Quem vê televisão e lê o que passa nas redes sociais deve ter ficado revoltado com a "falta de humanidade" do governo Dilma ao saber que a Santa Casa de São Paulo fechou parte do atendimento por dívidas e falta de verba. As mesmas mídias depois mostraram o governador Alckmin piedosamente repassando R$ 3 milhões à Santa Casa exigindo em contrapartida a prestação de contas. Bom homem esse Alckmin. Que vilã essa Dilma... Esse é o pensamento do trouxa incauto que não procura saber dos fatos.
O Ministério da Saúde respondeu a isso com uma nota mostrando a verdade. A verba que repassa ao governo paulista para repassar à Santa Casa tem levado mordidas grandes. Da última o governo Alckmin cobrou um pedágio da ordem de R$ 50 milhões, bem mais que os R$ 3 milhões que "humanitariamente deu" diante das câmeras. Alckmin tem que explicar para onde vai esse dinheiro desviado. Segue a verdade:
Nota do ministério da saúde sobre a crise na Santa Casa.
Sem nenhum contato prévio, o Ministério da Saúde recebeu no final da tarde desta terça-feira, dia 22, por email a comunicação da interrupção do atendimento de urgência por parte da Santa Casa de São Paulo.
Surpreendido pela gravidade do fechamento do Pronto Socorro, o Ministro Chioro entrou em contato com o Secretário Estadual de Saúde, David Uip, e com o Secretário José de Fillipi, do Município de São Paulo.
Na quarta-feira dia 23, o Ministério da Saúde recebeu da Secretaria de Saúde de São Paulo dados, repassados também à imprensa pelo Secretário David Uip, sobre os valores repassados à Santa Casa, pelo Governo do Estado, que é o gestor do contrato.
Para nosso espanto, entre os valores repassados pelo Ministério da Saúde e os efetivamente transferidos pelo Governo Estadual à Santa Casa de São Paulo, encontramos uma diferença de R$ 74.738.747,00 a menos no período de Janeiro de 2013 a maio de 2014. Mensalmente o Ministério da Saúde destinou R$ 25 milhões à Santa Casa, e esta só recebeu $21,5 milhões.
Se a dívida de R$ 50 milhões com os fornecedores foi o motivo alegado para o fechamento do Pronto Socorro da Santa Casa, se o Governo do Estado não tivesse retido o recurso federal, a crise não teria se dado.
Em 2013 o Ministério da Saúde destinou R$ 291.390.567,11 à Santa Casa de São Paulo, e a Secretaria de Saúde repassou tão somente R$ 237.265.012,00, à instituição, R$ 54.125.555,00 a menos que o destinado.
De janeiro a maio de 2014, o Ministério da Saúde destinou R$ 126.375.127,00 à Santa Casa, que só recebeu da Secretaria de Saúde R$ 105.761.932,00,ou seja ,R$ 20.613.192,00 a menos do que foi destinado pelo Ministério da Saúde.
Assim sendo, Santa Casa de São Paulo recebeu R$ 74.738.747,00 a menos, retido pelo Governo do Estado de São Paulo, daquilo que lhe foi destinado pelo Governo Federal.
O Governador de São Paulo tenta transferir sua responsabilidade na crise da Santa Casa de São Paulo falando da queda de investimento por parte do Governo Federal na Saúde.
Importante alguns dados:
Em 2003 a União gastava com Saúde, R$ 27,2 bilhões.
Em 2014, serão aplicados R$ 90,1 bilhões, com evolução nominal de 231%.
Em 2003 o gasto per capita em saúde era de R$ 154. Em 2014, R$ 444, com crescimento nominal de 188% com saúde.
Importante ressaltar que com a perda da CPMF que respondia por 1/3 do total dos recursos do Ministério da Saúde a partir de 2007, houve uma perda de R$ 40bilhões anualmente.
Falar da tabela SUS como causadora da crise da Santa Casa de São Paulo é usar de má fé, pois com a contratualização de serviços, a lógica de pagamentos é outra, não se remunerando tão somente procedimentos, já que a remuneração se dá também por incentivos comoa contratualização como hospital escola e hospital de ensino, a participação em programas como a rede cegonha,SOS-Emergência, entre outros.
A título de exemplo, os valores transferidos pelo Ministério da Saúde à Santa Casa de São Paulo mais do que dobram o valor que este hospital recebe por tabela, ou seja 101% da tabela SUS.
O Ministério da Saúde está cobrando do Governo do Estado de São Paulo, gestor do contrato de prestação de serviços da Santa Casa, a correta aplicação dos recursos que destinou à instituição.
O Ministério da Saúde respondeu a isso com uma nota mostrando a verdade. A verba que repassa ao governo paulista para repassar à Santa Casa tem levado mordidas grandes. Da última o governo Alckmin cobrou um pedágio da ordem de R$ 50 milhões, bem mais que os R$ 3 milhões que "humanitariamente deu" diante das câmeras. Alckmin tem que explicar para onde vai esse dinheiro desviado. Segue a verdade:
Nota do ministério da saúde sobre a crise na Santa Casa.
Sem nenhum contato prévio, o Ministério da Saúde recebeu no final da tarde desta terça-feira, dia 22, por email a comunicação da interrupção do atendimento de urgência por parte da Santa Casa de São Paulo.
Surpreendido pela gravidade do fechamento do Pronto Socorro, o Ministro Chioro entrou em contato com o Secretário Estadual de Saúde, David Uip, e com o Secretário José de Fillipi, do Município de São Paulo.
Na quarta-feira dia 23, o Ministério da Saúde recebeu da Secretaria de Saúde de São Paulo dados, repassados também à imprensa pelo Secretário David Uip, sobre os valores repassados à Santa Casa, pelo Governo do Estado, que é o gestor do contrato.
Para nosso espanto, entre os valores repassados pelo Ministério da Saúde e os efetivamente transferidos pelo Governo Estadual à Santa Casa de São Paulo, encontramos uma diferença de R$ 74.738.747,00 a menos no período de Janeiro de 2013 a maio de 2014. Mensalmente o Ministério da Saúde destinou R$ 25 milhões à Santa Casa, e esta só recebeu $21,5 milhões.
Se a dívida de R$ 50 milhões com os fornecedores foi o motivo alegado para o fechamento do Pronto Socorro da Santa Casa, se o Governo do Estado não tivesse retido o recurso federal, a crise não teria se dado.
Em 2013 o Ministério da Saúde destinou R$ 291.390.567,11 à Santa Casa de São Paulo, e a Secretaria de Saúde repassou tão somente R$ 237.265.012,00, à instituição, R$ 54.125.555,00 a menos que o destinado.
De janeiro a maio de 2014, o Ministério da Saúde destinou R$ 126.375.127,00 à Santa Casa, que só recebeu da Secretaria de Saúde R$ 105.761.932,00,ou seja ,R$ 20.613.192,00 a menos do que foi destinado pelo Ministério da Saúde.
Assim sendo, Santa Casa de São Paulo recebeu R$ 74.738.747,00 a menos, retido pelo Governo do Estado de São Paulo, daquilo que lhe foi destinado pelo Governo Federal.
O Governador de São Paulo tenta transferir sua responsabilidade na crise da Santa Casa de São Paulo falando da queda de investimento por parte do Governo Federal na Saúde.
Importante alguns dados:
Em 2003 a União gastava com Saúde, R$ 27,2 bilhões.
Em 2014, serão aplicados R$ 90,1 bilhões, com evolução nominal de 231%.
Em 2003 o gasto per capita em saúde era de R$ 154. Em 2014, R$ 444, com crescimento nominal de 188% com saúde.
Importante ressaltar que com a perda da CPMF que respondia por 1/3 do total dos recursos do Ministério da Saúde a partir de 2007, houve uma perda de R$ 40bilhões anualmente.
Falar da tabela SUS como causadora da crise da Santa Casa de São Paulo é usar de má fé, pois com a contratualização de serviços, a lógica de pagamentos é outra, não se remunerando tão somente procedimentos, já que a remuneração se dá também por incentivos comoa contratualização como hospital escola e hospital de ensino, a participação em programas como a rede cegonha,SOS-Emergência, entre outros.
A título de exemplo, os valores transferidos pelo Ministério da Saúde à Santa Casa de São Paulo mais do que dobram o valor que este hospital recebe por tabela, ou seja 101% da tabela SUS.
O Ministério da Saúde está cobrando do Governo do Estado de São Paulo, gestor do contrato de prestação de serviços da Santa Casa, a correta aplicação dos recursos que destinou à instituição.
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