Num post anterior, relatei as experiências que tive no controle de calorias como forma de emagrecer e/ou manter peso e os sucessos e fracassos obtidos. Nos últimos 2 meses voltei a engordar paulatinamente, chegando à situação limite de praticamente não ter mais roupas que caibam. Geralmente é assim que se começa a fazer algo para mudar a situação: tomar vergonha na cara.
Li muito sobre a tal Dieta do Carboidrato, que não deve ser feita sem a orientação de um nutricionista. A técnica se baseia no corte radical de carboidratos, que são os principais responsáveis pela energia disponibilizada para o corpo, forçando o desdobramento de gorduras para suprir as necessidades. Pode-se comer, basicamente, legumes que não tenham açúcares, verduras à vontade, proteínas (carnes) e gorduras. Durante as primeiras 48 horas é necessário o rigor para dar certo. Tem duas etapas de 15 dias, com interrupção de 3 dias entre elas.
Como já tinha experiência com o registro rigoroso e tabulação de calorias, adaptei a tabela para encaixar o controle de carboidratos. Dá um trabalho muito grande, mas tem um efeito educativo poderoso, porque se passa a examinar alimento por alimento para ver se tem carboidratos. As condições de acompanhamento foram praticamente de laboratório, afetadas, porém, pelo clima seco de Brasília, que mascarou alguns dos efeitos colaterais previsíveis.
O primeiro problema é o cardápio muito restrito e repetitivo, por falta de opções. Fruta não pode, nem doce, pães, bebidas alcoólicas, batata, beterraba, feijão, arroz, macarrão, ou seja, praticamente nada que se veja em oferta nas vitrines ou restaurantes. A solução é o self-service, já que os pratos de restaurantes obrigatoriamente trazem muitos alimentos com alto carboidrato. Na segunda etapa de 15 dias pode-se incluir frutas de pouco carboidrato , requeijão, sorvete diet, melhorando a escassez.
Cumpri rigorosamente 14 dias da dieta, baixando 3,1 kg na primeira semana e 3,0 kg na segunda. Atingi o peso que queria, que me tira do Índice de Massa Corporal da faixa de obesidade, e agora vou normalizar aos poucos, mantendo o controle dos carboidratos de forma que consuma sempre abaixo das demandas diárias, que podem ser calculadas por fórmulas disponíveis na internet. A minha é na base de 450g/dia, o que é fácil de atingir, desde que se limite ou corte as "bombas" de carboidratos, como as comidas que levam farinha de trigo.
Os efeitos colaterais relatados foram quase todos sentidos: hálito forte, urina com odor forte, prisão de ventre, sintomas de fraqueza, muita diurese. Mantive uma forte hidratação, primeiro porque na falta de umidade de Brasília, já é obrigatório, com a dieta, mais ainda. Algo na base de 2 litros diários. Os sinais de fraqueza não são exclusivos da dieta, porque na baixa umidade o fôlego acaba e uma simples caminhada ao sol pode trazer esses sintomas. Há efeitos nocivos de longo prazo, como aumento da possibilidade de pedras nos rins, problemas com o pâncreas, já que mexe no nível de insulina produzido, entre outros. Como também era esperado, depois de alguns dias perde-se boa parte da fome.
Os resultados foram mascarados pela forte correlação entre o controle de carboidratos e o cardápio de baixa caloria. Pelos dados anotados anteriormente, verifiquei que foi a dieta de menor quantidade total de calorias. Em épocas anteriores, uma dieta de baixa caloria, sem preocupação com o controle de carboidratos, consegui resultados semelhantes aos dessa dieta, com bem menos sacrifícios.
Não dá para afirmar se o resultado foi da dieta dos carboidratos, razão pela qual a estou abandonando. A partir da conscientização dos alimentos com muitos açúcares, vou continuar com o controle de calorias respeitando os grupos alimentares e demandas diárias, tipo Vigilantes do Peso, com orientação especializada.
sábado, 4 de setembro de 2010
Dieta do carboidrato : radical e questionável
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Corpo de atleta, finalmente. Está igualzinho ao Ronaldo. Dieta boa.
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