domingo, 11 de setembro de 2011

Imperialismo não aprendeu nada com o 11 de setembro



Se a intenção dos autores do ataque às torres do World Trade Center em 11 de setembro de 2001 foi de combater as políticas de intervenção e exploração do imperialismo no mundo árabe / muçulmano, o tiro saiu pela culatra.


Ao invés de uma autocrítica da atuação dos Estados Unidos e demais potências do capitalismo como novos cruzados em busca de riquezas no mundo árabe, o que aconteceu foi o aprofundamento das agressões, da exploração, e a aplicação de políticas de terra arrasada. Literalmente, arrasada, como no Afeganistão, Iraque e agora a Líbia.

Nada mudou na postura dos colonialistas, que se tornaram reféns do terror sem cara, sem hora para atacar, sem limites de violência. Essa situação agrada, entretanto, aos seus políticos sem escrúpulos, que alimentam com pesadas verbas as indústrias de armas e de segurança, e usam o temor como plataforma eleitoral.

Suas mídias fazem crer que alguns povos são culturalmente violentos, inimigos da liberdade e da democracia, e agora, 10 anos depois dos ataques que mataram 3 mil pessoas nos Estados Unidos e depois fizeram centenas de milhares de mortos na invasão americana ao Iraque e Afeganistão, tudo que fazem é colocar os americanos no papel de vítimas. E esconder os que morreram na "reação" ao ataque.

Bilhões de dólares foram queimados em armas e munições nesses 10 anos, ao invés de ajudarem a construir relações internacionais mais equilibradas, ajudar a acabar com a vergonhosa fome na Somália e em outros países vítimas das políticas imperiais, pagar melhor pelas "commodities" que adquirem a preços vis, etc. Se tivessem aprendido algo, buscariam atenuar as tensões com novas posturas, não com mais mortes e destruição. Saddam morreu, Bin Laden tomou sumiço, a Al Qaeda praticamente foi esfacelada, mas em nome da luta anti-terror ainda se praticam ataques aos direitos dos cidadãos, às leis internacionais e aos direitos humanos.

Que o 11 de setembro de 2011 sirva para a reflexão dos povos em nome de quem se usou a brutal violência no atentado, e dos que sacrificam a vida de milhões para garantir privilégios e riquezas a alguns. E que ninguém tente usar os aviões nos quais estarei viajando nesse dia para fazer novas demonstrações de intolerência, de protesto, seja lá o que for, usando vidas humanas como meios.

Nas fotos, o Memorial do 11 de setembro, que fica a poucos metros do canteiro de obras de reconstrução das torres do WTC, que tem a maquete dos novos prédios e dos jardins com água caindo nos lugares onde se projetavam as torres derrubadas. Uma justa homenagem às pessoas que nada tinham a ver com as políticas imperialistas e perderam suas vidas estupidamente numa guerra que não lhes pertencia.

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