Fonte: Não à nova ordem mundial |
- promover compras coletivas no atacado com preços menores
- boicotar preços altos e informar sobre promoções verdadeiras
- educar para o equilíbrio do orçamento doméstico.
Anos de bombardeio ideológico pelo individualismo dificultaram a organização solidária, e hoje há o recurso à internet para informar melhor sobre preços. Algumas pessoas vão às lojas tendo em mãos uma pesquisa de preço. O problema é que as redes de lojas não oferecem condições de negociação para preços à vista com facilidade, embutindo os juros elevados das compras a prazo "sem juros" no preço inicial. Algumas lojas cobrem os preços divulgados pela concorrência, nos quais já existem juros embutidos, não reduzindo de fato o valor dos bens.
A Black Friday do ano passado foi uma grande farsa, onde preços foram aumentados para em seguida serem oferecidos descontos, em geral menores ou iguais aos valores acrescidos. Alguns consumidores se prepararam melhor e imprimiram os preços realizados dias anteriores e denunciando na internet, o que é um início. Há outro caso flagrante, como o do panetone brasileiro vendido nos Estados Unidos abaixo do praticado nas lojas nacionais, e não é apenas por causa dos impostos, já que custam normalmente na faixa de R$ 12 e no Natal pulam para até o dobro.
É necessária a criação de uma grande rede de consumidores para retomar as funções das associações da década de 70. Aplicativos fáceis para celulares já existem, onde basta fotografar o código de barras para instantaneamente vir uma coleta de preços para comparação. Acontece que isso atinge uma pequena faixa da população, de renda maior. E a grande massa que compra a qualquer preço, bastando a prestação caber no salário? É ela que contribui para a carestia, pois se submete aos juros altos que elevam os preços à vista.
Nos Estados Unidos os consumidores estão anos-luz à frente dos brasileiros em termos de cuidados nas compras. Os fornecedores sabem disso e a concorrência faz da Black Friday um momento de reais chances de compras mais baratas. No Brasil, onde até padarias fazem cartel e o povo é descuidado com o valor do seu dinheiro, joga-se a culpa de tudo nos impostos, que agora aparecem nos cupons fiscais, mas há o Lucro Brasil que é o grande vilão e reduz o poder de compra do dinheiro. O difícil de reverter essa situação está na falta de cooperação espontânea e solidária para desmontar as armadilhas montadas pelos fornecedores.
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