Ontem os telejornais massacraram o público mostrando cenários apocalípticos caso o COPOM não mexesse na taxa de juros. Significaria descaso com a inflação, o que sinalizaria para o mercado irresponsabilidade, afastando investidores, alimentando a espiral inflacionária com aumentos generalizados de preços, reindexação, o escambau. Nos telejornais da noite já havia uma espécie de ressaca com a decisão de aumentar apenas 0,25%, o que era esperado pelo mercado, mas não satisfaz os patrocinadores da mídia bandida: bancos e especuladores.
Na véspera a presidente Dilma disse o que mandou fazer: os juros podem até subir, mas nunca mais como antigamente. Para bom entendedor o 0,25% não foi nenhuma medida autônoma do COPOM, mas um acerto com o Planalto, que não quer sinalizar a retomada da alta das taxas de juros para não alimentar mais especulação.
O governo perdeu com a mexida depois de quase 2 anos a SELIC sem subir, mas tem gente preocupada com o ritmo ditado por Dilma. Se for de 0,25% em 0,25%, a taxa de juros real, que agora pulou para 0,91% ao ano (=7,50-6,59% da inflação), o que é comparável com algumas economias capitalistas centrais. O incômodo para os rentistas e para os capitalistas do setor produtivo é saber se isso veio para ficar ou é apenas uma onda. De qualquer maneira todos investem para que o estado brasileiro continue sustentando do capital através de investimentos sem risco.
A decisão da reunião de ontem do COPOM e a expectativa de baixa da inflação nos próximos meses deixa esse tal "mercado", que é uma degeneração do capitalismo liberal que tanto defendem, muito tenso. Ninguém está preparado para uma economia de mercado. E o governo acena que quer concorrência, quer competitividade não apenas para exportação, mas quer que o brasileiro compre as coisas pelos preços do exterior. Está baixando impostos, desonerando folha de pagamento, promovendo importação de máquinas e equipamentos de base, baixando energia e agora quer reduzir impostos sobre transportes.
Essa pauta assusta até os liberais que defendem o estado mínimo e a redução de impostos. O medo leva a mídia bandida a pregar que o governo é irresponsável porque está fazendo renúncia fiscal sem resolver os problemas básicos de educação, saúde e outras coisas que normalmente não se preocupa, a não ser para fazer demagogia. Estamos diante de um paradoxo: um governo dito popular fazendo reformas liberais numa economia onde capitalistas fazem "hedge" com tetas do estado e se desesperam com a possibilidade de entrar num ambiente concorrencial de mercado.
Na véspera a presidente Dilma disse o que mandou fazer: os juros podem até subir, mas nunca mais como antigamente. Para bom entendedor o 0,25% não foi nenhuma medida autônoma do COPOM, mas um acerto com o Planalto, que não quer sinalizar a retomada da alta das taxas de juros para não alimentar mais especulação.
O governo perdeu com a mexida depois de quase 2 anos a SELIC sem subir, mas tem gente preocupada com o ritmo ditado por Dilma. Se for de 0,25% em 0,25%, a taxa de juros real, que agora pulou para 0,91% ao ano (=7,50-6,59% da inflação), o que é comparável com algumas economias capitalistas centrais. O incômodo para os rentistas e para os capitalistas do setor produtivo é saber se isso veio para ficar ou é apenas uma onda. De qualquer maneira todos investem para que o estado brasileiro continue sustentando do capital através de investimentos sem risco.
A decisão da reunião de ontem do COPOM e a expectativa de baixa da inflação nos próximos meses deixa esse tal "mercado", que é uma degeneração do capitalismo liberal que tanto defendem, muito tenso. Ninguém está preparado para uma economia de mercado. E o governo acena que quer concorrência, quer competitividade não apenas para exportação, mas quer que o brasileiro compre as coisas pelos preços do exterior. Está baixando impostos, desonerando folha de pagamento, promovendo importação de máquinas e equipamentos de base, baixando energia e agora quer reduzir impostos sobre transportes.
Essa pauta assusta até os liberais que defendem o estado mínimo e a redução de impostos. O medo leva a mídia bandida a pregar que o governo é irresponsável porque está fazendo renúncia fiscal sem resolver os problemas básicos de educação, saúde e outras coisas que normalmente não se preocupa, a não ser para fazer demagogia. Estamos diante de um paradoxo: um governo dito popular fazendo reformas liberais numa economia onde capitalistas fazem "hedge" com tetas do estado e se desesperam com a possibilidade de entrar num ambiente concorrencial de mercado.
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