domingo, 20 de fevereiro de 2011

Hoje, Líbia. Amanhã, Cuba?

O ditador Muamar Kadafi, da Líbia, desagrada e desagradou por décadas as potências européias e os Estados Unidos. Nos anos que anteciparam a crise do petróleo de 1973, a Líbia, já com Kadafi no poder, foi um dos países que nacionalizaram as instalações das empresas estrangeiras que constituíam as "sete irmãs", e participou do boicote do petróleo ao ocidente depois da guerra do Yon Kipur, onde Israel tomou territórios do Egito, Siria e Jordânia.


Antes dos EUA transformarem o Irã no principal vilão da atualidade, esse papel era da Libia, acusada de financiar o terrorismo pelo mundo. Tentaram várias vezes assassinar o líder líbio, sem sucesso. Boicotaram a Libia por décadas, até que recentemente o país saiu da lista negra por aceitar pagar indenizações a vítimas de um atentado aéreo ocorrido em Lockerbie, na Inglaterra. Nada disso, entretanto, freiou as intenções do ocidente de eliminar um líder contrário a Israel, com influência na comunidade árabe.

O banho de sangue que está começando na Líbia, com a repressão aos protestos contra o governo de Kadafi, está sendo denunciado pelos países imperialistas, que através de serviços de inteligência fomentam tentativas golpistas. A julgar pelo método, se a coisa avançar na Libia, não pouparão esforços em outras aventuras, como Cuba e Irã. Logo virão boicotes e outras medidas contra a Líbia, caso não seja bem sucedida a tentativa de golpe apoiada pelas potências ocidentais.

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