Tem gente que diz que a saída para o Brasil é o aeroporto. Concordo em parte. Os milhões de brasileiros que estão aproveitando a conjuntura favorável para viajar ao exterior enxergam realidades que tornam inevitáveis as comparações. Mesmo as viagens de turismo mais pasteurizado (lugares bonitos, comida boa, diversão) deixam no viajante, no retorno, a sensação de ter vivido em um mundo bem melhor por uns dias. Para quem faz turismo de prospeção, o retorno traz a certeza de vivermos num dos piores países do mundo, sob muitos aspectos.
Temos de positivo a política que nos permitiu o aumento de renda e o pleno emprego, crescimento da economia, moeda forte. Sem isso poucos sairiam as fronteiras, todos da elite, aquela que gosta de morar em Miami e achar tudo aqui um lixo, embora tenham seu dinheiro extraído das barbaridades que fazem no Brasil. No mais, as comparações são gritantes. Pior: para quem busca uma saída coletiva para que o Brasil se torne um país decente, vem a depressão diante das dificuldades dessa tarefa.
Tenho muito a escrever da viagem recente à Ásia, mas travei por uns dias. Achava que era o mal-estar do jet lag, mas havia mais coisas, especialmente as notícias depressivas da mídia. Assassinatos de policiais, incêndio de ônibus, corrupção a rodo, tribunal ditatorial, mentiras midiáticas, governos incompetentes, enfim, tudo que a gente não vê lá fora na mesma proporção que temos aqui. Pelo contrário: a notícia positiva veio da Europa, com uma greve em 23 países contra as medidas de austeridade que estão destruindo a vida dos trabalhadores.
Parei para refletir e evitar escrever coisas muito duras pelo efeito do "amargo regresso". É o tempo que preciso para organizar os materiais para mostrar e fazer análises. Acho que o retorno com essa bagagem traz também a obrigação de escrever sobre soluções que possam melhorar a vida, sem que ninguém ache que o melhor é fugir daqui.
Temos de positivo a política que nos permitiu o aumento de renda e o pleno emprego, crescimento da economia, moeda forte. Sem isso poucos sairiam as fronteiras, todos da elite, aquela que gosta de morar em Miami e achar tudo aqui um lixo, embora tenham seu dinheiro extraído das barbaridades que fazem no Brasil. No mais, as comparações são gritantes. Pior: para quem busca uma saída coletiva para que o Brasil se torne um país decente, vem a depressão diante das dificuldades dessa tarefa.
Tenho muito a escrever da viagem recente à Ásia, mas travei por uns dias. Achava que era o mal-estar do jet lag, mas havia mais coisas, especialmente as notícias depressivas da mídia. Assassinatos de policiais, incêndio de ônibus, corrupção a rodo, tribunal ditatorial, mentiras midiáticas, governos incompetentes, enfim, tudo que a gente não vê lá fora na mesma proporção que temos aqui. Pelo contrário: a notícia positiva veio da Europa, com uma greve em 23 países contra as medidas de austeridade que estão destruindo a vida dos trabalhadores.
Parei para refletir e evitar escrever coisas muito duras pelo efeito do "amargo regresso". É o tempo que preciso para organizar os materiais para mostrar e fazer análises. Acho que o retorno com essa bagagem traz também a obrigação de escrever sobre soluções que possam melhorar a vida, sem que ninguém ache que o melhor é fugir daqui.
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