No domingo passado as centrais sindicais governistas (CUT, Força Sindical, etc) se reuniram no Pacaembu para fazer um grande ato de apoio ao governo Lula. Enquanto isto, em Santos, a CONLUTAS, uma parte da Intersindical e outras correntes organizadas do movimento sindical se reuniram no Congresso da Classe Trabalhadora (CONCLAT), visando fundar uma nova central sindical independente e autônoma, não-governista. No "post" anterior publiquei um relato de uma das visões, mas hoje recebi outra versão, e concluo que nada de novo se criou, permanecendo a divisão entre as forças independentes.
Entre as divergências que inviabilizaram a unidade estava a extensão do alcance da central sindical ao movimento estudantil. A Intersindical que compareceu ao congresso foi contra, mas foi vencida pelo voto. Outro ponto crítico foi o nome da nova central, com a discordância da Intersindical, novamente vencida no voto. Alegando falta de condições de diálogo político, a Intersindical se retirou, junto com outras organizações, esvaziando a iniciativa de criação de uma central de peso. Acusações de hegemonismo e de tratoramento por votações contribuíram para a dissidência.
A pelegada do Pacaembu já estava em festa, no seu adesismo descarado ao governo, e deve ter comemorado mais ainda o fracasso da tentativa de unificação de forças sindicais autônomas e independentes. Enquanto eles estão coesos em torno do fisiologismo do governo, as oposições estão cada vez mais divididas, e por isso mesmo enfraquecidas para a grande luta que deveria estar sendo feita. Mais uma oportunidadade perdida para os trabalhadores.
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