Por ordem de juiz federal, a Polícia Federal apreendeu documentos e computadores nos gabinetes de diversos deputados distritais, na casa do governador José Roberto Arruda (DEM) e de secretários do seu governo, em busca de evidências de distribuição de propinas para a base aliada, na chamada Operação Caixa de Pandora. A investigação começou a partir de gravações feitas por um secretário do Governo do Distrito Federal, onde Arruda orientaria a distribuição de valores.
O dinheiro seria arrecadado de empresários e repassados a deputados e até a membros do Tribunal de Contas do DF, órgão que fiscaliza as contas do governo. Arruda é o único governador do DEM, e disputaria a reeleição no ano que vem, com risco de perdê-la para um forte adversário, o ex-governador Roriz, que na eleição passada elegeu-se senador e teve que renunciar para sustar denúncias de corrupção e evitar a cassação dos direitos políticos. Logo depois do incidente, Roriz já teve a cara-de-pau de declarar à imprensa: "Nunca imaginei que fosse ter corrupção no governo do Arruda".
Mesmo com o apoio do governo federal nas suas maiores obras, o governo de Arruda tem sido medíocre, com sensível queda de qualidade na educação, saúde e segurança. Com a revelação do caixa dois e do mensalão, o pouco que o DEM ainda tinha de argumentos para bater no governo federal acabou-se. Correm o risco de extinção nas próximas eleições, o que seria um avanço histórico para o Brasil, mas teríamos a ameaça da volta de Roriz ao DF como contrapeso. Seis por meia dúzia.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
DF - Operação Caixa (dois) de Pandora - mensalão do DEM
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