sábado, 30 de julho de 2011

EUA : Do Capitão América ao Capital Merreca

Entrou em cartaz o filme Capitão América, baseado nos quadrinhos de Stan Lee lançados em 1941, em meio à segunda guerra mundial, mas antes da participação norte-americana, que veio após a destruição da base de Pearl Harbour num ataque-surpresa em 7 de dezembro de 1941.


Nas suas diversas versões, o Capitão América combateu do nazismo ao racismo, além de outros criminosos sem ideologia. Foi um símbolo do patriotismo americano em meio à guerra, incentivando o alistamento militar. Teve como origem um jovem que queria entrar nas forças armadas americanas para lutar contra o nazismo, mas foi barrado porque era franzino, fora das especificações. Acabou sendo cobaia se um experimento para criar super-soldados. Tem o escudo como arma principal.

Na vida real, a América de hoje mudou muito. A extrema-direita e os racistas estão fazendo muito barulho dentro do Partido Republicano. O presidente é negro, e a economia corre o risco de cair da nota AAA de risco, na iminência de um calote por falta de autorização para se endividarem mais. A direita quer mais é que o povo se lasque: que não se paguem aposentadorias, aos militares, a assistência médica, educação, etc. É o "tudo pelos ricos".

Uma situação de país sub-desenvolvido acontece justamente no maior símbolo do capitalismo, mostrando ao mundo que o gigante tem pés de barro. O capitalismo americano não consegue mais ser exemplar, e até o FMI já dá palpite. A indústria americana perdeu competitividade para os chineses. As guerras por recursos corroem o orçamento. Bancos levam boa parte dos recursos dos impostos em operações de salvamento. O grande capital virou uma merreca. Já falam até em vender o ouro das reservas para pagar aposentadorias, funcionários, etc.

Os americanos precisam de um Capitão América para combater a extrema-direita em crescimento nos Estados Unidos. Algo que levante o povo americano contra a ameaça aos seus direitos, à exploração da maioria para dar vida boa a meia dúzia de magnatas ricos e famosos. Que motive a juventude, que irá pagar essa conta, a se alistar na luta contra a ganância capitalista. O detalhe é que Obama faz parte do modelo, não questiona o capital e os americanos parecem não se importar com essa situação, apenas se estressam. Pelo visto esperarão por uma solução milagrosa nos últimos segundos do dia 2 de agosto. Algo como a chegada da cavalaria dos filmes de faroeste para salvar os americanos dos ataques dos índios.

Uma eventual chegada da turma do Tea Party ao poder pode levar o mundo inteiro a uma situação de guerra apocalíptica. Imaginem essa turma, plutocrata, que não quer saber de impostos para ricos, beligerante, louca por petróleo e outros recursos naturais, à frente do maior poder militar do mundo? Não respeitariam nada, a exemplo de Bush que invadiu dois países com base em mentiras, ao arrepio da ONU. Aumentariam os gastos militares que seriam pagos depois pelos saques aos outros povos e pela classe média americana. Haja super-herói para segurar a ânsia de poder e riqueza desse povo!


Nenhum comentário:

Postar um comentário