Reproduzimos abaixo duas matérias recentes sobre programas de conteúdo ofensivo (apelo sexual, incitação à violência, apologia ao crime, desrespeito aos valores éticos da família e preconceito ) na TV. Uma é sobre a campanha "Quem financia a baixaria é contra a cidadania", em cujo site se pode fazer denúncias de programas com conteúdo impróprio. Outra é sobre a preocupação do Ministério Público com o BBB 11. Ninguém quer a censura, como dizem os meios de comunicação que não respeitam os expectadores de quem critica as porcarias que colocam no ar. O que se pretende é que haja qualidade nos conteúdos oferecidos pelos meios de comunicação concedidos para elevar o nível de cidadania, e não para propagar a mediocridade e o abuso contra a pessoa humana.
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Pânico na TV lidera 18º Ranking da Baixaria na TV
A Coordenação Executiva da campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania" divulgou hoje o 18º Ranking da Baixaria na TV. Mais uma vez o Pânico na TV desponta na lista dos programas mais denunciados. Do último ranking divulgado em maio de 2010, até agora, foram recebidas 892 denúncias de telespectadores, através do site da campanha (www.eticanatv.org.br) e do Disque Câmara (0800 619 619). Apelo sexual, incitação à violência, apologia ao crime, desrespeito aos valores éticos da família e preconceito são as principais reclamações dos telespectadores que nortearam a elaboração do 18º Ranking da Baixaria na TV. Dentre os cinco programas mais denunciados, dois são reincidentes: o "Pânico na TV", da Rede TV! que já havia figurado nos rankings anteriores, e o "Se liga Bocão" da TV Itapoan, afiliada da Rede Record de Televisão. Outros três programas listados no novo ranking são: Brasil Urgente da Rede TV, A Fazenda da Rede Record e o Chumbo Grosso, um programa regional de gênero policial exibido pela TV Goiânia afiliada da Rede Bandeirante. No mês passado, o Ministério Público Federal de São Paulo instaurou uma ação civil pública solicitando que o programa Brasil Urgente se retrate das declarações consideradas preconceituosas contra os ateus. Segundo o MPF, no dia 27 de julho, por 50 minutos, o apresentador José Luiz Datena e o repórter Márcio Campos, durante reportagem sobre um crime, fizeram comentários preconceituosos sobre pessoas ateias. A campanha recebeu 68 denúncias de cidadãos que se sentiram agredidos pelo apresentador, José Luiz Datena, neste mesmo episódio, que resultou na ação do MPF de São Paulo. De acordo com a Coordenação Executiva da campanha, as denúncias recebidas são fruto do engajamento ativo de uma parcela dos telespectadores no monitoramento dos conteúdos da televisão. Todas as denúncias fundamentadas são encaminhadas ao Ministério Público e ao Ministério da Justiça, para providências. A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), presidente em exercício da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, não advogando qualquer tipo de censura, repudia todas as manifestações de intolerância, preconceito e ridicularização das pessoas. “Profissionais de comunicação precisam ter consciência de que junto à liberdade vem a responsabilidade. Nenhum veículo ou programa pode usar do enorme poder dos meios de comunicação contra pessoas e grupos, principalmente, àqueles mais vulneráveis que são frequentemente expostos ao ridículo em alguns programas de TV”, disse. -------------------------------------------------------------------------------- Ministério Público, de olho no “Big Brother”publicada terça-feira, 18/01/2011 às 14:23 e atualizada quarta-feira, 19/01/2011 às 18:00
por Juliana Sada No dia 20 de dezembro, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (PFDC/MPF) enviou um documento à Rede Globo pedindo atenção aos direitos constitucionais e da pessoa humana na 11ª edição do reality show “Big Brother Brasil” – BBB11. A ação foi motivada pelo alto número de denúncias que a última edição do programa recebeu. De acordo com a campanha “Ética na TV – Quem financia a Baixaria é Contra a Cidadania”, o BBB10 foi o campeão de reclamações no período entre agosto de 2009 e abril de 2010. Foram 227 denúncias que relatavam desrespeito à dignidade humana, nudez, exposição de pessoas ao ridículo e apelo sexual. De acordo com a PFDC ainda há problemas de homofobia, incitação à violência e inadequação no horário de exibição. A Recomendação enviada à Rede Globo também adverte à emissora que observe a sua própria autorregulamentação, na qual o grupo assumiu “a missão de exibir conteúdos de qualidade que atendam às finalidades artística, cultural, informativa, educativa e que contribuam para o desenvolvimento da sociedade”. A emissora deve também tomar as medidas necessárias para evitar as violações de direitos humanos, além de veicular o programa no horário adequado, atentando para as diferenças de fusos horários e também para o horário de verão. Violência liberada
A decisão do diretor causou protestos por parte de diversos grupos feministas que se preocupam com a banalização da violência, como foi relatado aqui. Prazo e sanções |
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