Quem viu ontem a transmissão do julgamento da Ação Penal 470, vulgo Mensalão, não precisou ter muita bagagem jurídica para ver que as provas apresentadas pelo relator Ricardo Lewandowsky falaram por si.
O ministro aprofundou seu relato apresentando documentos e testemunhos que derrubam qualquer tese da defesa, em especial em relação ao ex-Diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, que teve o seu voto pela condenação por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. A defesa dele não conseguiu credibilidade para a tese de ter recebido R$ 326 mil do Banco Rural em sacos de papel através de um contínuo sem saber o que era e ter repassado ao PT a uma pessoa que não conhecia. Também não escapou à acusação de peculato alegando que o dinheiro desviado da Visanet era privado, porque o crime se aplica a bens públicos ou privados.
O esquema com Marcos Valério e seus sócios também teve condenação pedida por diversos crimes, entre eles o de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. A não ser que os demais juízes encontrem nos autos outros documentos que relevem a importância do que foi apresentado, a tendência será do voto baseado no do relator. Assim como a acusação e o relator, o revisor também votou pela inocência de Luiz Gushiken, ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, por falta de provas. Havia sido citado por Pizzolato com mandante dos pagamentos na sua alegação de ter "cumprido ordens".
Segundo Lewandowsky, havia na diretoria de marketing do BB "uma balbúrdia" na gestão de Pizzolato. Serviços não pagos, notas frias, adiantamentos por serviços não executados com as empresas de Valério, etc. A auditoria interna do banco pegou tudo, mas nenhuma providência interna foi tomada contra Pizzolato. Nem qualquer processo na justiça para buscar ressarcimento houve.
Muito estranho para uma empresa muito rígida com seus funcionários nesse tipo de questão. Se chega uma caixa de canetas numa agência alguém tem que atestar o recebimento, conferir a mercadoria e colocar no estoque. Como é que mais de R$ 70 milhões em serviços não executados de marketing não foram fiscalizados? Como é que a Visanet, dona do dinheiro, empresa que conta com o Bradesco como acionista majoritário, deixou passar isso? Será que esse tipo de prática parou? Será que foi só no BB? A essas questões o julgamento não irá responder.
O ministro aprofundou seu relato apresentando documentos e testemunhos que derrubam qualquer tese da defesa, em especial em relação ao ex-Diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, que teve o seu voto pela condenação por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. A defesa dele não conseguiu credibilidade para a tese de ter recebido R$ 326 mil do Banco Rural em sacos de papel através de um contínuo sem saber o que era e ter repassado ao PT a uma pessoa que não conhecia. Também não escapou à acusação de peculato alegando que o dinheiro desviado da Visanet era privado, porque o crime se aplica a bens públicos ou privados.
O esquema com Marcos Valério e seus sócios também teve condenação pedida por diversos crimes, entre eles o de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. A não ser que os demais juízes encontrem nos autos outros documentos que relevem a importância do que foi apresentado, a tendência será do voto baseado no do relator. Assim como a acusação e o relator, o revisor também votou pela inocência de Luiz Gushiken, ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, por falta de provas. Havia sido citado por Pizzolato com mandante dos pagamentos na sua alegação de ter "cumprido ordens".
Segundo Lewandowsky, havia na diretoria de marketing do BB "uma balbúrdia" na gestão de Pizzolato. Serviços não pagos, notas frias, adiantamentos por serviços não executados com as empresas de Valério, etc. A auditoria interna do banco pegou tudo, mas nenhuma providência interna foi tomada contra Pizzolato. Nem qualquer processo na justiça para buscar ressarcimento houve.
Muito estranho para uma empresa muito rígida com seus funcionários nesse tipo de questão. Se chega uma caixa de canetas numa agência alguém tem que atestar o recebimento, conferir a mercadoria e colocar no estoque. Como é que mais de R$ 70 milhões em serviços não executados de marketing não foram fiscalizados? Como é que a Visanet, dona do dinheiro, empresa que conta com o Bradesco como acionista majoritário, deixou passar isso? Será que esse tipo de prática parou? Será que foi só no BB? A essas questões o julgamento não irá responder.
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