Impressionante o estrago que a intolerância religiosa pode produzir. Agora circula pelo Facebook um hoax (mentira de internet) que afirma ter sido proibida, por lei, a prática do candomblé na cidade de Piracicaba (SP). Pelo texto, pessoas que têm essa religião só poderiam praticá-la fora da cidade. A proposta seria integrante de um movimento chamado Aliança pela Supremacia Cristã.
Os fatos: foi apresentado pelo vereador Laércio Trevisan (PR) o projeto de lei n° 202/10, que proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba e estabelece para os infratores a multa no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) dobrado a cada
reincidência.
Apesar do projeto ter sido aprovado por unanimidade, tendo como argumento o fim da crueldade contra animais, os movimentos religiosos de matriz africana se articularam e foram ao prefeito Barjas Negri (PSDB, ex-ministro da Saúde de FHC) pedir o veto da lei, sendo atendidos. O veto retornou à Câmara, onde, em meio a discursos preconceituosos e intolerantes, teve maioria dos votos mas não conseguiu atingir o quórum regulamentar, e a lei não entrou em vigor. O proponente disse que voltaria a tentar aprová-lo numa nova legislatura, no caso, a partir da que começou em 2013 com a posse de novos vereadores e prefeito.
É verdade que, de forma velada, tentou-se inviabilizar alguns cultos afro a pretexto de acabar com a crueldade contra animais. Também é verdade que tal projeto não passou, e tudo continua como antes em Piracicaba. A sociedade reagiu e impediu o absurdo de intenções intolerantes. A existência de um e-mail inverídico sobre isso mostra como a conjuntura está contaminada de intolerância após o ascenso do pastor Feliciano à Comissão de Direitos Humanos.
De qualquer maneira, é bom que todos saibam que alguém tentou emplacar um projeto de lei dessa natureza, que amanhã poderemos ver no Congresso Nacional. Mais um alerta para a defesa do estado laico contra as incursões do fundamentalismo religioso.
Os fatos: foi apresentado pelo vereador Laércio Trevisan (PR) o projeto de lei n° 202/10, que proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba e estabelece para os infratores a multa no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) dobrado a cada
reincidência.
Apesar do projeto ter sido aprovado por unanimidade, tendo como argumento o fim da crueldade contra animais, os movimentos religiosos de matriz africana se articularam e foram ao prefeito Barjas Negri (PSDB, ex-ministro da Saúde de FHC) pedir o veto da lei, sendo atendidos. O veto retornou à Câmara, onde, em meio a discursos preconceituosos e intolerantes, teve maioria dos votos mas não conseguiu atingir o quórum regulamentar, e a lei não entrou em vigor. O proponente disse que voltaria a tentar aprová-lo numa nova legislatura, no caso, a partir da que começou em 2013 com a posse de novos vereadores e prefeito.
É verdade que, de forma velada, tentou-se inviabilizar alguns cultos afro a pretexto de acabar com a crueldade contra animais. Também é verdade que tal projeto não passou, e tudo continua como antes em Piracicaba. A sociedade reagiu e impediu o absurdo de intenções intolerantes. A existência de um e-mail inverídico sobre isso mostra como a conjuntura está contaminada de intolerância após o ascenso do pastor Feliciano à Comissão de Direitos Humanos.
De qualquer maneira, é bom que todos saibam que alguém tentou emplacar um projeto de lei dessa natureza, que amanhã poderemos ver no Congresso Nacional. Mais um alerta para a defesa do estado laico contra as incursões do fundamentalismo religioso.
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