Filmes muito badalados normalmente não me atraem às insanas filas de lançamento porque sei do que o marketing é capaz de fazer com as mentes. Avatar é um desses filmes de produção milionária, lançado com muita expectativa, e mesmo com duas semanas em cartaz tem filas gigantescas. Aqui em Brasília tem cinema até com sessão lotada à meia-noite. Com algum sufoco, consegui vê-lo ontem, e o mínimo que se pode dizer é que as quase 3 horas de projeção não são sentidas porque não se desgruda os olhos da tela, ainda mais se a versão tiver recurso de 3D.
Tem filmes que parecem viagens, mas Avatar parece um sonho delirante. As animações são de uma qualidade que nunca vi no cinema. O mundo fantástico do povo nativo da lua Pandora interage com o realismo truculento do capitalismo interplanetário colonialista que chega até lá para explorar minérios a qualquer preço e com os cientistas terráqueos que procuram entender como funciona o planetóide, numa visão que em determinado momento se torna preservacionista e os torna aliados dos locais. A batalha final entre os interesses dos lucros e os da conservação dos sistemas vivos do planeta parece antever o que teremos aqui pela Terra em breve. Vale a pena ver.
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