Menos de 100 moradores viram hoje às 10 h o discurso do governador Pezão inaugurando a Unidade de Polícia de Proximidade no Largo do Verdun. Foi um ato simbólico, já que a cabine existente foi coberta de revestimento na noite de ontem, mas o discurso é de mudança da caracterização na política de segurança com mais 120 policiais, veículos, patrulhamento a pé por duplas, policiais referenciados nos quarteirões, telefones para contatos, etc.
A pouca participação dos grajauenses, que chegam a ter redes sociais com mais de 5 mil pessoas e duas associações de moradores e três clubes sociais, deve-se em boa parte à ineficácia do patrulhamento atual. Todos os dias são relatados nas redes assaltos, furtos e outros crimes que são repetitivos em locais e horários e nenhuma providência é tomada. O ceticismo e a desconfiança, somados à negatividade em geral e ao egocentrismo, serão uma dificuldade para os esperados bons propósitos da segurança pública.
A inauguração dessa unidade, a primeira de 100 que serão implantadas (a segunda será em Niterói) contou com ampla cobertura de mídia, e acontece num momento dramático para a polícia. No final de semana mais quatro policiais foram assassinados. O secretário de segurança Beltrame, num desabafo, disse que a polícia está sozinha, não tendo apoio da sociedade nem de outras instituições.
Ontem a menos de um quilômetro do local da CIPP - Companhia Integrada de Polícia de Proximidade - um traficante foi morto pela polícia no Morro São João e os bandidos mandaram fechar o comércio e a rua Barão de Bom Retiro, mostrando que mesmo com os avanços da pacificação o crime manda seu recado para mostrar que o tráfico foi desarmado mas não foi eliminado.
No ato apareceram pessoas com cartazes denunciando violência sofrida pessoalmente, fazendo política do "nada adianta nada" e outros politizando a questão dos direitos humanos. "Polícia distribui balas nas favelas e cartões de visita no asfalto", mostrava uma militante solitária.
Conversei com o Capitão Mateus, que chefiará o destacamento, e propus que se buscasse o modelo que existe em vários países de segurança solidária, ou seja, de vizinhança - Neighbourhood Watch - como é conhecido no Reino Unido. Há muita informação sobre violência nas redes sociais do bairro, muitas pessoas que fotografam assaltos, que até identificam criminosos, mas essa informação não chega tempestivamente ou de forma organizada ao policiamento. Ele mostrou interesse pelo assunto e faremos novos contados para passar a ele o material sobre essa experiência. Também tive a oportunidade de dar entrevista ao canal interno da PM e explicar essa proposta.
Pode ser que agora, com os policiais conhecendo as pessoas e deixando o celular à disposição (isso está na proposta), haja mais eficiência no combate aos delitos mais corriqueiros.
A pouca participação dos grajauenses, que chegam a ter redes sociais com mais de 5 mil pessoas e duas associações de moradores e três clubes sociais, deve-se em boa parte à ineficácia do patrulhamento atual. Todos os dias são relatados nas redes assaltos, furtos e outros crimes que são repetitivos em locais e horários e nenhuma providência é tomada. O ceticismo e a desconfiança, somados à negatividade em geral e ao egocentrismo, serão uma dificuldade para os esperados bons propósitos da segurança pública.
A inauguração dessa unidade, a primeira de 100 que serão implantadas (a segunda será em Niterói) contou com ampla cobertura de mídia, e acontece num momento dramático para a polícia. No final de semana mais quatro policiais foram assassinados. O secretário de segurança Beltrame, num desabafo, disse que a polícia está sozinha, não tendo apoio da sociedade nem de outras instituições.
Ontem a menos de um quilômetro do local da CIPP - Companhia Integrada de Polícia de Proximidade - um traficante foi morto pela polícia no Morro São João e os bandidos mandaram fechar o comércio e a rua Barão de Bom Retiro, mostrando que mesmo com os avanços da pacificação o crime manda seu recado para mostrar que o tráfico foi desarmado mas não foi eliminado.
No ato apareceram pessoas com cartazes denunciando violência sofrida pessoalmente, fazendo política do "nada adianta nada" e outros politizando a questão dos direitos humanos. "Polícia distribui balas nas favelas e cartões de visita no asfalto", mostrava uma militante solitária.
Conversei com o Capitão Mateus, que chefiará o destacamento, e propus que se buscasse o modelo que existe em vários países de segurança solidária, ou seja, de vizinhança - Neighbourhood Watch - como é conhecido no Reino Unido. Há muita informação sobre violência nas redes sociais do bairro, muitas pessoas que fotografam assaltos, que até identificam criminosos, mas essa informação não chega tempestivamente ou de forma organizada ao policiamento. Ele mostrou interesse pelo assunto e faremos novos contados para passar a ele o material sobre essa experiência. Também tive a oportunidade de dar entrevista ao canal interno da PM e explicar essa proposta.
Pode ser que agora, com os policiais conhecendo as pessoas e deixando o celular à disposição (isso está na proposta), haja mais eficiência no combate aos delitos mais corriqueiros.
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