 11 de setembro de 1973, Santiago virou território de caça aos esquerdistas, que eram presos por denúncias de vizinhos, por dossiês de diversas fontes ou simplesmente por estarem nos lugares errados nas horas erradas. Uma grande parte foi levada para o Estádio Nacional de Santiago, aquele onde anos antes o Brasil saiu carregando pela primeira vez a Taça Jules Rimet. Ali foram torturados e executados vários ativistas. Os dados são divergentes, e falam de 10 mil presos com cerca de 1000 mortos no local, cujos corpos eram jogados num rio próximo.
Serra afirma que o seu veículo tinha autorização especial para entrar em embaixadas, e por isso teria conseguido transportar pessoas em risco de prisão para asilos seguros. Serra trabalhou na CEPAL, que é um órgão multilateral, daí talvez a licença especial para trânsito. Foi preso ao tentar sair do país pela porta da frente, com a família no aeroporto de Santiago. Foi separado da esposa e dos filhos e levado para o famigerado Estádio Nacional, segundo seu relato.
No estádio havia um setor exclusivo para os estrangeiros presos, sob comando do Major Lavanderos, citado por Serra. Na versão de Serra, ele conseguiu sair de lá deixando o seu passaporte e prometendo voltar no dia seguinte.
Lula acima de guerra de versões
Ontem o espetáculo ridículo de Serra, fingindo ter sido atingido por um meteoro atirado por algum petista em plena rua, sem arranhão, sangue, hematoma, nada, mostrou como um farsante pode aproveitar qualquer besteira para criar um factóide. Detalhe: a "agressão", que começou quando os meganhas da segurança de Serra começaram a rasgar os cartazes do pessoal do mata-mosquitos que ele demitiu em 2002, causando epidemia de dengue, aconteceu em Campo Grande, bairro carioca que fica a 50 km de Botafogo, onde Serra foi atendido numa clínica particular.
Por que o "melhor ex-ministro da Saúde segundo ele mesmo" não foi a uma UPA-24h por perto? Por que não foi a um hospital público para aproveitar e fazer propaganda? Porque sabe que não pode ir lá. No primeiro caso, para não encher a bola do projeto que Dilma quer estender ao Brasil. No segundo caso, porque sucateou tudo quando era ministro e, a exemplo dos mata-mosquitos, sabe que os funcionários públicos o odeiam. Podia sair de lá com algum membro amputado.
Agora é bandalheira. Relatório da PF onde o principal arrolado diz que Aécio e o jornal Estado de Minas encomendaram um dossiê contra Serra, nas mãos da Globo vira encomenda do PT e de Dilma. Frescura de Serra vira agressão. Esse é um campo onde a gente não pode entrar, porque eles têm todas as armas nas mãos, exceto uma meia-dúzia de blogs resistentes e redes sociais contra as mentiras. A saída é usar o diferencial de campanha: Lula neles!
Mais Lula na TV, nas ruas, nas rádios, é o remédio para zerar a mentira e a baixaria. Por que Dilma aparentemente cresceu? Porque a sociedade acordou para o risco de termos um governo fascista, que irá acabar com o que Lula fez de bom e levar o país ao atraso de FHC. Se o referencial é o governo de Lula, o que os marqueteiros de Dilma devem fazer é colocá-lo na mídia batendo em Serra e FHC impiedosamente, porque tem condições morais para fazê-lo. Se deixar que Dilma responda a Serra, vamos ficar sempre nisso: respondendo. Lula pode desequilibrar o jogo e partir para a ofensiva, deixando-os acuados, prestando contas das suas mentiras e fracassos. A militância nas ruas e na internet fazem o resto.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Europa: Revolta de trabalhadores chega à Inglaterra
Nunca na história do velho continente o enfrentamento entre trabalhadores e governos do capital foi tão explícito. Os governos de direita querem jogar a conta das orgias do capitalismo sobre as costas dos trabalhadores, cortando-lhes direitos, demitindo, arrochando salários. E a reação é internacional. Passa pela Grécia, Espanha, Portugal, pela imensa rebelião francesa e agora a Inglaterra, onde o governo conservador quer mexer na previdência, com prejuízos às aposentadorias. Hora de bater pesado para a conta ir para os mais ricos.
Dilma recebe apoio de parte do PV
Em ato em Brasília, Dilma recebeu o apoio de alguns deputados e militantes do PV. Marina Silva continua no muro. A filha de Chico Mendes declarou apoio a Dilma. O Greenpeace aproveitou para tentar fazer Dilma se comprometer com a meta de desmatamento zero. Ela disse que não assinaria o termo, e que não faz leilão de votos. Vamos ver qual vai ser a reação do Zé Moto-Serra ao mesmo manifesto. Bota prá Kátia Abreu assinar por ele.
Programa de Dilma detona. O de Serra, é só chororô.
Hoje tivemos o melhor programa da campanha de Dilma, mostrando mais de 1000 artistas, intelectuais e produtores culturais em ato de apoio realizado no Rio, na última segunda-feira. Gente de alto nível se comprometendo com ela. Côro "olê olê olê olá Dilma Dilma", parecido com o de Lula. Depoimentos de gente muito influente. Vida inteligente, isso a campanha de Dilma tem.
Em seguida vem o de Serra. Parece programa de "ex": a Dilma fez isso, fez aquilo, tem escândalo disso, tem Erenice, tem Eletrobrás, Zé Dirceu, buá, buá, buá. E ato falho, como no momento que declara que o "o país tem que parar de gastar com bobagens e investir em estradas, portos, aeroportos, que geram empregos, etc". Será que o Bolsa-Família, o Prouni e outros programas sociais estão na rubrica "bobagens"? Se Serra só chorasse e prometesse em vão, tudo bem, mas seus programas vão piorar, porque as pesquisas mostram sua queda e aí vão apelar para tudo.
Cartão amarelo: Serra simula pênalti
Hoje a Globo deve mostrar a "agressão" a Serra até com sangue que não houve. No meio de uma caminhada na zona oeste do Rio, onde houve confrontação com militantes do PT, Serra teria sido atingido por um objeto na cabeça. Não houve imagem de nada, mas Serra aproveitou o episódio para dizer que estava grogue. Nem sangue, nem hematoma, nada. Foi a uma clínica, onde o médico disse estar tudo bem, fez tomografia e cancelou sua agenda por que quis.
O Estado do Rio teria boas razões para uma animosidade contra Serra. Suas posições sobre os "royalties" do pré-sal são dúbias. No Espírito Santo diz que é a favor dos "royalties" para RJ e ES. No Ceará diz que é a favor da divisão equalitária para todos os estados. Além disso, a colocação do impopular Índio da Costa como seu vice, por imposição de César Maia, um dos políticos mais impopulares, também faz de qualquer passeio de Serra por aqui um risc
Parece que o Chile ensinou mais a Serra que a técnica de enganar gente para fugir. Há alguns anos, o goleiro Rojas, da seleção chilena, em pleno Maracanã se atirou ao chão e colocou no rosto um produto simulando sangue, para parar o jogo alegando ter sido atingido por um rojão. A farsa foi desbaratada anos depois, e o jogador, banido. Reveja aqui o vídeo da armação original, a do Rojas.Se Serra até já invadiu missa, simular uma agressão é café pequeno. Você disputaria uma bola na área com Serra? Votar, nem pensar, né?
Globo quer Marina neutra
Já disse outras vezes aqui: se quiserem saber onde o jornalismo da Globo quer te levar, leia a coluna dos leitores do jornal O GLOBO. Ali estão selecionados os pensamentos de leitores reais ou virtuais ou "fake" que coincidem com os dos editores. Hoje o cardápio era : Petrobrás usada na campanha eleitoral, até antecipando poço do pré-sal, e principalmente, Marina deve ficar de fora no segundo turno. Todas as opiniões sobre Marina eram nesse sentido. Vez por outra eles botam uma distoante para fazer de conta que tem divergência, mas nada... Kamel & Cia sabem muito bem o que significaria o posicionamento pró-Dilma de Marina.
Biruta de aeroporto : programa de Serra não tem direção
Vi agora há pouco o programa de TV de Serra. Incrível a manobra dos seus marqueteiros para mostrar que "Serra é continuidade". Primeiro, desdizem uma "verdade" anterior, que dizia que Serra criou os genéricos. O texto diz que outra pessoa criou, mas ele "continuou", ele "fez acontecer". Depois falou de outra idéia que num programa anterior ele havia "chupado" como dono, e, novamente, ele tornou real, dando continuidade. Tudo isso para dizer que a continuidade de Lula... é ele!
Depois foi a vez de colocar que o Pronaf foi dele. Aí vai ao Bolsa-Família e fala no décimo-terceiro "salário". Aí vem o horário da baixaria: pinçaram um idoso desconhecido para dizer que sucedeu Dilma na Secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul, e que encontrou uma bagunça deixada por Dilma, e ao final, afirma categoricamente: ela é incompetente! Pronto. O destino de Dilma está selado. Aí vem a vinheta: "Ela não vai suportar" ou coisa parecida. É o programa do careca doido.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Ceará : prefeitos tucanos voam para Dilma
Como se diz no bom e velho Ceará, ninguém quer ficar "no sal". Depois da lambança de Tasso Jereissati, Lúcio Alcântara e José Serra na basílica de Canindé, onde profanaram a missa e levaram um sagrado esporro do padre, com direito a esculhambação pela nota falsa distribuída pelos tucanos, 18 prefeitos cearenses do PSDB resolveram apoiar Dilma. Até um do DEMO entrou na revoada. Tasso ,a caminho do túmulo político, leva quem estiver com ele junto Valeu, Coronel dos Zói Azú. Vai ajudar o Serra lá por São Paulo também. Se fizer isso, já vou botando a champanhe no gelo. Derrotar Serra e os tucanos é uma coisa. Levar Tasso para o inferno de brinde, não tem preço.
Parlamentares e dirigentes do PSOL dão apoio crítico a Dilma
Do site Carta Maior:
Um grupo de parlamentares e dirigentes do PSOL, que já manifestaram apoio crítico à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à presidência da República, autorizou a leitura, no ato de intelectuais e artistas realizado ontem (18) à noite, no Rio de Janeiro, de uma nota expressando a sua posição sobre o tema. Para eles, "o retorno demotucano - de privatização máxima e Estado mínimo - é desejado, clara e reiteradamente, pelas classes dominantes no Brasil, que exercem sua hegemonia nos planos econômico, político e de produção do imaginário social".
(...) 'PSDB e DEM, para além da campanha 'medieval' coordenada pelo vice de Serra, que anuncia obscurantismos com a vitória da candidata petista, reprimem abertamente movimentos populares e não aceitam política externa que saia dos marcos do Império. O retorno demotucano - de privatização máxima e Estado mínimo - é desejado, clara e reiteradamente, pelas classes dominantes no Brasil, que exercem sua hegemonia nos planos econômico, político e de produção do imaginário social. Serra presidente é o 'sonho de consumo político' do conservadorismo total!Por tudo isso, optamos pelo voto crítico em Dilma no dia 31 de outubro, afirmando nossa forte cobrança programática em torno dos avanços necessários ao Brasil".
ASSINAM:
Deputados Federais Chico Alencar e Jean Wyllys (RJ) e Ivan Valente (SP)
Senador eleito Randolfe Rodrigues (AP)
Deputados Estaduais Marcelo Freixo (RJ) e Carlos Gianazzi (SP)
Vereadores Eliomar Coelho (Rio) e Elias Vaz (Goiânia)
Dirigentes nacionais Jefferson Moura, Milton Temer, Carlos Nelson Coutinho, Leandro Konder, José Luiz Fevereiro, Gilberto Maringoni, Rodrigo Pereira, Miguel Carvalho, Edson Miagusko
Baixaria sem fim: robôs ligam para eleitores atacando Dilma
Parece coisa de ficção, mas para quem não sabe o "robô" é um programa de computador que pega uma lista de telefones, liga para todos e, ao atenderem, mandam uma mensagem pré-gravada. É diferente do telemarketing, porque não tem ninguém do outro lado da linha prá você xingar. É a tecnologia da baixaria a serviço de Serra e sua corja. Mais detalhes no Viomundo.
Manifesto de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos com Dilma
Nós – Engenheiros, Arquitetos, Agrônomos, Urbanistas, Geólogos, Geógrafos, Técnicos Industriais e Agrícolas – signatários deste documento, vimos manifestar todo nosso apoio à eleição DILMA PRESIDENTE. Em 8 anos (2003-2010) de Governo, Lula e DILMA criaram as condições para um novo ciclo de desenvolvimento econômico, com sustentabilidade ambiental e social.
Apoiamos Dilma por que:
1º) Lula e Dilma criaram o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, que a partir de 2007 garantiu investimentos nas áreas energética (Luz Para Todos, hidrelétricas, energia eólica, petróleo etc), logística (portos, aeroportos, ferrovias, malha rodoviária etc) e infra-estrutura social e urbana (habitação, saneamento, drenagem etc), com R$ 656,5 bilhões em investimentos;
2º) Dilma e Lula implantaram o programa Minha Casa Minha Vida, o maior programa de produção habitacional da história, garantindo o direito à moradia digna e o reaquecimento da cadeia produtiva da construção civil;
3º) Lula e Dilma trabalharam pelo investimento de R$ 168,24 bilhões em habitação (repasses e financiamentos), elevando a níveis recordes o crédito imobiliário no país e beneficiando, entre 2003 e 2010, mais de 4 milhões de famílias;
4º) Dilma e Lula implantaram um novo modelo de geração e distribuição de energia elétrica, pelo qual a menor tarifa é o critério básico para a licitação de novos empreendimentos, incentivando adoção de fontes renováveis de geração de energia, através de implantação parques eólicos, usinas de geração de biomassa e construção de novas hidrelétricas;
5º) Lula e Dilma duplicaram o número de vagas nos ensino técnico e tecnológico e nos cursos universitários;
6º) Dilma e Lula ampliaram e recuperaram as rodovias (mudando a modelagem dos contratos), duplicaram a malha ferroviária com a conclusão da ferrovia Norte – Sul, Transnordestina e com a licitação da construção da novas ferrovia Leste – Oeste;
7º) Lula e Dilma ampliaram a assistência técnica aos agricultores rurais e iniciou a implantação da Engenharia e Arquitetura Pública nos assentamentos Urbanos;
8º) Dilma e Lula implantaram o microcrédito rural, para famílias com renda bruta anual de até R$ 2 mil e ampliaram o seguro safra para a agricultura familiar;
9º) Lula e Dilma incentivaram o renascimento da indústria naval brasileira com a construção da platafoma P – 50 por estaleiros brasileiros e com exigência do conteúdo nacional nas compras da PETROBRAS;
10º) Dilma e Lula instituíram o novo marco regulatório nas exploração do Petróleo, garantindo recursos futuros para investir na educação e melhoria das condições de vida de todos os brasileiros;
11º) Lula e Dilma incentivaram a produção de biodiesel e aprovaram a obrigatoriedade de mistura do biodiesel (na proporção de 2%, com avanços até 5%) ao diesel tradicional, criando mercado interno de 800 milhões de litros/ano e beneficiando 250 mil famílias;
12º) Dilma e Lula realizaram concurso público para preenchimento de vagas na área tecnológica em Empresas Estatais, Universidades, Instituto Federais de ensino tecnológico, nas empresas de pesquisas e em órgãos públicos, entre outros;
13º) Lula e Dilma, com as políticas econômicas e sociais do Governo Federal, proporcionaram que 30 milhões de brasileiros ingressasem na classe média e 20 milhões deixassem a linha da miséria.
Votamos em *DILMA* porque ela demonstrou, na prática, compromisso com o setor e com os profissionais da área tecnológica do Brasil.
1. Arquiteto Oscar Niemeyer
2. Engenheiro Civil Ubiratan Felix dos Santos – Presidente do SENGE/BA
3. Arquiteto e Urbanista Jorge Fontes Hereda – Vice Presidente da CAIXA
4. Engenheiro Agrônomo Marcelino Galo – Diretor do SENGE-BA / Deputado Estadual Eleito PT-BA
5. Geólogo Pedro Ricardo Moreira – Diretor Geral IMA
6. Engenheiro agrônomo Joseildo Ramos – Deputado Estadual PT-BA
7. Engenheiro agrônomo Gerson Bittencourt – Deputado Estadual PT-SP
8. Engenheiro agrônomo Lindsley Rasta – PV-PR
9. Secretário de Transporte de Guarulhos/SP José Evaldo Gonçalo
10. Engenheiro Eletricista Vicente Trindade – Vice presidente FISENGE
11. Engenheiro civil Luis Edmundo – Empresário Vitória da Conquista/BA
12. Engenheiro Eletricista Haroldo Lima – Ex- Deputado Federal PCdoB-BA / Presidente da ANP
13. Arquiteto Zezéu Ribeiro – Deputado Federal PT-BA
14. Engenheira Civil Maria Del Carmem – Deputada Estadual PT-BA
15. Engenheiro Agrônomo Joseildo Ramos – Deputado Estadual PT- BA
16. Engenheiro Civil Marcelo Nilo Deputado Estadual PDT-BA
17. Ricardo Marques – Vice – Prefeito de Vitoria da Conquista-BA
18. Geólogo Manoel Barreto – Diretor da CPRM
19. Engenheiro Fernando Freitas – Presidente do SENGE-PE
20. Engenheiro Fernando Jogaib – Vice – Presidente do SENGE- Volta Redonda
21. Engenheiro Eletricista Olimpio Santos – Presidente do SENGE-RJ
22. Engenheiro Eletricista Nilo Gomes – Presidente do SENGE- MG
23. Engenheiro Agrônomo Carlos Bittencourt – Presidente da FISENGE
24. Engenheiro Civil Sebastião – Presidente do SENGE – ES
25. Engenheiro Civil Fernando Fiorotti – Presidente do CREA-ES
26. Engenheiro Civil Gilson Nery – Diretor da FISENGE
27. Engenheiro Civil Rosivaldo – Presidente do SENGE-SE
28. Engenheira Agrônoma Almeria – Ex- Presidente do SENGE-PB
29. Engenheiro Eletricista Ezequiel – Vice – Presidente do SENGE – RO
30. Engenheiro Agrônomo Jonas Dantas – Presidente do CREA-BA
31. Geólogo Argemiro Garcia – Presidente da ABG
32. Ângelo Marcos Arruda – Presidente da FNA
33. Engenheira de Alimentos Márcia Ângela Nori – Vice – Presidente do SENGE-BA
34. Engenheiro Civil Mário Gonçalves Viana Junior – Diretor do SENGE/BA
35. Geólogo Renato Santos Andrade – Diretor do SENGE-BA
36. Arquiteta e Urbanista Eleonora Lisboa Mascia –Vice-presidente do SINARQ/BA
37. Arquiteta e Urbanista Jandira França – Presidente do SINARQ/BA
38. Arquiteta e Urbanista Aida Bittencourt – Diretora do SINARQ/BA
39. Urbanista Glória Cecília Figueiredo – mestranda do PPG-AU/UFBA
40. Arquiteta e Urbanista Laila Mourad – Doutoranda do PPG-AU/UBA
41. Inês Magalhães – Secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades
42. Arquiteto Cid Blanco – Ministério das Cidades
43. Arquiteto e Urbanista Antônio César Ramos –Ministério das Cidades
44. Engenheira Civil Lucy Carvalho –SINDUSCON
45. Gilberto Aguiar – Coordenador Nacional do Movimento Nacional de Luta pela Moradia
46. Engenheiro Agrônomo Aroldo Andrade – Diretor do SENGE-BA
47. Engenheiro Mecânico Pedro Rocha – INGÁ
48. Engenheiro Agrônomo José Leal do INCRA
49. Nelson Baltrusis – Prof do Mestrado em Planejamento Territorial – UCSal
50. Engenheira Agrônoma Fernanda Silva –Vice Prefeita de Uruçuca
51. Engenheiro Agrônomo Nilton Freire – Diretor do SENGE-BA
52. Arquiteto Daniel Colina – Presidente do IAB/BA
53. Engenheiro Eletricista Orlando Andrade
54. Ramiro Cora – Confederação Nacional das Associações de Moradores
55. Gilberto Gegê – Coordenador do Movimento em defesa do Trabalho e da Moradia
56. Engenheiro Civil Enock Ferreira dos Santos Filho
57. Engenheiro Civil José Fidelis Sarno – Ex- Presidente do SENGE-BA
58. Engenheiro Agrônomo Josias Gomes- Deputado Federal PT-BA
59. Arquiteta Bianka Rocha – Secretaria Estadual de Meio Ambiente-BA
60. Engenheira Civil Cláudia Júlio – Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
61. Engenheiro Civil Marcos Ferreira Pimentel- Conselheiro do CREA-BA
62. Engenheiro Civil Paulo Gustavo C. Lins – UFBA – BA
63. Arquiteto Urbanista Javier Alfaya – Dep. Estadual PC do B-BA
64. Arquiteta Lelia Maria Dias
65. Arquiteta Maria Auxiliadora Machado
66. Engenheira Florestal Ana Paula Dias – IMA
67. Engenheiro Agrônomo – Ruy Murici – SEMA
68. Engenheiro Civil Areobaldo Aflitos – Professor da UEFS
69. Engenheiro Eletricista Ciro Ferreira Aragão – FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS/RJ
70. Engenheiro Agronômo Luiz José Lira- CDA
71. Engenheiro Agronômo Luis Anselmo –CDA
72. Engenheiro Eletricista Joel de Souza Miranda Filho, Projetista Autônomo
73. Geólogo Manoel Barretto, Diretor de Geologia da CPRM-SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL.
74. Engenheiro de Minas Miguel Sobral – DNPM
75. Arquiteto e Urbanista Itamar Costa Kalil
76. Arquiteta Marilene Lapa - Prefeitura Municipal de Ilhéus
77. Engenheiro Civil Sidney Siqueira – Segurança no Trabalho- ICCE-RJ
78. Engenheiro Civil Luciano Silveira – Segurança do Trabalho, Professor UVA/Cabo Frio e Engenheiro FW Engenharia.
79. Adm.Empresas/Tec.Mecanico – Rogerio Sarti- Empresário – Cabo Frio/RJ
80. Arquiteto Canagé Vilhena- RIO/RJ
81. Engenheira Eletricista Marisa Coeli Britto Cunha Reis – BA
82. Arquiteto Ary Pascoal Domingos
83. Engenheiro Ambiental Cesar Aparecido dos Santos
84. Engenheiro Agrônomo Paulo Medrado – EBDA
85. Arquiteto e Urbanista Ricardo de Gouvêa Corrêa
86. Engenheiro CivilJosé Roberto Pedreira Franco Celestino- CEPRAM/ABES-BA
87. Arquiteta e Urbanista Inês El-Jaick Andrade – Departamento de Patrimônio Histórico da Fundação Oswaldo Cruz (RJ)
88. Engenheiro Eletricista / Biólogo – Sergio Govea
89. Engenheiro Civil Anesio Miranda – Ex- Presidente do Clube de Engenharia da Bahia
90. Engenheiro Eletricista – José Urano Santana Bomfim – CHESF
91. Engenheira Civil Evalda Maria Pichani Celestino
92. Geólogo Aroldo Misi – Prof. Titular da UFBA
93. Geólogo Haroldo Sá – Prof. Associado da UFBA
94. Geólogo Maria da Glória da Silva – Profa Associada da UFBA
95.Geólogo Washington Franca Rocha – Prof. Titular da UEFS
96. Geólogo Dante Giudice – CBPM
97. Engenheiro Mecânico Pedro Rocha – INGÁ
98. Arquiteta e Urbanista – Maria Luiza Petitinga Lima – CONDER
99. Sandra Denise Pereira – Caixa Econômica Federal
100. Engenheiro Civil Márcio Reis de Jesus – Caixa Econômica Federal
101. Engenheiro Agrônomo Valmir Macedo – Itaberaba
102. Arquiteto Valter Carvalho – Itabuna
103. Engenheiro Agrônomo Paulo Medrado – Itamaraju
104. Engenheira Civil Nelma Moraes – Vitoria da Conquista –BA
105. Engenheiro Civil – Marcelo Evangelista
106. Engenheiro Químico Luis Henrique – Diretor do INGÁ
107. Arquiteta Ana Fernandes- Prof. titular FAU-UFBA
108. Engenheiro agrônomo Jerônimo Rodrigues – Prof. UEFS
109. Arquiteta Ana Fernandes – Prof. Titular FAU/UFBA
110. Engenheiro Químico Castor Filho – Aposentado
111. Engenheiro Agrônomo Ricardo Espíndola Romero – Prof. UFC
112. Engenheiro Agrônomo Enio Fraga da Silva - Pesquisador A Embrapa Solos