sexta-feira, 11 de junho de 2010

Copa do Mundo : biombo para políticas polêmicas

Durante o mês da Copa os candidatos à presidência podem andar nus, tocar fogo nos seus corpos, espancar velhinhas na frente das câmeras, molestar crianças, e fazer quaisquer outras barbaridades que ninguém prestará atenção. Também é nesse período que os políticos aproveitarão para fazer das suas e quando as pessoas perceberem, já era. É uma fase perigosa, onde dossiês aparecem e desaparecem e ninguém vê. Senadores corruptos com funcionários fantasmas somem da mídia, juros sobem e decisões de alto risco eleitoral são tomadas.


Por exemplo: as decisões sobre o reajuste de 7,7% para os aposentados e o fim do fator previdenciário devem ser tomadas nesse período. Idem sobre a partilha do pré-sal, que rouba do Rio R$ 7,5 bilhões. E além disso vão acontecer as convenções dos partidos, preparando a pauta eleitoral para logo depois da Copa. Se todo mundo viu o PT intervir em Minas para apoiar a candidatura de Hélio Costa, poucos verão a intervenção no Maranhão, para apoiar a reeleição de Roseana Sarney. Nem que o deputado federal Domingos Dutra, do PT-MA, está em greve de fome na Câmara contra a decisão do PT Nacional. No bolo, pode entrar também o tacape da direção nacional do PT sobre o diretório do Ceará para salvar Tasso Jereissati da derrota. Sob esse manto de mídia concentrada na Copa é que a criança chora e a mãe não vê.

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