Quem anda pela Rio-Santos nota uma enorme quantidade de obras de contenção de morros e as irregularidades na pista, frutos de uma instabilidade natural das encostas da região. Não raramente se veem desvios para retirada de barreiras que interrompem a estrada. Passando por Angra, nota-se que a favelização ocupou lugares muito altos nas encostas, sem qualquer preocupação com a estabilização dos maciços.
Na Ilha Grande, casas e pousadas escavaram a base de taludes, criando fragilidades à espera do acúmulo de chuvas para a capa de solo deslizar sobre os leitos de rochas e arrastar tudo pelo caminho. A ocupação desordenada e a construção sem critérios técnicos adequados aos solos existentes e a omissão das autoridades que fazem vista grossa são a receita destes e de outros desastres que virão.
Vendo pela TV a precariedade das condições de trabalho das equipes de bombeiros e da defesa civil, lembro que Angra dos Reis deveria ter uma força-tarefa eficiente para emergências, pois no município encontram-se as únicas duas usinas nucleares brasileiras. Cadê esses virtuais efetivos que deveriam estar à disposição para situações bem mais complexas, para a evacuação da população e primeiros atendimentos em caso de vazamentos radioativos ?
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Tragédias em Angra : defesa civil incipiente
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