Depois de décadas de desvalorização, o trabalho do engenheiro finalmente começa a ser levado em consideração quando o país retoma o crescimento e requer investimentos de infra-estrutura, habitações, fábricas, etc. O governo federal começou a reverter o desmonte da engenharia pública, com a realização de diversos concursos para adquirir engenheiros, mas a quantidade ainda é insuficiente, persistindo o apagão da engenharia.
Enormes cifras de dinheiro público estão no aguardo de projetos e licitações para serem gastos em obras que pretendem melhorar a vida das pessoas. E também para fiscalizá-las, já que todo gasto público requer o devido acompanhamento. E quem pode fiscalizar obras tem que ter o devido registro nos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura, e esse tipo de profissional não se forma de um dia para outro: as universidades têm que produzi-los, para suprir o déficit desse período de atraso.
Para se ter idéia do que é fiscalizar um contrato com base na lei 8666, que rege a compra de obras e serviços pelo setor público, deve-se ler as orientações do Tribunal de Contas da União que, se fossem seguidas à risca, impediriam que obras fossem usadas como caixa dois para irrigar a política brasileira. O combate à corrupção passa pelo uso adequado dos recursos públicos, e isso requer bons projetos, boa execução e rigorosa fiscalização, e não é o que vemos por aí. Parece proposital, para permitir a bandalheira com desvios de recursos de obras.
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