Em viagens anteriores desenvolvemos um check-list que a cada novo evento se amplia, e é extremamente útil para evitar que coisas simples sejam esquecidas e façam falta ao longo da viagem.
A experiência com longas viagens onde há diversos embarques e desembarques, muitas vezes andando bastante a pé, e trânsito por diferentes regras de bagagem, nos levaram a rever a estratégia de malas.
Compramos duas malas médias leves (3,5 kg) com fecho TSR (para trânsito nos EUA) e rodas únicas reforçadas de 360 graus, em polipropileno, com fechos presos a dispositivo com senha e lugar para colocar cadeado, inviabilizando o furto mais comum que é com uma caneta abrindo o ziper e depois passando as alavancas do ziper pelo local fechando novamente. Não compramos sem ziper, com fecho de metal tipo pasta de executivo, porque o vendedor nos disse que em caso de deformação por impacto fica muito difícil fechá-la.
Resolvemos levar menos de 20 kg (peso total) nas malas e cada um uma mochila com as coisas de maior valor (eletrônicos, dinheiro, guias, documentos) a bordo com menos de 10 kg.
Toda a bagagem foi estudada para atender às necessidades de peso e volume pequenos. Objetos de mesma natureza agrupados em pequenas bolsas, como nos grupos do check-list (abaixo). Compramos muitas blusas dry-fit, calças dry-fit com pernas que podem ser retiradas virando bermudas, uma calça jeans, casacos para atender a temperaturas mínimas de 5 graus (fim da viagem nas montanhas, em novembro, e passeio de balão na Capadócia). Um conjunto de roupas sociais (no meu caso, um terno de microfibra), poucas camisas sociais (recomendáveis no Irã), inclusive de flanela para dias mais frios, um tênis, uma sandália de borracha e um sapato social. Sunga, chale, luvas, roupas íntimas e meias se alojam entre as demais roupas. Esse peso de roupas não passou dos 9 kg. Na viagem usamos as roupas mais pesadas. Mesmo sem levar casacos à mão, nossas malas ficaram com 18 kg cada. As bagagens de mão no máximo 5 kg.
Há itens de consumo que podem ir na mala ainda vazia do início da viagem que desaparecerão à medida que se adquire peso de compras, como sabonetes (12 para 65 dias), shampoo (3), remédios, alimentos não perecíveis (que não sejam barrados na inspeção sanitária dos países), sabão em pó, detergente, etc. Levamos cerca de 2,5 kg desses itens. Sobre remédios, se houver algum com receita, deve-se levar o suficiente para toda a duração da viagem, pois será praticamente impossível comprá-los no exterior. Para quem usa óculos levar pelo menos um de reserva é obrigatório. E tentar comprar algo sem entender o que diz a etiqueta é temerário.
Itens de cozinha? São dispensáveis em turismo de pacote ou de pequeno espectro por poucos dias, mas numa caravana de baixo custo são obrigatórios. Nem sempre se comerá em restaurantes. Em lugares muito caros come-se os itens mais baratos, geralmente algum produto de grande produção nacional. Pela Europa são comuns algumas frutas, como maçãs, coisas à base de batata e comidas pré-prontas vendidas em supermercados, como saladas, massas, etc. Em muitos hotéis e mesmo em hostéis há aquecedores elétricos de água permitindo fazer café, chá, sopa, etc. Frigobar não é muito usual, mas existe nos lugares mais quentes, permitindo fazer compras em supermercado de produtos perecíveis como queijos, iogurtes, frios, etc.
Ferramentas? Experimente quebrar algo em meio a uma jornada de semanas e tentar mandar consertar para ver o que é bom prá tosse. Uma rodinha de mala (levo reserva), um ziper preso, coisas para cortar e fazer gambiarras, isso pode acontecer à medida que aumenta o tempo de viagem.
Cabos e cabos, tomadas e até roteador (só onde houver rede por cabo), carregadores de baterias, adaptadores, tudo tem que ser pensado para não passar perrengue e descobrir que aquele equipamento essencial não tem como ser carregado por falta da algo. Pen drives para backups e outros itens que depois abordarei sob aspectos de segurança de armazenamento de informações são fundamentais. Pelo menos para quem tem noção e sabe que é real o risco de perder ou ter roubada uma câmera, celular, etc.
Cartões de apresentação, músicas, fotos? Pense que pode vir a se hospedar em casas de pessoas que certamente terão curiosidade em conhecer sua cultura, suas origens assim como você também irá explorar suas informações. Fazer contatos e amizades é um dos grandes objetivos numa viagem.
Materiais de escritório? Sim, claro, pois não se trata de turismo de poucos dias em condições sob controle, como ficar em poucas cidades em hotéis com melhor infra gastando tudo em cartão de crédito. Há que se organizar a papelada adquirida, registrar a contabilidade, separar as diversas moedas (nesta viagem serão 9, incluindo-se reais, dólares e euros), documentos de seguros, passagens, etc. Como dissemos em post anterior, estamos fazendo uma viagem com orçamento de 48 dias em 65 dias, e o controle de recursos precisa ser rigoroso.
Sabão em pó, esponja? Claro. Como se vai lavar roupas e os utensílios de cozinha?
Desta vez não usamos mochilas sem rodinhas. É muito complicado andar com dois objetos com rodas, porque bate em todo lugar e nas pessoas. Além do mais as rodas e estruturas são um peso morto considerável, cerca de 1,5 kg. O mais adequado é levar a mala com as rodas e colocar a mochila na frente do corpo, especialmente em caminhadas e em transportes públicos, evitando furtos.
Pensamos em levar filme plástico igual ao que se usa para proteger malas nos aeroportos. Um rolo de 500m custa o mesmo que uma embalagem no aeroporto, mas pesa. E é grande. Cortei com serra um rolo pela metade mas mesmo assim não se mostrou razoável pois pesa quase 2 kg e não seria todo usado na viagem. Usamos para embalar com compactação casacos e calçados.
Segue o check-list. Se algum leitor tiver sugestão para aprimorá-lo ou dúvidas sobre seu conteúdo, comente por favor.
Post anterior: http://blogdobranquinho.blogspot.com.tr/2014/09/eurasia-2014-006-o-inesperado-pedagio.html
A experiência com longas viagens onde há diversos embarques e desembarques, muitas vezes andando bastante a pé, e trânsito por diferentes regras de bagagem, nos levaram a rever a estratégia de malas.
Compramos duas malas médias leves (3,5 kg) com fecho TSR (para trânsito nos EUA) e rodas únicas reforçadas de 360 graus, em polipropileno, com fechos presos a dispositivo com senha e lugar para colocar cadeado, inviabilizando o furto mais comum que é com uma caneta abrindo o ziper e depois passando as alavancas do ziper pelo local fechando novamente. Não compramos sem ziper, com fecho de metal tipo pasta de executivo, porque o vendedor nos disse que em caso de deformação por impacto fica muito difícil fechá-la.
Resolvemos levar menos de 20 kg (peso total) nas malas e cada um uma mochila com as coisas de maior valor (eletrônicos, dinheiro, guias, documentos) a bordo com menos de 10 kg.
Toda a bagagem foi estudada para atender às necessidades de peso e volume pequenos. Objetos de mesma natureza agrupados em pequenas bolsas, como nos grupos do check-list (abaixo). Compramos muitas blusas dry-fit, calças dry-fit com pernas que podem ser retiradas virando bermudas, uma calça jeans, casacos para atender a temperaturas mínimas de 5 graus (fim da viagem nas montanhas, em novembro, e passeio de balão na Capadócia). Um conjunto de roupas sociais (no meu caso, um terno de microfibra), poucas camisas sociais (recomendáveis no Irã), inclusive de flanela para dias mais frios, um tênis, uma sandália de borracha e um sapato social. Sunga, chale, luvas, roupas íntimas e meias se alojam entre as demais roupas. Esse peso de roupas não passou dos 9 kg. Na viagem usamos as roupas mais pesadas. Mesmo sem levar casacos à mão, nossas malas ficaram com 18 kg cada. As bagagens de mão no máximo 5 kg.
Há itens de consumo que podem ir na mala ainda vazia do início da viagem que desaparecerão à medida que se adquire peso de compras, como sabonetes (12 para 65 dias), shampoo (3), remédios, alimentos não perecíveis (que não sejam barrados na inspeção sanitária dos países), sabão em pó, detergente, etc. Levamos cerca de 2,5 kg desses itens. Sobre remédios, se houver algum com receita, deve-se levar o suficiente para toda a duração da viagem, pois será praticamente impossível comprá-los no exterior. Para quem usa óculos levar pelo menos um de reserva é obrigatório. E tentar comprar algo sem entender o que diz a etiqueta é temerário.
Fonte: blogdobranquinho.blogspot.com |
Ferramentas? Experimente quebrar algo em meio a uma jornada de semanas e tentar mandar consertar para ver o que é bom prá tosse. Uma rodinha de mala (levo reserva), um ziper preso, coisas para cortar e fazer gambiarras, isso pode acontecer à medida que aumenta o tempo de viagem.
Cabos e cabos, tomadas e até roteador (só onde houver rede por cabo), carregadores de baterias, adaptadores, tudo tem que ser pensado para não passar perrengue e descobrir que aquele equipamento essencial não tem como ser carregado por falta da algo. Pen drives para backups e outros itens que depois abordarei sob aspectos de segurança de armazenamento de informações são fundamentais. Pelo menos para quem tem noção e sabe que é real o risco de perder ou ter roubada uma câmera, celular, etc.
Cartões de apresentação, músicas, fotos? Pense que pode vir a se hospedar em casas de pessoas que certamente terão curiosidade em conhecer sua cultura, suas origens assim como você também irá explorar suas informações. Fazer contatos e amizades é um dos grandes objetivos numa viagem.
Materiais de escritório? Sim, claro, pois não se trata de turismo de poucos dias em condições sob controle, como ficar em poucas cidades em hotéis com melhor infra gastando tudo em cartão de crédito. Há que se organizar a papelada adquirida, registrar a contabilidade, separar as diversas moedas (nesta viagem serão 9, incluindo-se reais, dólares e euros), documentos de seguros, passagens, etc. Como dissemos em post anterior, estamos fazendo uma viagem com orçamento de 48 dias em 65 dias, e o controle de recursos precisa ser rigoroso.
Sabão em pó, esponja? Claro. Como se vai lavar roupas e os utensílios de cozinha?
Desta vez não usamos mochilas sem rodinhas. É muito complicado andar com dois objetos com rodas, porque bate em todo lugar e nas pessoas. Além do mais as rodas e estruturas são um peso morto considerável, cerca de 1,5 kg. O mais adequado é levar a mala com as rodas e colocar a mochila na frente do corpo, especialmente em caminhadas e em transportes públicos, evitando furtos.
Pensamos em levar filme plástico igual ao que se usa para proteger malas nos aeroportos. Um rolo de 500m custa o mesmo que uma embalagem no aeroporto, mas pesa. E é grande. Cortei com serra um rolo pela metade mas mesmo assim não se mostrou razoável pois pesa quase 2 kg e não seria todo usado na viagem. Usamos para embalar com compactação casacos e calçados.
Segue o check-list. Se algum leitor tiver sugestão para aprimorá-lo ou dúvidas sobre seu conteúdo, comente por favor.
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