Não sabia que o paulistano era tão dócil como mostram as imagens da TV, mesmo diante dos alagamentos que lhes causam prejuízos e estresse toda vez que chove. Segundo o prefeito Kassab (DEM), a culpa é da natureza, que insiste em ser mais inclemente que suas obras de drenagem possam suportar. E assim vai São Paulo, de perda em perda, vendo a CEAGESP virar lago, as marginais Tietê e Pinheiros sumirem debaixo d'água, os acessos ao resto do país cortados, os imensos engarrafamentos, tudo assumido de forma passiva.
O prefeito diz que tem todas as áreas de risco mapeadas. Ótimo. Quem tem esses dados nas mãos, tem que agir, para não passar por omisso a cada queda de encosta ou afogamento dos pobres que ocupam as várzeas. Os grandes rios precisam ser alargados e aprofundados, e não de dragas jogando areia de um lado para outro. A água pode ser contida em sistemas de aproveitamento nas grandes áreas impermeabilizadas.
Há soluções, mas elas precisam de decisões políticas, que somente serão tomadas quando os paulistanos saírem da inércia e exigirem ações de governo para acabar de vez com esse problema. Mais uma vez questiono: a cidade de São Paulo não tem prefeito, e o estado não tem governador? Chega de botar a culpa em fenômenos climáticos previsíveis.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
São Paulo : O caos nosso de cada dia
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