domingo, 29 de março de 2015

PMDB : Qual o preço para a chantagem contra Dilma?

Quem tem relacionamento com gente reconhecidamente infiel e mercenária sabe que a qualquer (ou todo) momento levará chifres e poderá levar um pé na bunda se não fizer os devidos agrados. Essa é a situação de qualquer um que dependa do PMDB. Há até quem diga que o PT faz de tudo para ter mais poder, que o PSDB luta ferozmente para ter o poder e o PMDB praticamente não faz nada para estar sempre no poder.

No primeiro mandado a presidente Dilma Roussef pagou a tarifa do PMDB para ter uma base instável, mesmo com vice do partido. Talvez não esperasse que a repetição da fórmula da estabilidade, ou seja, uma aliança programática com o PMDB incluindo seu vice na chapa, mesmo distribuindo ministérios para integrantes polêmicos desse partido que lhe custaram caro, pudesse ser vítima da mais vil chantagem que já se viu na podridão política brasileira.

O vice-presidente da República,  Temer,  é uma ameaça a Dilma na conjuntura onde raivosos fascistas pedem o seu impeachment. Pode ser o seu algoz e sucessor. No Congresso Cunha e Renan fazem da vida de Dilma e do país um inferno, mesmo tendo rabos presos na Operação Lava-Jato. Cunha controla as bancadas mais reacionárias e eventualmente o PSDB, que vota em qualquer coisa contra Dilma e que possa causar mais caos. Renan publicamente diz que a última palavra tem que ser do Congresso ( ou seja, ele e Cunha) e se Dilma vetar algo, os parlamentares promulgam.

Num cenário desses fica claro que o Congresso passou a ser o protagonista político. Pode governar. Ou não, dependendo do agrado. Do tal achaque que o ex-ministro Cid Gomes denunciou com tanta clareza. Partiram para buscar popularidade e deixar o governo mais travado ainda, com a proposta de redução irracional de ministérios, que fazia parte do programa do candidato derrotado do PSDB Aécio Neves numa perspectiva de "estado mínimo" neoliberal. Se lembrarmos do sucateamento que Lula herdou de FHC em termos de funcionalismo público dá para se ter idéia do projeto tucano. Mas é isso que o PMDB quer?

Claro que não. O inchaço de ministérios vem da busca de governabilidade através do comprometimento da pulverizada base aliada. O PMDB é o mais guloso. Quer ministérios "ricos", que movimentam vultosos recursos com os quais farão o maior benefício possível ao nosso sofrido povo... Não está claro o que pretendem, se é que pretendem algo além da pura chantagem para obterem mais e mais benefícios sangrando o governo Dilma.

O pânico do PMDB é ter concorrência, ou seja, um partido grande que possa oferecer estabilidade a um preço menor. A fúria contra Dilma por ter assinado uma lei que dificulta a criação de partidos apenas depois que o pedido de registro do PL de Kassab foi feito os levou à insânia. Pode surgir um novo partido que coma até bases do PMDB, e isso não pode. Cid Gomes em determinado momento chegou a falar em formar um grande partido de apoio a Dilma. Acabou expelido do governo.

Nesse sentido acabar com 19 ministérios significaria manter os 6 do PMDB e tirar de vários outros partidos da base aliada, aumentando o descontentamento nas bases governistas e dando mais munição a Cunha e Renan. Jogada de craques do achaque. Impedir concorrentes e criar insatisfeitos é a tarefa.

Mas, e se o povo gostar da idéia de realmente enxugar a máquina, como ficarão os senhores parlamentares se no pacote vier a exigência de redução dos privilégios dos políticos? Há menos de um mês o presidente da Câmara se viu forçado a retirar a proposta já aprovada de dar passagens aéreas aos cônjuges dos congressistas por pressão popular. E se agora pedirem para reduzir os salários abusivos, acabar com o Senado, reduzir o número de políticos em todas as esferas, acabar com mordomias e se pedir maior participação popular, o que farão?

E se ficar claro que não querem enxugar a máquina, mas apenas fazer dessa "ameaça" uma moedinha de troca para chantagear o governo? Na proposta de Aécio, coerentemente com os governos tucanos onde hoje impera o caos administrativo, certamente não haveria novos concursos. Pelo contrário, seriam esperadas demissões de servidores públicos, achatamento de salários, cortes de direitos, etc. É isso mesmo, Cunha? É por aí, Renan? Vamos voltar a FHC ou isso tudo é uma grande palhaçada para, quem sabe, forçar Dilma a intervir para livrar seus traseiros na operação Lava-Jato? Tentar ganhar simpatia popular para depois golpear botando Temer ou Cunha na presidência? Tudo junto?


segunda-feira, 16 de março de 2015

Golpe : Muito além dos partidos

A geopolítica norte-american a no fim de mandato de Obama aponta para "solucionar" velhas pendências, como a hegemonia sobre o mundo muçulmano com a destruição de estados nacionais como a Líbia, Egito, Síria, Iraque e Irã, onde o petróleo é o objetivo econômico. Destruir a contraposição do BRICS à hegemonia econômica americana. Destruir as oposições no quintal da América. Essas são estratégias que parece que moverão as peças no tabuleiro mundial  até o fim do ano que vem.

O Brasil ocupa a incômoda interseção desses três interesses: tem muito petróleo em vias de exportar, faz parte do Brics, do Mercosul e da Unasul. Esse alinhamento surgiu desde o governo Lula e nossa posição no continente impede aventuras norte-americanas nos nossos vizinhos que são "ameaça à segurança interna dos Estados Unidos",  como a Venezuela.

Coincidentemente somos o país com o governo  mais vulnerável de todos. Tirar esse governo e colocar outro que também seja vulnerável, inclusive a um contragolpe, não interessa aos Estados Unidos. Uma vez golpeada Dilma, o país poderia entrar em processo de guerra civil, remota, mas possível, ainda com o apoio político dos parceiros dos blocos econômicos, a exemplo do que China e Rússia estão fazendo com a Venezuela. Isso não interessa.

E o que interessa? A meu ver, um regime que seja lacaio dos interesses geopolíticos americanos. Que quebre o Brics, que saia do Banco do Brics, que saia da Unasul, do Mercosul e se disponha até a realizar operações militares contra a Bolívia, Venezuela e Argentina. Querem um aliado incondicional, capaz de prover recursos da Amazônia e do Pré-Sal em condições privilegiadas. Que não concorra como país imperialista nas Américas. Uma filial na América do Sul capaz de submeter todo o subcontinente ao poder imperial norte-americano.

Nesse contexto a gente enxerga que o movimento fascista que invoca o golpe militar parece ir além do movimento de 1964. O que os EUA precisam é do Chile de 1972. Um golpe que elimine toda e qualquer resistência partidária, da sociedade civil, que em um só movimento elimine a esquerda para se estabelecer por décadas. Já fizeram isso contra Allende e botaram Pinochet. Pouco importa o que direitos humanos podem dizer, afinal, Guantânamo, Iraque e Afeganistão são condenados e isso não afeta o governo Obama. Que é o democrático...

Ontem nas ruas os três grandes grupos que patrocinam o golpe não permitiram que políticos ocupassem os microfones. Bolsonaro chegou a ser vaiado. O PSDB, PPS e DEM, que apoiaram a manifestação, ficaram de fora. Até Aécio Neves, que ficou em casa, foi chamado de covarde. E o foco na corrupção, depois das listas do HSBC e de Janot, tirou a primazia do PT como único corrupto e espalhou para todos a maldição que as ruas querem exorcizar.

Afinal, onde eles querem chegar? Não, não querem Aécio. Muito menos Temer ou os demais na linha sucessória de Dilma. Eleições? Não vi nenhum deles falando nisso. O que está sendo urdido, com o apoio escancarado da Rede Globo, que ontem levou ao vivo e com ênfase na cobertura mais odiosa possível, o fascismo para dentro de cada casa por todo o Brasil?

Parece que agora Dilma não é mais o alvo. É UM alvo. Eles querem muito mais. Nada de congresso ou suprema corte, estava nas faixas. Querem o todo, não a metade. Não parecem querer dividir com a classe política o poder. Nas bandeiras não havia uma sequer falando de Reforma Política. Mas havia bonecos enforcados representando Lula e Dilma. E a sede do PT em Jundiaí depredada. E não aceitam mais que o governo se comunique pela TV, articulando panelaços.

Olho aberto porque tem gente acreditando que pode se dar bem com a queda de Dilma e depois ter que sair correndo para não morrer quando começarem o extermínio que já prometem abertamente. O projeto de ditadura para o Brasil pode ir muito além até da nossa imaginação. É muito dinheiro, muita mídia, muito ódio e muitos interesses poderosos.

Acorda, Brasil que pensa! Ontem, com transmissão ao vivo da Globo, roubaram nossas flores. Já estão marcando outra celebração fascista para nos agredir e não estamos fazendo nada. Depois não teremos nada a fazer senão aturar anos de chumbo. A hora é agora! Reajam! O fascismo é a morte!

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”
(poema "No caminho com Maiakovski, de Eduardo Alves da Costa)




terça-feira, 10 de março de 2015

Revoltados On Line : Pregação de extermínio é crime!

Falar mal do governo é democrático. Xingar presidente também faz parte da liberdade de expressão, mesmo atropelando as boas normas de educação e etiqueta. Lutar por um impeachment de dirigentes com base em fatos reais comprovados que, pelo processo legislativo possa acontecer também está previsto na constituição. Alguém fazer de um movimento político forma de ter lucros com venda de produtos e recebendo doações é normal no capitalismo, desde que se faça os competentes registros legais e se obedeça às regras fiscais.

Extermínio, para bom entendedor, é morte das pessoas
que participam dos movimentos e entidades. 
Derrubar governo na marra porque não se aceita um resultado eleitoral, pregar o ódio às pessoas que fazem o governo e a partidos para que as pessoas cometam violências contra elas é crime. E pregar o extermínio dessas pessoas, o que se pode dizer?

Hoje estava nas imediações da Central do Brasil quando passou um carro de som chamando as pessoas para um ato pelo impeachment de Dilma e Temer. Chamou-me de imediato a atenção, bem visível numa faixa  de propaganda, a palavra EXTERMÍNIO, em destaque numa mensagem dizendo "EXTERMÍNIO DO FORO DE SÃO PAULO, PT E MST" e o símbolo do Revoltados On Line, grupo que tem um perfil no Facebook de oposição radical a Dilma, PT e Lula.

Fotografei e custei a acreditar que tivessem a coragem ou falta de noção de sair com isso às ruas. Na hora o militante que acompanhava o motorista mostrou sua camisa Fora Dilma, que faz parte do Kit Impeachment que o site vende na internet por R$ 175. Animou-se e gritou "Fora Dilma", enquanto eu fotografava.

Carro de som em frente à Central do Brasil (Rio) com a faixa
com a mensagem de extermínio. 
Pensei: "Quem diria... na Central do Brasil, que já foi palco de um dos mais importantes discursos da história, hoje se propaga mensagem de cunho golpista de direita e até extermínio...".

Infiltraram-se numa feira em São Paulo para criar fato
político para cassar-lhe o direito de ir e vir com vaias e
eventual violência
Esse grupo vem pregando o ódio na internet e hostilizando petistas, governantes e tudo que se pareça de esquerda ou seja vermelho. Para eles, "exterminar" é como oferecer um serviço de dedetização ou desratização, achando que a vida de petistas, sem terra e pessoas em torno do tal Foro de São Paulo, não vale mais que a de insetos desprezíveis. Isso é corroborado pelas mensagens dos apoiadores do perfil do Facebook que pregam a morte de pessoas como se fosse uma coisa banal.

Eles já tinham passado à fase do terror com as constantes ameaças que fazem via internet. Comemoraram pelo site a autoria de uma manifestação no domingo na hora do discurso da Presidente Dilma alusivo ao Dia da Mulher, onde em bairros de alto poder aquisitivo as pessoas bateram panelas e foram às janelas xingá-la.

Hoje mesmo em São Paulo conseguiram se infiltrar na abertura da Feira da Construção para hostilizar a presidente Dilma e criar fato político para retroalimentar futuros atos agressivos. Como contam com simpatia de pessoas da elite que têm acesso a eventos com a presidente, constituem uma ameaça até à sua integridade, pois os esquemas de segurança podem se revelar insuficientes para evitar um atentado. A ideia é não deixar mais nenhum dos seus inimigos conseguir sair na rua, ou seja, querem cassar o direito de ir e vir. Isso é terrorismo.

Querem enfrentamento no dia 13 com as centrais sindicais e
movimentos sociais e apoiar o ato da oposição no dia 15
 Agora parece que pode começar uma nova etapa. Querem enfrentamentos diretos, violentos.  O que pretendem, por exemplo, marcando atos de enfrentamento aos manifestantes do dia 13/3, que farão a defesa da democracia, da Petrobrás e dos direitos dos trabalhadores? Criar vítimas, como fizeram com as provocações na ABI, onde atentos fotógrafos registraram as cenas finais da provocação que fizeram e repassaram como agressão do PT? Querem mortos? Querem mártires? Poderiam se tornar uma versão tupiniquim do Exército (nada) Islâmico? Ou dos grupos neonazistas que aterrorizam os ucranianos?

Dedetizar o MST? Matar todo mundo, é isso mesmo?
Quantos carros desses circulam pelo país? O que estão veiculando, de fato? Quem está doando dinheiro e quanto para fazer a mensagem criminosa circular? O que querem mesmo, já que o impeachment é impossível neste momento? Uma escalada de violência para justificar um golpe militar? Uma intervenção estrangeira? A anarquia?

A sociedade brasileira precisa dar um basta nisso usando os instrumentos democráticos previstos no nosso ordenamento jurídico. Parece estar em andamento a formação de um grupo de milicianos, armados ou não, com fins ilícitos e hediondos, como o de "exterminar seres humanos".

"A Lei nº 12.720, que dispõe sobre o crime de extermínio de seres humanos, alterando dispositivos do Código Penal, supre a carência que havia na legislação brasileira no combate à potencialidade lesiva que os grupos de extermínio e milícias particulares demonstram com suas ações."
http://jus.com.br/artigos/23412/comentarios-sobre-a-lei-n-12-720-2012#ixzz3U1UMseIQ)

Diz a lei: 
"Art. 4o  O Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, passa a vigorar acrescido do seguinte art. 288-A: 
“Constituição de milícia privada 
Art. 288-A.  Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos.” 
 A sociedade e o estado brasileiros não podem ficar de braços cruzados assistindo ao crescimento da incitação ao ódio político sem tomar uma providência. Ao promover atividade associativa com finalidades ilícitas, está configurado crime e cabe ao poder público investigar o Revoltados On Line e indiciar seus líderes na forma da lei. A ação deletéria do grupo inspira outros sites e perfis nas redes sociais que também incitam o ódio e a violência. A investigação deve abranger as contas que o site disponibiliza para receber doações, regularidade fiscal dessas, com quebra de sigilo para verificar se os recursos são de natureza legal.

A sociedade deve repudiar toda e qualquer forma de incitação à violência política e reafirmar o compromisso com a democracia. Claro que, em se tratando de grupo de incitação ao ódio, qualquer iniciativa contra seus líderes será propagada como atentado à liberdade de expressão e à democracia. Não será por isso que se deverá vacilar na hora de tomar as providências cabíveis para cortar evitar a propagação do ódio e do crime.







sábado, 7 de março de 2015

MÍDIA BANDIDA 0076 - Derrota no "Petrolão" muda alvos da mídia

Como previ em OPERAÇÃO LAVA JATO - O PSDB PERDEU O CONTROLE, de 15/01/15, o resultado das investigações que deveria ser bombástico pariu um rato para quem esperava derrubar Dilma. Para quem queria fazer da Petrobrás o cemitério da honestidade do PT, passou muito longe. Se olharmos bem para os nomes que serão investigados pelo STF, nenhum parlamentar petista está diretamente envolvido com a gestão da Petrobrás.

Mesmo a tentativa da mídia de associar Renato Duque a eventual indicação por José Dirceu é risível, pois não há nexo nem provas. O ex-tesoureiro do PT, Vaccari, foi retirado escandalosamente de sua residência no meio da madrugada para criar factóide para a mídia mas seu depoimento não resultou em nada. Nem o detiveram para a tortura na Guantanamoro.

Ficou difícil sustentar a "quebra da Petrobrás por causa da quadrilha do PT". Sobrou até para FHC, numa confissão com provas onde se demonstrou que as propinas vêm pelo menos de 1997 e foram facilitadas por mudanças na lei que afrouxaram o controle da empresa em 1988. 

Perto dos lucros, o roubo da quadrilha da Petrobrás foi ninharia
O tal "rombo que desestabilizou a Petrobrás" é outra fraude de mídia. Até aqui o Ministério Público chegou a R$ 1,2 bi de desvios, dos quais cerca de R$ 400 milhões já estão confiscados dos ladrões. Considerado o horizonte de 15 anos, teremos uma média de roubos na faixa de R$ 80 milhões por ano, o que comparado ao lucro da empresa apenas no período Lula / Dilma, da ordem de R$ 200 bilhões, não chega a uma perda de 0,6% ao ano. Isso não quebra nenhuma empresa. Em supermercados, as perdas com mercadorias estragadas e furtos é, em média, de 2,2%. 

A Petrobrás apresenta recordes em cima de recordes a cada mês. Como não baixou o preço dos combustíveis mesmo com a queda dos preços internacionais do petróleo, está fazendo caixa excepcionalmente. Tomou medidas de austeridade nos controles, reviu o plano de investimentos e vai muito bem, obrigado. E como não quebrou, como apostava a mídia, também não teve como incriminar o governo Dilma. 

Globo de hoje insiste na mentira da Veja
A operação Lava Jato, como já afirmei, foi projetada para desequilibrar as eleições de 2014. No laboratório do Dr Moro todas as variáveis eram controladas para que somente o lado de Dilma fosse prejudicado. Como ficou provado, delegados federais que trabalharam no caso mantinham perfis anti-Dilma. Toda a investigação da Petrobrás teve como foro o Paraná, cujo governador é tucano, e onde a empresa não tem um só poço de petróleo. Cerceado direito de defesa. Acusação de tratamento similar à tortura para que os presos confessassem culpas do PT e de Dilma para poder sair com delação premiada. Mais que isso, recompensada! 

O esquema produziu informações distorcidas que prejudicaram o desempenho de Dilma e quase lhe tomaram a eleição. O esperado era a vitória de Aécio, aí a operação acabaria. Como não aconteceu, coisas desagradáveis aconteceram, como a falta de delação do PT, Dilma e Lula e a delação de Aécio Neves, que escapou da investigação sem ninguém saber que um dia teria sido arrolado. Mais uma vergonha para a mídia seletiva articulada partidariamente. O fato de Dilma e Lula não terem sido citados é um atestado de probidade incontestável, pois foi feito de tudo para incriminá-los e não conseguiram. 

Os últimos cartuchos da mídia foram veiculados anteontem com a unanimidade dos  meios dizendo que Dilma e Aécio escapariam à investigação.  Ontem, aberta a lista, viu-se (e eles escondem nos jornais de hoje) que Aécio estava dentro, mas Dilma sequer foi citada. A ment
ira foi desmanchada. Outra foi a demissão do diretor da Veja ser demitido por causa da matéria golpista do dia da eleição que dizia que "Dilma e Lula sabiam de tudo". A VEJA perdeu ação judicial, Dilma vai processá-los, mas hoje o jornal O Globo insiste na mentira.  Falando nela, ontem a lista com os investigáveis no STJ saiu, nas palavras de Willian Bonner, "dois minutos antes do Jornal Nacional". Teria a Globo direitos de transmissão do show midiático que ocupará o resto do ano?

Nova novela da Globo: os milhões de Palocci e o fim do PT
E agora, o que vem? Mesmo com os esquemão continuando para fazer o governo sangrar, a coisa quebrou para o lado do PP, do tio de Aécio, e para as principais lideranças do PMDB, que estavam se animando com a possibilidade de, através de uma CPI canalha sobre a Petrobrás, chegar ao impeachment de Dilma e botar Temer no governo. Com a inclusão de Renan e Cunha entre os investigados os sonhos presidenciais devem ser adiados, e o congresso, onde a traição do PMDB tirou a maioria de Dilma e lhe infligiu derrotas, agora caiu completamente na vida. Que moral têm seus presidentes para falar de Dilma, investigados num esquema de corrupção?

Merval Pereira hoje já fala em investigar Dilma nas eleições de 2010. Vem aí a nova novela das organizações Globo. O plano é tentar provar que Dilma foi eleita com dinheiro roubado e conseguir a ilegalidade do PT. Incrível mas verdade. Fogo no Palocci, é a ordem. Coincidentemente o site do PSDB hoje mudou de assunto para falar nisso

O fato é que embolou todo o meio de campo golpista. Sem Dilma na cena do crime da Petrobrás e com Aécio fugindo dela, deixando Anastasia no fogo, ficou complicado o impeachment por essa razão. Há outras alternativas, considerados os interesses estrangeiros no golpe, inspiradas no receituário da CIA para derrubar governo e desestabilizar países. Vem aí no dia 15 a manifestação pelo impeachment de Dilma convocada pela extrema direita, da qual até o PSDB já diz não ter nada a ver, apesar de ter convocado. Se ocorrerem incidentes com mortes, no modelo ucraniano onde franco-atiradores desconhecidos mataram pessoas na multidão e depois a culpa caiu no governo, que caiu, resta a saída paraguaia, onde Fernando Lugo foi deposto em menos de uma semana por ser responsabilizado por repressão a uma manifestação. Do esgoto tudo se espera, menos água potável. 

Espero que não sejam irresponsáveis a esse ponto, apesar do desespero da oposição. Podem iniciar uma espiral de violência sem precedentes. Essa preocupação, longe de ser paranóia, é tristemente baseada no processo de lavagem cerebral de mídia que tornou muita gente sem noção em fascistas com sangue na boca para sair cometendo violência contra gente ligada ao governo. Espero que nada disso aconteça. 

sexta-feira, 6 de março de 2015

Brasil : Um País de Escrotos?

A história do mundo é a história da luta de classes. Em poucas palavras, em todos os tempos sempre existiu uma classe dominante extremamente minoritária que, pela força da coerção pura ou de instituições sociais manteve para si o poder e as riquezas, além de pautar a vida da maioria explorada, a quem só resta trabalhar e produzir riquezas para a elite. Sobre eles recai o peso dos impostos e todas as limitações à dignidade de vida.

No feudalismo e no capitalismo, só mudam os personagens da parte dos 1,5%
Estima-se nos países capitalistas mais avançados que cerca de 1,5% da população estejam enriquecendo enquanto 98,5% empobrecem. Isso no Brasil, aplicado a 200 milhões de pessoas, significa 3 milhões de pessoas. Se fossem representados no Congresso de acordo com a sua proporção, teriam cerca de 18 parlamentares dos quase 600, ou seja, não teriam poder nenhum. 

Essa limitação numérica obriga a minoria poderosa a estender sua área de influência a outros segmentos, ampliando seus apoiadores para forjar um modelo falsamente democrático. Se algo der errado, garante para si o núcleo do poder institucional. Aí os quase 6 mil prefeitos, 28 governadores, centenas de milhares de vereadores, deputados e senadores não valem nada. Eles têm sempre em mãos o controle das Forças Armadas, dos  supremos tribunais, das polícias, Ministério Público, organizações religiosas e fazem as mídias venderem a idéia de serem os "eleitos", os "meritosos", os "representantes divinos", ou seja, sacralizar sua posição de minoria "de bem", "culta" e "preparada para governar". 

Durante décadas essa minoria não avançou muito na disputa de opinião com as classes dominadas, porque essa disputa de hegemonia encontrava resistências. As organizações dos trabalhadores e classes médias faziam a crítica e mantinham boa parte das pessoas fora da área de influência das idéias da minoria. Se olharmos para trás na história veremos que os golpes aconteceram em momentos onde a luta de classes pendeu para o lado da maioria, que, apesar de poucos recursos, tinha organizações classistas que conscientizavam as pessoas para a realidade. 

Hoje as pessoas se surpreendem com a verdadeira cloaca  que foi aberta de poucos anos para cá, atingindo o ápice nas eleições de 2014 e deixando resíduos sólidos até hoje. Culpa das redes sociais? Sim, em parte, porque as mídias tradicionais ganharam aliados em canais mais próximos das pessoas. E as forças do "andar de baixo", o que fizeram, mesmo tendo mídias quase gratuitas que permitem disputar com os grandes meios de comunicação e os processos de inclusão digital cada vez mais atingem maior espectro de camadas sociais?

A consciência da maioria como classe oprimida
faz a minoria acionar cada vez mais o uso da força
Por que a escrotidão, a mentira deslavada, o boato, a baixaria, estão moldando as visões políticas de mais e mais pessoas que vão às ruas defender radicalmente os interesses dos seus opressores? De onde vem essa perda de noção de classe? 

Ao meu ver, dos governos do PT. Ao diluir o conteúdo classista do programa de governo ao longo do tempo até vencer na 4a tentativa em 2002, o PT confundiu as massas. Governa mas não manda. Quer deixar a pecha de radical defensor dos trabalhadores que o fez crescer antes de chegar ao governo para criar a ficção do "Brasil, um País de Todos". A maior força de oposição, com poder real de mobilização de massas através da participação em sindicatos e movimentos, ao chegar ao governo portou-se como fiadora de um pacto social com a elite para promover pequenos ganhos para os mais pobres. 

Mesmo tendo feito com eficiência alguma distribuição de renda e acabado com a fome, levado milhões de excluídos à perspectiva de vida menos miserável e ampliado as benesses de consumo de uma enorme classe média, sequer conseguiu fazer dessas melhorias a sua marca. Poucos são os que associam a melhoria de vida às ações de um governo que seria dos trabalhadores. Se perguntarmos a alguém que emergiu da miséria nos últimos 12 anos por que sua vida mudou, teremos respostas como "foi Deus quem proveu" ou "consegui por méritos" ou "isso foi uma migalha porque roubam muito e podiam dar mais". Não há identificação das conquistas com um esforço classista por melhor qualidade de vida.  

Por que muitas pessoas perderam a vergonha de defender a
volta dos militares, mesmo sabendo o que significa ditadura?
Ainda há o dificultador: as melhorias aconteceram sem tirar nada dos mais ricos. Essa é mais uma variável sem explicação: apesar de ter reduzido um pouco a desigualdade de renda, os ricos ficaram mais ricos. Os mais pobres é que melhoraram mais rápido com a elevação real do salário mínimo, por exemplo. Sem expropriar ninguém! Baixando impostos! Permitindo todo tipo de luxo, mesmo com prejuízo às contas externas nacionais, como importação de bens de alto valor, viagens, etc. 

E aí, como é que uma classe rica e minoritária que ganhou com Lula e Dilma conseguiu avançar na dominação hegemônica num governo dito "dos trabalhadores", que lhes garante a "paz social" para viver no Brasil, andar nas ruas, viver pacificamente entre o resto do povão, sem ser vista como casta de intocáveis? Como é que uma imensa maioria, que teve no governo "dos trabalhadores" melhoria das condições materiais inédita na história não se identifica com tal governo? Pior, por que assumiu o que há de mais escroto no discurso de ódio da parte mais escrota da minoria?

Fundamentalismo progride em meio à confusão classista
Ah, a corrupção... Essa criação do governo "dos trabalhadores"! Antes de 2002 não existia nada, a não ser em 1954, quando Getúlio foi levado ao extremo do suicídio pela minoria, em 1964 quando a minoria depôs pelas armas Jango e agora quando querem, de forma inédita na história, derrubar Dilma com amplo apoio de massas? Não, não foi a corrupção que derrotou o PT, que governa mas não manda e cada vez mais precisa comprar apoios porque não amplia sua base parlamentar. Foi a omissão na disputa de classes. 

Quem abriu as portas para as cada vez mais frequentes mentiras da direita fazerem maioria nos locais de trabalho? Para deixarem a esquerda acuada, somente tendo apoio se criticar o governo? Perdendo o poder de representação enquanto sindicato junto ao patrão, que agora tem o apoio ideológico de boa parte dos trabalhadores? Lula, Dilma, PT e diversos outros atores, inclusive os que simplesmente se omitiram de criticar o governo pela esquerda sem fazer coro com a direita. 

O PT e seus governos nunca investiram na perspectiva de classe, ou seja, de fazer reformas enquanto se acumula para cada vez mais tirar poder do capitalismo até chegar ao socialismo. Perdeu a visão de futuro, o eixo estratégico. Tornou-se um governo capitalista liberal "bonzinho". Ao perder o referencial na luta de classes e cometer erros dos anteriores, igualou-se demais à classe dominante. Aí ninguém se dispõe a defendê-lo.

Os escrotos perseguem covardemente os derrotados. Qual marca será a sua?
Judeu? Negro? Ateu? Muçulmano? Gay? Petista? Comunista? Nordestino?
Cubano? Feminista? Ambientalista? Sindicalista? Sem Terra? Sem Teto?
Não creio em Dilma dando uma guinada à esquerda para dar combate classista às iniciativas golpistas. Só não é apeada do poder mais rapidamente porque a direita está dividida, com o PSDB querendo novas eleições mas sem Lula concorrendo, talvez pedindo a ilegalidade do PT ou fazendo o "hardcore" do poder forjar a criminalização do adversário, e o PMDB que enxerga agora a possibilidade de fazer Temer presidente. O fato é que perdeu as condições de aprovar qualquer coisa no congresso sem pagar um alto pedágio e ver aos poucos conquistas se desfazerem pela sabotagem econômica e chantagem para tomar medidas impopulares que colocarão o PT num gueto, e os vencedores escreverão na história que foi o pior período político do país. 

O PT é uma sombra do passado. Submisso ao governo,
incapaz de liderar, homologa todas as políticas de Dilma. 
Dilma caminha para ser um morto vivo político. Lula desesperadamente tenta organizar movimentos em sua defesa, mas mesmo quem tem a compreensão do desastre histórico que seria um golpe agora está disposto a lutar por ela. Desta vez a elite não quer apenas pressionar para obter mais vantagens, como juros altos, menos impostos e supressão de direito. Ela se cansou de depender de um governo que nem ela (e muito menos os menos favorecidos) têm controle. Quer o aborto político, uma saída tipo Itamar Franco. Sabe que tem poder para a derrubada por diversas vias. O risco é iminente e real. 

E o resto da esquerda não-petista, onde está nisso? O que se vê é distanciamento como se tanto fizesse um golpe ou deixar Dilma sangrar até 2018. Alguns acham que uma crise com recessão faria bem ao revigoramento da luta de classes, com as pessoas perdendo empregos, renda, sonhos de consumo, etc. É aquela visão da miséria como indutora mecânica da luta por melhores condições de vida. Outros se colocam contra o golpe, avaliando que haveria uma avalanche de revanchismo como em 1964, ou seja, defendeu pobre, é de esquerda, tem que levar tiro, porrada e bomba. 

Se vingar o golpe, seremos um país de escrotos, com a elite fazendo seu papel com ampla colaboração de gente que fustigará e usará de todo tipo de violência contra o colega de trabalho ou vizinho que ousar falar bem de pobres e trabalhadores. Vai ser na base do "Morte à inteligência! Viva a morte!" do fascismo espanhol dos anos 30. 

A elite não vai às ruas. Paga pessoas pobres para representá-las e mostrar ódio.
O fascismo que hoje domina as classes médias e não será por algumas gerações apagado é culpa da omissão dos que deveriam fazer a luta de classes como maioria. O maior impasse hoje é ter que optar entre um governo fraco, títere das forças do atraso mais reacionárias, oportunistas e corruptas que dominam  a superestrutura das instituições burguesas, e a derrubada desse governo e a entrada de um presidente com apoio total da direita para promover a previsível destruição em larga escala de avanços sociais. Sem Dilma reagir a ponto de reconquistar pelo menos os seus eleitores para defendê-la, seu governo terá um final desastroso para a maioria da população, seja agora ou em 2018. 

Dilma precisa vir a público mudar de tática. Tirar do congresso o pacote que mexe com direitos. Estimular a participação social, com ou sem legislação criando Conselhos, abrindo as portas do Planalto a receber as reivindicações de quem luta. Pendurar a conta do ajuste fiscal nos ricos. Da sua parte o PT precisa aprender em cima dos erros cometidos nos movimentos sociais, que precisam ser arejados com democracia. Abrir as entidades à participação mais ampla da esquerda. Voltar a disputar hegemonia de classe nos locais de trabalho, nos bairros, onde se luta, respeitando as demais correntes classistas. Aos movimentos sociais não-petistas cabe organizar grandes manifestações de insatisfação, ir às ruas exigir reforma política, punição a todos os corruptos e levantar as bandeiras por avanços sociais. 

Sem isso, vamos nos preparar para assumir o lema "Brasil, Um País de Escrotos". E aguardar passivamente a chegada da polícia política nos buscar em casa para o linchamento como corruptos, ladrões e tudo mais que a elite conseguir incutir na mente dos seus zumbis teleguiados.



terça-feira, 3 de março de 2015

Viagem ao centro do Rio 450

Revista comemorativa dos 400 anos - 1965
O Rio de Janeiro continua lindo por natureza, mas abençoado é o prefeito Eduardo Paes, pelo maior poder carioca e mesmo nacional: a Rede Globo. Quem transita pelo Rio há anos guarda um forte ódio aos engarrafamentos, à falta de estacionamentos, ao transporte coletivo lento, etc. Mas não se revolta, não vai às ruas protestar contra  caos urbano que tantas obras causam. Nem pede transparência no que está acontecendo, com tanta parceria público-privada.

Aí entra a proteção da Globo ao prefeito: como têm parceria no Porto Maravilha através do Museu do Amanhã, da Fundação Roberto Marinho, Eduardo Paes pode fazer o inferno que quiser que os meios de comunicação justificarão tudo como as dores do parto de uma cidade melhor.

Av. Binário sentido centro
Av. Binário sentido centro
Imaginem se o prefeito fosse do partido inimigo da Globo, se sairia qualquer metro de VLT, se áreas imensas seriam demolidas para comportar novos prédios, se todo o caos urbano aconteceria sem que diligentes juízes e procuradores não tentassem embargar a todo momento, como Belo Monte. Ou raivosos movimentos sociais orientados por mídia não teriam permitido qualquer ação, levando o projeto ao fracasso. Ou questionando o processo de gentrificação que já está em andamento, expulsando os moradores originais para entrada de outros de maior renda nos morros da Conceição, da Providência, etc.

Com a paz social garantida pela mídia e o apoio dos governos estadual e federal, a obra gigantesca se somará a outras que já vêm da Copa do Mundo e agora visam tornar o Rio, até a Olimpíada, um dos principais atrativos turísticos do mundo. Linhas de BRT, metrô e outras de mobilidade urbana se espalharam pela cidade devendo ser concluídas até 2016.

Av. Binário - retenção próx, Moinho
Av. Rio Branco - escavações VLT
O fato é que, apesar de tudo isso, o projeto Porto Maravilha está andando e ainda falta muito para terminar. Olhando só para as obras, há imensos canteiros na Praça XV, na Praça Mauá, no Arsenal de Marinha e ainda falta fechar totalmente a Av. Rodrigues Alves. Há também obras do VLT no Aterro do Flamengo próximas ao Aeroporto Santos Dumont.

Av. Rio Branco prox Pres. Vargas
Na Av. Rio Branco as escavações para a base dos trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) andam a passos lentos porque afetam sítios arqueológicos que contam a história da Av. Central e de boa parte do povoamento inicial da cidade. Como o Brasil é carente de arqueólogos, é previsível um longo período de obras paradas esperando o desfecho dos levantamentos.

Acesso ao túnel pela Primeiro de Março sentido rodoviária
O fato de ontem só ter restado ao prefeito inaugurar um dos túneis do complexo na comemoração dos 450 anos da cidade é sintomático: as obras estão muito atrasadas, com a Olimpíada de 2016 chegando. Até aqui a parte mais visível foi a retirada do hediondo elevado que percorria da Praça XV à Rodoviária. Na festa dos 400 anos um projeto de envergadura parecida, o Aterro do Flamengo, foi entregue no prazo.

Interior do túnel Rio 450
Saída do túnel prox. Moinho Fluminense
 Um ano para desatar esse nó é pouco. Se tudo der certo e não houver falta de recursos, com a iniciativa privada fazendo também a sua parte com hotéis e prédios residenciais e comerciais, poderemos ter na área do porto algo comparável às principais cidades turísticas mundiais. A idéia de colocar vários modais de transporte interligados por VLT é excelente. Aeroporto Santos Dumont, metrô, navios de passageiros, rodoviárias intermunicipais e locais, ferrovias, além do centro da cidade sem carros nas principais avenidas é fantástica. Museus, centros culturais, bares e restaurantes, casas noturnas, espaços de cinema, cidade do Samba, aquário, tudo isso dentro da área do projeto será bom para a população e turistas do Rio e das cidades próximas, em especial Niterói, dadas as opções de transporte. Esperamos que isso aconteça.

Via Binário sentido rodoviária - Aquário
Via Binário com VLT à esquerda prox.
Rodoviária Novo Rio. 
Hoje percorremos o circuito de acesso e saída do centro pegando a Av. Binário próximo à Rodoviária Novo Rio, seguindo até a Av. Rio Branco, Candelária, R. 1o de Março e Túnel 450. Como o tráfego tem muitos desvios por conta das obras há retenções em diversos sinais ao chegar ao centro pela Binário, depois dos túneis próximos à Cidade do Samba. Na Rio Branco a faixa da esquerda tem as escavações do VLT, resumindo-se o tráfego a duas ou três faixas até a Cinelândia. Saindo da Candelária e entrando no túnel 450 a visão é maravilhosa. Três faixas de rolamento, tudo da melhor técnica aplicada à segurança, iluminação, sinalização, etc. Daí para a frente fica tudo liberado até a Rodoviária.