Quem tem relacionamento com gente reconhecidamente infiel e mercenária sabe que a qualquer (ou todo) momento levará chifres e poderá levar um pé na bunda se não fizer os devidos agrados. Essa é a situação de qualquer um que dependa do PMDB. Há até quem diga que o PT faz de tudo para ter mais poder, que o PSDB luta ferozmente para ter o poder e o PMDB praticamente não faz nada para estar sempre no poder.
No primeiro mandado a presidente Dilma Roussef pagou a tarifa do PMDB para ter uma base instável, mesmo com vice do partido. Talvez não esperasse que a repetição da fórmula da estabilidade, ou seja, uma aliança programática com o PMDB incluindo seu vice na chapa, mesmo distribuindo ministérios para integrantes polêmicos desse partido que lhe custaram caro, pudesse ser vítima da mais vil chantagem que já se viu na podridão política brasileira.
O vice-presidente da República, Temer, é uma ameaça a Dilma na conjuntura onde raivosos fascistas pedem o seu impeachment. Pode ser o seu algoz e sucessor. No Congresso Cunha e Renan fazem da vida de Dilma e do país um inferno, mesmo tendo rabos presos na Operação Lava-Jato. Cunha controla as bancadas mais reacionárias e eventualmente o PSDB, que vota em qualquer coisa contra Dilma e que possa causar mais caos. Renan publicamente diz que a última palavra tem que ser do Congresso ( ou seja, ele e Cunha) e se Dilma vetar algo, os parlamentares promulgam.
Num cenário desses fica claro que o Congresso passou a ser o protagonista político. Pode governar. Ou não, dependendo do agrado. Do tal achaque que o ex-ministro Cid Gomes denunciou com tanta clareza. Partiram para buscar popularidade e deixar o governo mais travado ainda, com a proposta de redução irracional de ministérios, que fazia parte do programa do candidato derrotado do PSDB Aécio Neves numa perspectiva de "estado mínimo" neoliberal. Se lembrarmos do sucateamento que Lula herdou de FHC em termos de funcionalismo público dá para se ter idéia do projeto tucano. Mas é isso que o PMDB quer?
Claro que não. O inchaço de ministérios vem da busca de governabilidade através do comprometimento da pulverizada base aliada. O PMDB é o mais guloso. Quer ministérios "ricos", que movimentam vultosos recursos com os quais farão o maior benefício possível ao nosso sofrido povo... Não está claro o que pretendem, se é que pretendem algo além da pura chantagem para obterem mais e mais benefícios sangrando o governo Dilma.
O pânico do PMDB é ter concorrência, ou seja, um partido grande que possa oferecer estabilidade a um preço menor. A fúria contra Dilma por ter assinado uma lei que dificulta a criação de partidos apenas depois que o pedido de registro do PL de Kassab foi feito os levou à insânia. Pode surgir um novo partido que coma até bases do PMDB, e isso não pode. Cid Gomes em determinado momento chegou a falar em formar um grande partido de apoio a Dilma. Acabou expelido do governo.
Nesse sentido acabar com 19 ministérios significaria manter os 6 do PMDB e tirar de vários outros partidos da base aliada, aumentando o descontentamento nas bases governistas e dando mais munição a Cunha e Renan. Jogada de craques do achaque. Impedir concorrentes e criar insatisfeitos é a tarefa.
Mas, e se o povo gostar da idéia de realmente enxugar a máquina, como ficarão os senhores parlamentares se no pacote vier a exigência de redução dos privilégios dos políticos? Há menos de um mês o presidente da Câmara se viu forçado a retirar a proposta já aprovada de dar passagens aéreas aos cônjuges dos congressistas por pressão popular. E se agora pedirem para reduzir os salários abusivos, acabar com o Senado, reduzir o número de políticos em todas as esferas, acabar com mordomias e se pedir maior participação popular, o que farão?
E se ficar claro que não querem enxugar a máquina, mas apenas fazer dessa "ameaça" uma moedinha de troca para chantagear o governo? Na proposta de Aécio, coerentemente com os governos tucanos onde hoje impera o caos administrativo, certamente não haveria novos concursos. Pelo contrário, seriam esperadas demissões de servidores públicos, achatamento de salários, cortes de direitos, etc. É isso mesmo, Cunha? É por aí, Renan? Vamos voltar a FHC ou isso tudo é uma grande palhaçada para, quem sabe, forçar Dilma a intervir para livrar seus traseiros na operação Lava-Jato? Tentar ganhar simpatia popular para depois golpear botando Temer ou Cunha na presidência? Tudo junto?
No primeiro mandado a presidente Dilma Roussef pagou a tarifa do PMDB para ter uma base instável, mesmo com vice do partido. Talvez não esperasse que a repetição da fórmula da estabilidade, ou seja, uma aliança programática com o PMDB incluindo seu vice na chapa, mesmo distribuindo ministérios para integrantes polêmicos desse partido que lhe custaram caro, pudesse ser vítima da mais vil chantagem que já se viu na podridão política brasileira.
O vice-presidente da República, Temer, é uma ameaça a Dilma na conjuntura onde raivosos fascistas pedem o seu impeachment. Pode ser o seu algoz e sucessor. No Congresso Cunha e Renan fazem da vida de Dilma e do país um inferno, mesmo tendo rabos presos na Operação Lava-Jato. Cunha controla as bancadas mais reacionárias e eventualmente o PSDB, que vota em qualquer coisa contra Dilma e que possa causar mais caos. Renan publicamente diz que a última palavra tem que ser do Congresso ( ou seja, ele e Cunha) e se Dilma vetar algo, os parlamentares promulgam.
Num cenário desses fica claro que o Congresso passou a ser o protagonista político. Pode governar. Ou não, dependendo do agrado. Do tal achaque que o ex-ministro Cid Gomes denunciou com tanta clareza. Partiram para buscar popularidade e deixar o governo mais travado ainda, com a proposta de redução irracional de ministérios, que fazia parte do programa do candidato derrotado do PSDB Aécio Neves numa perspectiva de "estado mínimo" neoliberal. Se lembrarmos do sucateamento que Lula herdou de FHC em termos de funcionalismo público dá para se ter idéia do projeto tucano. Mas é isso que o PMDB quer?
Claro que não. O inchaço de ministérios vem da busca de governabilidade através do comprometimento da pulverizada base aliada. O PMDB é o mais guloso. Quer ministérios "ricos", que movimentam vultosos recursos com os quais farão o maior benefício possível ao nosso sofrido povo... Não está claro o que pretendem, se é que pretendem algo além da pura chantagem para obterem mais e mais benefícios sangrando o governo Dilma.
O pânico do PMDB é ter concorrência, ou seja, um partido grande que possa oferecer estabilidade a um preço menor. A fúria contra Dilma por ter assinado uma lei que dificulta a criação de partidos apenas depois que o pedido de registro do PL de Kassab foi feito os levou à insânia. Pode surgir um novo partido que coma até bases do PMDB, e isso não pode. Cid Gomes em determinado momento chegou a falar em formar um grande partido de apoio a Dilma. Acabou expelido do governo.
Nesse sentido acabar com 19 ministérios significaria manter os 6 do PMDB e tirar de vários outros partidos da base aliada, aumentando o descontentamento nas bases governistas e dando mais munição a Cunha e Renan. Jogada de craques do achaque. Impedir concorrentes e criar insatisfeitos é a tarefa.
Mas, e se o povo gostar da idéia de realmente enxugar a máquina, como ficarão os senhores parlamentares se no pacote vier a exigência de redução dos privilégios dos políticos? Há menos de um mês o presidente da Câmara se viu forçado a retirar a proposta já aprovada de dar passagens aéreas aos cônjuges dos congressistas por pressão popular. E se agora pedirem para reduzir os salários abusivos, acabar com o Senado, reduzir o número de políticos em todas as esferas, acabar com mordomias e se pedir maior participação popular, o que farão?
E se ficar claro que não querem enxugar a máquina, mas apenas fazer dessa "ameaça" uma moedinha de troca para chantagear o governo? Na proposta de Aécio, coerentemente com os governos tucanos onde hoje impera o caos administrativo, certamente não haveria novos concursos. Pelo contrário, seriam esperadas demissões de servidores públicos, achatamento de salários, cortes de direitos, etc. É isso mesmo, Cunha? É por aí, Renan? Vamos voltar a FHC ou isso tudo é uma grande palhaçada para, quem sabe, forçar Dilma a intervir para livrar seus traseiros na operação Lava-Jato? Tentar ganhar simpatia popular para depois golpear botando Temer ou Cunha na presidência? Tudo junto?