segunda-feira, 29 de abril de 2013

BB : Funcionários vão à greve para conter ataque aos direitos

Amanhã (terça) as agências do Banco do Brasil poderão amanhecer fechadas em uma paralisação de 24 horas ou mesmo em protestos atrasando a abertura do expediente. Como normalmente as greves acontecem a partir de setembro, data base dos bancários, os clientes e a população vão perguntar:

"POR QUE PAROU, PAROU POR QUÊ?"

Parou porque viu violência contra direitos dos funcionários. Os bancários, por lei, desde a década de 30, têm direito à jornada semanal de 30 horas. Privilégio? Não! Comprovadamente a atividade leva a altos índices de doenças cardíacas e mentais, daí a jornada não poder ser extensa. Só o Felipão acha que bancário do BB leva a vida na moleza. Pelo contrário: as metas cada vez mais abusivas estão causando mais doenças e denúncias de assédio moral.

Em fevereiro, em vez de buscar cumprir a lei e buscar uma solução para as milhares de ações trabalhistas por descumprimento da jornada legal, a diretoria do BB resolveu aplicar um plano de cargos e funções que reduziu salários e mascarou o problema. Pressionou funcionários para aderirem ao novo plano, ou seja, a aceitar perdas. Não ouviu os representantes dos seus trabalhadores. Enfim, uma medida unilateral, de cima para baixo, violenta porque coage à aceitação das perdas.

O impasse continua. Uma parte dos funcionários cedeu à pressão e aceitou o tal plano. Outra se recusa a aceitar. O BB, que é dirigido pelo Governo Federal, portanto a Presidente Dilma é a chefe maior, parece não ter mudado nada desde que Lula assumiu há 10 anos o governo. Todo ano é um sufoco nas campanhas salariais. Agora houve um retrocesso que lembra os tempos de Collor, com ameaças prévias a grevistas, em vez de falarem em negociação.

Se você encontrar a sua agência fechada amanhã, ou em datas futuras, porque não há qualquer sinal de flexibilidade por parte da empresa, já sabe por que. Não jogue a culpa nos trabalhadores. A culpa é da Dilma, que parece não saber que no BB os demo-tucanos ainda mandam. E que não há sequer uma mulher em cargo de direção (mais de 50) . 

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