Saímos de Brasília no sábado, dia 10/9, pontualmente às 11:15 h pela TAP, em vôo operado pela TAM, chegando a Salvador às 13:40, onde curiosamente nos deparamos com a espera para abrirem o check-in da TAP e depois, da sala de embarque internacional. Parece que o movimento não é tão grande, e formaram-se grandes filas e ambas as oportunidades. Apesar do horário para embarque ter sido marcado para 16:25, o embarque internacional só abriu por volta de 16:40. Depois, fluiu bem, não prejudicando o vôo, que acabou atrasado em meia hora por outras razões. Partimos para a escala em Lisboa às 17:55h num Airbus A330.
Vôo tranquilo, apesar de uns sacolejos na região de Cabo Verde, faltando 4 h para chegar, a cerca de 3.000 km de Lisboa. Duração de 10h. Nas telas em frente às cadeiras, o painel de dados mostrava que durante boa parte do vôo o avião andou a mais de 900km /h, recuperando parte do atraso. Chegamos a Lisboa às 05:50h (fuso de Lisboa - 4 horas a mais que Brasília).
Uma dica: pelo meio da viagem, ajuste logo todos os relógios para a hora do destino (câmeras e computadores também), de modo que em nenhum lugar fique a hora de origem. Ajuda na adaptação. Dormir também ajuda, mas infelizmente não tenho essa facilidade, e passei a viagem entre filmes e vendo a evolução da viagem no painel de dados. Em nada ajuda ficar a toda hora falando no horário brasileiro, porque a vida, a partir da chegada ao destino, será ditada pelo horário local. Qualquer coisa, calcule o horário brasileiro, que passa a ser um dado de menor importância diante do que vem pela frente. Nos relatos, usarei sempre a hora local, salvo nota em contrário.
O aeroporto internacional de Lisboa é muito amplo, parecendo maior que os do Brasil. Aliás, parece que estamos em casa, porque o fluxo de brasileiros é imenso, e logo de cara a gente vê propagandas turísticas do Ceará e do Banco do Brasil por todo lado. Até quiosque das Havaianas tem. Muito limpo e organizado. Migração rápida, sem burocracia. Embarque idem. Pessoas muito atenciosas e educadas.
O vôo da TAP para Viena, marcado para a 09:00h, foi remarcado para as 09:25h e só decolou às 09:45h. A justificativa da empresa foi falta de pessoal, por isso viajaram com a equipe mínima exigida pelas normas de segurança, e pagamos o pato por ter sido suspenso o serviço de bordo. É dessas coisas que não escapa à suspeita de corte de gastos, o mesmo que eleva o desemprego em Portugal a níveis absurdos.
O serviço de bordo de toda a viagem pela TAP pareceu inferior ao prestado por outras empresas que já viajamos. No võo houve vendas a bordo. Tinha telefone por satélite nos controles que ficam nas cadeiras, com ligações por 8 euros o minuto. Não foram disponibilizados jogos nos displays, e os filmes eram passados todos no mesmo horário, não sendo individualizada a escolha.
A duração do trecho foi de 3 horas, cruzando Portugal, Espanha, França, Suíça, Alemanha e Áustria. Apesar do dia em Lisboa ter amanhecido sem nuvens, apenas na metade da França saímos de nuvens, e pudemos ver que não havia uma só montanha com neve nos Alpes. Para quem é chegado a geografia, nessa hora faz a diferença ter em mãos os mapas baixados para o celular, que juntos com as informações técnicas da tela da cadeira dão uma boa visão dos principais pontos sobrevoados.
No trecho para Viena, cruzamos mais um fuso horário. Passamos a ficar com 5 horas a mais que o Brasil. Novamente, muda tudo nos relógios, celulares, notebooks, etc. Chegamos às 13:45h, e o dia estava quente, mais de 30 graus. Depois de uma peregrinação para conhecer o aeroporto, jà que servirá de embarque e desembarque para as outras viagens parciais da jornada, tomamos uns chopes enquanto aguardávamos o ônibus para Bratislava às 15:30h.
No aeroporto de Viena também pesquisamos locação de veículos, e achamos caro em relação ao que constava na internet. E uma novidade: aluguel de carro elétrico, para mais de uma semana, na faixa de 39 euros por dia. O problema é que ainda não há infra de tomadas para abastecê-los, e o alcance é limitado. Deve ser bom para andar na cidade de Viena, curtas distâncias.
O aeroporto de Viena é grande e parece um pouco antigo. Ali você percebe que está na fronteira de um outro mundo, até pelas operadoras aéreas. E pelas pessoas, do Leste Europeu, turcos, gregos, árabes e alguns asiáticos. A praça de alimentação é pequena, relativamente às dimensões do aeroporto. Pelo menos a do desembarque, e pode haver outras. O serviço de informações é preciso. Não há assédio dos tradicionais esquemas de carregadores de bagagens e taxistas.
No aeroporto há trens frequentes para Viena e ônibus também para Budapeste, Praga e Bratislava. As passagens são compradas na Vienna Airport Lines, que fica ao lado do Mc Donalds, por 7,70 euros. Há descontos para estudantes dentro de certa faixa etária. Paga-se 1 euro para cada volume colocado no bagageiro, na hora do embarque. Para quem vai a Bratislava, há 3 operadoras, mas apenas a Slovak vai para a rodoviária central (Autobusova Stanica), que fica na Myliév Nivy. De lá para o centro histórico a distância é na base de 800m, com calçadas que permitem arrastar uma mala pesada a pé.
Do aeroporto de Viena são 66 km para Bratislava e 222 para Budapeste. A estrada que o ônibus pegou não permitia velocidades acima de 70km/h. Outra coisa notável foi, em alguns trechos, placas indicam a proibição de ultrapassagens até onde a linha de separação das duas faixas (mão e contramão) é descontínua, o que no Brasil significa ultrapassagem permitida. Esses dados são importantes para a reprogramação de etapas futuras, porque estimamos velocidades maiores para os trechos fora de auto-estradas nos cálculos de tempos de percursos.
A rodoviária de Bratislava não é melhor nem pior que outras que a gente conhece pelo Brasil. Coisa da década de 60, sem grandes manutenções. Grandes painéis mostram que de lá partem ônibus para grande parte das cidades dos países da região. Os preços parecem razoáveis, e alternativa do ônibus vai ser levada em conta no planejamento complementar da viagem.
Como chegamos num domingo de sol forte, o centro histórico estava muito movimentado, mas isso é papo para outro post. Felizmente, apesar de termos viajado na data dos 10 anos do atentado do World Trade Centar, não houve nenhuma novidade nos vôos, nem medidas excepcionais de segurança. O terror ficou por conta de uma criança que passou todo o vôo de Lisboa a Viena com alguma dor, chorando e gritando o tempo todo. Agora são 6 da manhã e vou tentar por o sono e o jet-lag em dia.
PS: as fotos ficaram fora de ordem. Depois ajeito.
Estamos acompanhando. Boa viagem. Vamos saber também como está a política por essas bandas?
ResponderExcluirCaro Lúcio,
ResponderExcluirVou falar disso também, porque do que vi já tenho algumas questões a buscar resposta. Em Bratislava não vi nenhum símbolo ou vestígio do socialismo, até agora. Na Bulgária deve ter mais coisa, porque eles são muito ligados aos russos, e o primeiro-ministro era do PC. Um abraço,
Sou "colega" seu aqui do BB. Pena para nós não termos você por aqui nessa época de "luta", mas isso não tira o brilho do seu blog. Vou acompanhar sua viagem. divirta-se.
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