O brasileiro tem o péssimo hábito de emprenhar pelo ouvido, criar preconceitos e a partir daí não aceitar argumentos, não ler mais sobre assuntos, e pronto. Uma boa parte que já vinha odiando sem saber bem por que o governo Lula e Dilma embarca agora de peito aberto na campanha de Marina. É uma opção democrática, mas cabe trazer alguns elementos para mostrar o perigo que ronda, em especial, os fundos de pensão e os bancos públicos.
A página 60 do programa de governo de Marina Silva parece ter sido escrita por banqueiros. Diz que o governo gasta dinheiro com subsídios que precisam ser retirados de créditos ao setor agropecuário e crédito imobiliário, que deverão ser desestimulados e repassados para maior participação dos bancos privados. Isso atinge diretamente o BB e a CEF e praticamente liquida a expansão do setor rural via PRONAF e o programa Minha Casa, Minha Vida, que se viabilizam com subsídios.
Aos bancos públicos destinam tudo que não interessa aos banqueiros privados:
- empresas pequenas e nascentes;
- projetos inovadores com alto impacto social;
- projetos de maturação muito longa que exijam alto volume de recursos como obras de infraestrutura.
Resumindo: vão tirar do BB, CEF a participação no crédito em áreas onde hoje concorrem fortemente com os bancos privados rebaixando os juros, que mesmo assim continuam altos. Juros mais altos para os clientes na mão dos bancos privados, claro. Se o setor privado será agraciado com margens maiores e maior clientela, os bancos públicos tenderão a reduzir drasticamente seus lucros e, numa perspectiva de "estado mínimo neoliberal" embutida na filosofia do programa, simplesmente desaparecerem via extinção ou privatização por falta de suporte do Tesouro Nacional.
Os bancários do setor público sofrerão fortes impactos caso esse programa seja implantado, a começar pelo encolhimento das redes de banco com demissões e fechamento de agências. Aos que ficarem as participações nos lucros minguarão semestre a semestre e o assédio moral será amplificado para "equilibrar a empresa e dar lucro" e "manter os empregos a salários congelados e direitos rebaixados. "
Acreditam os economistas de Marina que o setor privado proverá de crédito barato os consumidores para continuar essas atividades subsidiadas mesmo quando gradualmente forem retirados os incentivos. Também apostam nesses recursos para investimentos mais arriscados, de longo prazo, com recursos de terceiros.
Onde buscarão recursos baratos para isso? Nos fundos de pensão. O texto claramente fala na mudança da legislação dos fundos "propiciando mais fontes de crédito acessíveis ao setor privado (por exemplo, alterando a regulação dos fundos de pensão), e para empréstimos de longo prazo dos bancos privados para empresas".
Marina já negou muitas coisas que escreveram, copiaram e colaram no seu programa. Essa página, pelo visto, não está sujeita a modificações ou negações porque os banqueiros poderiam tirar-lhes o apoio por desconfianças. E eles querem bem mais: o Banco Central independente de todos nós, menos deles. E nada de cobrar dívidas da sonegação, como a de R$ 18 bi do Itaú, seu patrocinador mais público.
Preparem-se, velhinhos. Vem chumbo grosso por aí. No caso específico da PREVI, do BB, a diminuição dos lucros do banco afeta diretamente suas ações em bolsa e, por tabela, os superávits do fundo de pensão. \Se considerarmos também a promessa da candidata de redução de ênfase no Pré-Sal afetando os lucros da Petrobrás as ações também sofrerão. E não venham dizer que estou fazendo terrorismo. O texto está aí para quem quiser ler. Apenas ressaltei coisas que poderiam ficar ocultas num texto de 240 páginas.
A página 60 do programa de governo de Marina Silva parece ter sido escrita por banqueiros. Diz que o governo gasta dinheiro com subsídios que precisam ser retirados de créditos ao setor agropecuário e crédito imobiliário, que deverão ser desestimulados e repassados para maior participação dos bancos privados. Isso atinge diretamente o BB e a CEF e praticamente liquida a expansão do setor rural via PRONAF e o programa Minha Casa, Minha Vida, que se viabilizam com subsídios.
Aos bancos públicos destinam tudo que não interessa aos banqueiros privados:
- empresas pequenas e nascentes;
- projetos inovadores com alto impacto social;
- projetos de maturação muito longa que exijam alto volume de recursos como obras de infraestrutura.
Resumindo: vão tirar do BB, CEF a participação no crédito em áreas onde hoje concorrem fortemente com os bancos privados rebaixando os juros, que mesmo assim continuam altos. Juros mais altos para os clientes na mão dos bancos privados, claro. Se o setor privado será agraciado com margens maiores e maior clientela, os bancos públicos tenderão a reduzir drasticamente seus lucros e, numa perspectiva de "estado mínimo neoliberal" embutida na filosofia do programa, simplesmente desaparecerem via extinção ou privatização por falta de suporte do Tesouro Nacional.
Os bancários do setor público sofrerão fortes impactos caso esse programa seja implantado, a começar pelo encolhimento das redes de banco com demissões e fechamento de agências. Aos que ficarem as participações nos lucros minguarão semestre a semestre e o assédio moral será amplificado para "equilibrar a empresa e dar lucro" e "manter os empregos a salários congelados e direitos rebaixados. "
Acreditam os economistas de Marina que o setor privado proverá de crédito barato os consumidores para continuar essas atividades subsidiadas mesmo quando gradualmente forem retirados os incentivos. Também apostam nesses recursos para investimentos mais arriscados, de longo prazo, com recursos de terceiros.
Onde buscarão recursos baratos para isso? Nos fundos de pensão. O texto claramente fala na mudança da legislação dos fundos "propiciando mais fontes de crédito acessíveis ao setor privado (por exemplo, alterando a regulação dos fundos de pensão), e para empréstimos de longo prazo dos bancos privados para empresas".
Marina já negou muitas coisas que escreveram, copiaram e colaram no seu programa. Essa página, pelo visto, não está sujeita a modificações ou negações porque os banqueiros poderiam tirar-lhes o apoio por desconfianças. E eles querem bem mais: o Banco Central independente de todos nós, menos deles. E nada de cobrar dívidas da sonegação, como a de R$ 18 bi do Itaú, seu patrocinador mais público.
Preparem-se, velhinhos. Vem chumbo grosso por aí. No caso específico da PREVI, do BB, a diminuição dos lucros do banco afeta diretamente suas ações em bolsa e, por tabela, os superávits do fundo de pensão. \Se considerarmos também a promessa da candidata de redução de ênfase no Pré-Sal afetando os lucros da Petrobrás as ações também sofrerão. E não venham dizer que estou fazendo terrorismo. O texto está aí para quem quiser ler. Apenas ressaltei coisas que poderiam ficar ocultas num texto de 240 páginas.
O PSB está afirmando que no Programa de Governo consta outra coisa. Veja em http://www.psb40.org.br/imprensa/pg.pdf
ResponderExcluirConferi sua informação e o texto é exatamente o mesmo, apenas mudaram o formato da paginação. Obrigado.
ResponderExcluirPolítica não é brincadeira, precisamos de muita Luz, já sofremos bastante no passado vamos olhar pra frente. Milca 13 PT C/ DILMA
ResponderExcluirFiquem em alerta, não podemos voltar aos erros do passado.
ResponderExcluirMilca PT 13 C DILMA