quinta-feira, 10 de junho de 2010

Pelegada feliz : nova central sindical rachou na criação

No domingo passado as centrais sindicais governistas (CUT, Força Sindical, etc) se reuniram no Pacaembu para fazer um grande ato de apoio ao governo Lula. Enquanto isto, em Santos, a CONLUTAS, uma parte da Intersindical e outras correntes organizadas do movimento sindical se reuniram no Congresso da Classe Trabalhadora (CONCLAT), visando fundar uma nova central sindical independente e autônoma, não-governista. No "post" anterior publiquei um relato de uma das visões, mas hoje recebi outra versão, e concluo que nada de novo se criou, permanecendo a divisão entre as forças independentes.


Entre as divergências que inviabilizaram a unidade estava a extensão do alcance da central sindical ao movimento estudantil. A Intersindical que compareceu ao congresso foi contra, mas foi vencida pelo voto. Outro ponto crítico foi o nome da nova central, com a discordância da Intersindical, novamente vencida no voto. Alegando falta de condições de diálogo político, a Intersindical se retirou, junto com outras organizações, esvaziando a iniciativa de criação de uma central de peso. Acusações de hegemonismo e de tratoramento por votações contribuíram para a dissidência.

A pelegada do Pacaembu já estava em festa, no seu adesismo descarado ao governo, e deve ter comemorado mais ainda o fracasso da tentativa de unificação de forças sindicais autônomas e independentes. Enquanto eles estão coesos em torno do fisiologismo do governo, as oposições estão cada vez mais divididas, e por isso mesmo enfraquecidas para a grande luta que deveria estar sendo feita. Mais uma oportunidadade perdida para os trabalhadores.

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