As greves que se espalham por São Paulo têm em comum a incapacidade do governo Alckmin de negociar com trabalhadores. É uma questão ideológica, e por isso mesmo o acionamento da polícia e da justiça para manter o arrocho salarial dos trabalhadores é visto como solução pelo governo tucano. Mesmo com pautas de reivindicações modestas, pedindo muito pouco de reajuste acima da inflação, na realidade reposição de anos de arrocho salarial, o governo se nega a repor ao menos a inflação anual.
O que acontece em São Paulo é uma amostra do que aconteceria no Brasil inteiro se Serra ganhasse as eleições presidenciais no ano passado. Repetindo a política de reajuste salarial zero, que foi aplicada por FHC com perdas imensas do poder aquisitivo dos trabalhadores, o governo tucano teria que enfrentar a fúria das centrais sindicais alijadas das mordomias fisiológicas que tiveram com Lula e mantém com Dilma. A luta de classes voltaria com tudo.
Considerando que a solução tucana para a crise seria pisar no freio, hoje seriamos uma Grécia ou uma Espanha. Com os trabalhadores na rua, cresce a paranóia entre os demo-tucanos da estratégia do PT e da CUT agora ser tomar Minas e São Paulo das suas mãos. Seria menos mal. Até uma parte da burguesia paulista preferiria pagar o preço de ter um governo petista que controlasse os trabalhadores.
Branquinho Branquinho, releia o seu texto. Ou você aderiu ao "quanto pior melhor" ou está meio cansado de pensar e analisar. Se for o caso, tire umas férias. Um abraço classita do Zé Agnaldo.
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