Por ter ficado fora do ar por 15 dias na fase iraniana da viagem EURASIA 2014, não entrei no clima das eleições no Brasil, por mais que provocações me sejam feitas. Prefiro escrever sobre outros aspectos do risco da vitória de Aécio no plano internacional.
Aécio tem como aliados poderosos e que influirão no seu governo os "anti-"Foro de São Paulo", um segmento de direita identificado com a Guerra Fria, o macartismo e com os "ideais de 1964 e de sua revolução redentora". Isso significará, de imediato, a devolução de médicos cubanos, a retirada do Brasil de investimentos em Cuba, Venezuela, Uruguai, Equador e Argentina e a sabotagem ao Mercosul. Já os setores de direita pró-americana pressionarão para que o Brasil volte a ter as "relações carnais" com o Tio Sam, ou seja, manda quem pode, obedece quem tem juízo, e daí pode ressuscitar a ALCA. Ameaças aos nossos vizinhos e boicotes aos seus produtos também podem estar na pauta.
Somos sócios do BRICS com a China, Rússia, Índia e África do Sul, inclusive no seu banco que concorre com o Banco Mundial. O grupo quer uma redivisão geopolítica do mundo, buscando espaço ao sol em meio aos EUA e União Européia. O Brasil é uma peça fundamental nesse bloco, que vem peitando a hegemonia das grandes potências tradicionais. Com Aécio bastará uma só ordem de Washington para que deixemos ou sabotemos esse bloco e nos realinhemos caninamente com os EUA.
O Brasil tem sido autônomo na ONU e outros organismos internacionais. Denunciamos a espionagem norte-americana, defendemos o fim do boicote a Cuba, o fim da ocupação dos territórios palestinos por Israel e nos alinhamos na defesa de países pobres contra o imperialismo. Com Aécio tudo isso muda, e os EUA ganham ainda mais poder com a nossa submissão.
Boa parte das guerras em países produtores de petróleo tem apoio da Arábia Saudita. Cada país destruído em guerras civis tem a produção de petróleo limitada, o que mantém os preços do produto no mercado internacional. Os EUA buscam sair dessa dependência com novas formas de exploração e buscando petróleo barato em outras fontes. Patrocina o golpismo na Venezuela e Equador, grandes produtores no nosso continente, e terá em Aécio um sócio de peso no nosso pré-sal, acabando com o regime de partilha e facilitando a entrada de empresas americanas tanto em privatizações como nos leilões de concessão.
O Brasil tem lutado pela reformulação do Conselho de Segurança da ONU, atitude que confronta os EUA. Com Aécio isso acaba e os Estados Unidos se fortalecem.
Não dá para votar no Brasil por ódio ou questões intestinas. É preciso ver o estrago que a vitória de Aécio pode fazer ao equilíbrio de forças nas relações internacionais. Fazer o Brasil voltar a ser lacaio dos EUA muda muita coisa para pior no mundo todo, e isso é um bom motivo para não permitir que voltemos aos 502 anos que antecederam Lula e Dilma.
Aécio tem como aliados poderosos e que influirão no seu governo os "anti-"Foro de São Paulo", um segmento de direita identificado com a Guerra Fria, o macartismo e com os "ideais de 1964 e de sua revolução redentora". Isso significará, de imediato, a devolução de médicos cubanos, a retirada do Brasil de investimentos em Cuba, Venezuela, Uruguai, Equador e Argentina e a sabotagem ao Mercosul. Já os setores de direita pró-americana pressionarão para que o Brasil volte a ter as "relações carnais" com o Tio Sam, ou seja, manda quem pode, obedece quem tem juízo, e daí pode ressuscitar a ALCA. Ameaças aos nossos vizinhos e boicotes aos seus produtos também podem estar na pauta.
Somos sócios do BRICS com a China, Rússia, Índia e África do Sul, inclusive no seu banco que concorre com o Banco Mundial. O grupo quer uma redivisão geopolítica do mundo, buscando espaço ao sol em meio aos EUA e União Européia. O Brasil é uma peça fundamental nesse bloco, que vem peitando a hegemonia das grandes potências tradicionais. Com Aécio bastará uma só ordem de Washington para que deixemos ou sabotemos esse bloco e nos realinhemos caninamente com os EUA.
O Brasil tem sido autônomo na ONU e outros organismos internacionais. Denunciamos a espionagem norte-americana, defendemos o fim do boicote a Cuba, o fim da ocupação dos territórios palestinos por Israel e nos alinhamos na defesa de países pobres contra o imperialismo. Com Aécio tudo isso muda, e os EUA ganham ainda mais poder com a nossa submissão.
Boa parte das guerras em países produtores de petróleo tem apoio da Arábia Saudita. Cada país destruído em guerras civis tem a produção de petróleo limitada, o que mantém os preços do produto no mercado internacional. Os EUA buscam sair dessa dependência com novas formas de exploração e buscando petróleo barato em outras fontes. Patrocina o golpismo na Venezuela e Equador, grandes produtores no nosso continente, e terá em Aécio um sócio de peso no nosso pré-sal, acabando com o regime de partilha e facilitando a entrada de empresas americanas tanto em privatizações como nos leilões de concessão.
O Brasil tem lutado pela reformulação do Conselho de Segurança da ONU, atitude que confronta os EUA. Com Aécio isso acaba e os Estados Unidos se fortalecem.
Não dá para votar no Brasil por ódio ou questões intestinas. É preciso ver o estrago que a vitória de Aécio pode fazer ao equilíbrio de forças nas relações internacionais. Fazer o Brasil voltar a ser lacaio dos EUA muda muita coisa para pior no mundo todo, e isso é um bom motivo para não permitir que voltemos aos 502 anos que antecederam Lula e Dilma.
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