O primeiro deles é que declarou ao Senado ser engenheiro. De fato, cursou a Politécnica de São Paulo até exilar-se depois do golpe de 64, mas não concluiu o curso, como ele mesmo afirma neste vídeo. Pelas leis brasileiras que regem o exercício das profissões da área de engenharia, se não tem diploma, não é engenheiro. Se não é engenheiro e declara ser, ou faz atividades exclusivas dos profissionais regulares do sistema CREAs-Confea, peca por exercício ilegal da profissão ou charlatanismo. Pode pegar cadeia de até 3 anos. O CORECON da Paraíba fez a denúncia de Serra ao COFECON, por declarar-se economista ao TSE e não ter diploma reconhecido no Brasil.
O outro problema é relacionado às grandes obras da sua gestão em São Paulo. Os efeitos devastadores de enchentes sem prevenção, o maior desmoronamento de uma obra do metrô e o o desabamento de viaduto do Rodoanel . Esse é oriundo da gestão deficiente em prioridades e da terceirização e privatização extremas.
O terceiro é moral e ético, com casos de corrupção. Superfaturamento da compra de equipamentos com a Alston, para o metrô, e agora, o possível uso de contratos como caixa-dois para financiamento de campanhas do PSDB. A alta direção do partido acusa o engenheiro Paulo Preto, diretor de obras da DERSA, empresa pública do estado de SP, de haver arrecadado R$ 4 milhões de empreiteiros, em nome da campanha tucana, e de ter sumido com o dinheiro.
O engenheiro, citado por Dilma no debate da Band, veio a público dizer que nunca arrecadou dinheiro para eles, e queria que Serra o defendesse. Serra negou que o conhecesse, mas mentira tem pernas curtas e logo apareceram fotos dele ao lado de Paulo. Teve que recuar e dizer que o conhecia e que não havia nada contra ele, etc e tal, desmentindo todo o comando do partido tucano. Aqui vão alguns dados arrolados pela Carta Maior sobre o engenheiro Paulo, colaborador negado e depois assumido por Serra, que nega o caixa-dois:
Tópicos da vida de Paulo Preto (Paulo Vieira de Souza):
a)Diretor de Engenharia do Dersa, comandou as grandes obras da gestão Serra, como o Rodoanel, orçado em mais de R$ 5 bilhões, e a ampliação da marginal Tietê, orçada em R$ 1,5 bilhão; cabia a Paulo Preto fazer o pagamento às empreiteiras, bem como coordenar as medições das obras
b) foi assessor da Presidência no governo de FHC e um dos responsáveis pelo programa 'Brasil Empreendedor'
c) mantem fortes laços políticos e pessoais com Aloysio Nunes, homem de confiança de Serra
d)emprestou R$ 300 mil a Aloysio Nunes em 2007 para completar a aquisição de um apartamento em Higienópolis
e)sua filha, Priscila de Souza, é advogada de escritório que defende empreiteiras contratadas pelo governo Serra para a construção do Rodoanel...
f)em junho de 2010, Paulo Preto foi preso na loja Guci, em SP, por receptação de bracelete de brilhante roubado da própria loja
g)na atual campanha presidencial, Paulo Preto arrecadou e sumiu com R$ 4 milhões do caixa dois de Serra, segundo a revista "IstoÉ". Passo seguinte, foi demitido do Dersa;
d)está sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de propina recebida da Camargo Correa (três parcelas de R$ 416 mil)
Do artigo "Serra, malas, missas & mentiras"
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