No disse-que-disse das acusações sobre os responsáveis por vazamentos de informações de tucanos e outros bichos na Receita Federal, há uma prática estranha que chama a atenção: a publicidade extrema de documentos das investigações internas. Trabalhei 30 anos numa empresa de economia mista e nunca vi um caso de inquérito administrativo vir a público, submetendo funcionários à execração, logs de sistemas, depoimentos de gestores falando das investigações, etc. Nada acontece antes do final da apuração, sendo preservadas as imagens dos envolvidos até a comprovação de culpas. Essa atitude , injustificável mesmo no afã de dar transparência às investigações, vai gerar em breve ações por danos morais por parte dos acusados.
De repente, aparece numa capa de jornal uma ata interna, um relatório de acessos, nomes de funcionários, que rapidamente são investigados pela mídia para saber se têm vínculo com o PT, como se isso criasse algum link entre a bisbilhotagem e a campanha da Dilma para tentarem cassar seu registro e ganhar a eleição no tapetão. Será que há mais crimes em meio a tudo isso, além da quebra de sigilo e do crime eleitoral da mídia que faz campanha eleitoral? Como esses papéis chegam às redações? Constituem novos vazamentos? Há pagamento por essas informações? Estas são questões em aberto, que nenhum meio de comunicação da Quadrilha da Mídia vai se interessar em investigar.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Vazamentos na Receita: como a mídia consegue informações privilegiadas?
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