O que vou escrever aqui baseia-se, principalmente, nos materiais expostos no site com a biografia autorizada do candidato José Serra, http://www.retratosdoserra.com.br/ . Nele estão disponíveis vários filmes com depoimentos dele e de pessoas do seu convívio nas várias fases da vida, construindo uma história de vida.
A versão de Serra para sua chegada ao Chile está no episódio 5. No episódio 6, narra sua trajetória no Chile, inclusive com o depoimento de um economista brasileiro que fala de como ele entrou para a pós-graduação em Economia sem ter graduação e sem saber absolutamente nada de economia. No episódio 7, sua versão para os fatos durante o golpe militar de Pinochet, até a sua saída para os Estados Unidos.
Quando houve o golpe em 11 de setembro de 1973, Santiago virou território de caça aos esquerdistas, que eram presos por denúncias de vizinhos, por dossiês de diversas fontes ou simplesmente por estarem nos lugares errados nas horas erradas. Uma grande parte foi levada para o Estádio Nacional de Santiago, aquele onde anos antes o Brasil saiu carregando pela primeira vez a Taça Jules Rimet. Ali foram torturados e executados vários ativistas. Os dados são divergentes, e falam de 10 mil presos com cerca de 1000 mortos no local, cujos corpos eram jogados num rio próximo.
Serra afirma que o seu veículo tinha autorização especial para entrar em embaixadas, e por isso teria conseguido transportar pessoas em risco de prisão para asilos seguros. Serra trabalhou na CEPAL, que é um órgão multilateral, daí talvez a licença especial para trânsito. Foi preso ao tentar sair do país pela porta da frente, com a família no aeroporto de Santiago. Foi separado da esposa e dos filhos e levado para o famigerado Estádio Nacional, segundo seu relato.
No estádio havia um setor exclusivo para os estrangeiros presos, sob comando do Major Lavanderos, citado por Serra. Na versão de Serra, ele conseguiu sair de lá deixando o seu passaporte e prometendo voltar no dia seguinte.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
A nebulosa fuga de Serra da ditatura chilena
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário