A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou ontem um sistema de tarifação por consumo de energia elétrica em baixa tensão diferente do atual, onde se paga a qualquer hora do dia o mesmo valor por kWh. O consumidor poderá optar por um sistema horo-sazonal, onde durante três horas no horário de pico de consumo (entre17h e 22h, dependendo da concessionária) pagará cinco vezes o valor da tarifa normal, e três vezes mais que no horário intermediário, de uma hora antes e uma hora depois do mais caro. No resto do dia, deverá haver desconto sobre a tarifa convencional. A nova tarifação será opcional, e apenas poderá ser aplicada nos pontos de consumo onde houver medidores eletrônicos.
O que significa isso? Em primeiro lugar, economias nos sistemas de geração e distribuição de energia. Normalmente nos horários de pico há forte sobrecarga no sistema elétrico, podendo haver apagões por dimensionamento insuficiente das redes para atender a um consumo crescente, e na geração, que busca atender ao excesso dessa sazonalidade com o acionamento de usinas termelétricas, que consomem combustíveis geradores de efeito-estufa. Se houver um uso mais racional de energia no horário de pico, as térmicas não precisarão ser acionadas, e será reduzido o risco de apagão por excesso de concentração de consumo.
O horário de verão no Brasil já tenta minorar esse problema de sobrecarga, pois a cada ano são instalados mais condicionadores de ar sem praticamente haver redimensionamento das redes das distribuidoras. Como os dias são maiores no verão, empurra-se para mais tarde o acendimento de lâmpadas, dando um alívio ao sistema. Tarde da noite, quando normalmente todos os condicionadores estão ligados, já não há tanto problema porque grande parte do consumo comercial e industrial deixa de existir.
Vai valer a pena optar pelo sistema de "tarifa branca"? Depende do perfil de consumo de cada caso. Hoje esse tipo de tarifação já existe para o fornecimento em alta tensão, normalmente usado em finalidades comerciais e industriais. Se a empresa consegue reduzir substancialmente suas atividades durante o horário de tarifa cara, transferindo para os horários de energia barata alguns dos seus consumos, certamente terá vantagens. Exemplo: há sistemas de ar condicionado de grande porte que produzem e estocam água gelada durante os horários de energia barata, que é colocada para circular nos equipamentos de ventilação durante os horários de energia mais cara. Outra opção bastante usada é acionar grupos geradores a diesel nos horários de pico para sustentar as cargas mais pesadas, como faz a maioria dos supermercados.
E em casa? Só se houver muita disciplina. Significará não usar chuveiros elétricos, ferros de engomar, ar condicionado ou quaisquer outros equipamentos de grande consumo nesse horário. Se o aquecimento for a gás ou, melhor ainda, solar, ajudará bastante. Caso contrário, a opção poderá se desastrosa, com aumento absurdo na conta mensal. Dependerá das informações que os medidores eletrônicos disponibilizarão, para determinar com mais exatidão o perfil de consumo. Há concessionárias que disponibilizam dados a cada 15 minutos, para consumidores em alta tensão, o que permite um bom gerenciamento. Além desse perfil, será necessário saber que desconto haverá, em relação à tarifa convencional (que valerá para quem não optar pelo novo sistema) nas 17 horas fora do pico.
No mais, é continuar o esforço por racionalização, colocando lâmpadas eletrônicas, comprando equipamentos de padrão "A" da ANEEL, usar energia solar em aquecimento, isolar melhor os ambientes a condicionar (preferencialmente com equipamentos tipo "inverter"), e tentar reeducar o consumo para quando chegar a hora da nova tarifa verificar se vale realmente a pena.
O que significa isso? Em primeiro lugar, economias nos sistemas de geração e distribuição de energia. Normalmente nos horários de pico há forte sobrecarga no sistema elétrico, podendo haver apagões por dimensionamento insuficiente das redes para atender a um consumo crescente, e na geração, que busca atender ao excesso dessa sazonalidade com o acionamento de usinas termelétricas, que consomem combustíveis geradores de efeito-estufa. Se houver um uso mais racional de energia no horário de pico, as térmicas não precisarão ser acionadas, e será reduzido o risco de apagão por excesso de concentração de consumo.
O horário de verão no Brasil já tenta minorar esse problema de sobrecarga, pois a cada ano são instalados mais condicionadores de ar sem praticamente haver redimensionamento das redes das distribuidoras. Como os dias são maiores no verão, empurra-se para mais tarde o acendimento de lâmpadas, dando um alívio ao sistema. Tarde da noite, quando normalmente todos os condicionadores estão ligados, já não há tanto problema porque grande parte do consumo comercial e industrial deixa de existir.
Vai valer a pena optar pelo sistema de "tarifa branca"? Depende do perfil de consumo de cada caso. Hoje esse tipo de tarifação já existe para o fornecimento em alta tensão, normalmente usado em finalidades comerciais e industriais. Se a empresa consegue reduzir substancialmente suas atividades durante o horário de tarifa cara, transferindo para os horários de energia barata alguns dos seus consumos, certamente terá vantagens. Exemplo: há sistemas de ar condicionado de grande porte que produzem e estocam água gelada durante os horários de energia barata, que é colocada para circular nos equipamentos de ventilação durante os horários de energia mais cara. Outra opção bastante usada é acionar grupos geradores a diesel nos horários de pico para sustentar as cargas mais pesadas, como faz a maioria dos supermercados.
E em casa? Só se houver muita disciplina. Significará não usar chuveiros elétricos, ferros de engomar, ar condicionado ou quaisquer outros equipamentos de grande consumo nesse horário. Se o aquecimento for a gás ou, melhor ainda, solar, ajudará bastante. Caso contrário, a opção poderá se desastrosa, com aumento absurdo na conta mensal. Dependerá das informações que os medidores eletrônicos disponibilizarão, para determinar com mais exatidão o perfil de consumo. Há concessionárias que disponibilizam dados a cada 15 minutos, para consumidores em alta tensão, o que permite um bom gerenciamento. Além desse perfil, será necessário saber que desconto haverá, em relação à tarifa convencional (que valerá para quem não optar pelo novo sistema) nas 17 horas fora do pico.
No mais, é continuar o esforço por racionalização, colocando lâmpadas eletrônicas, comprando equipamentos de padrão "A" da ANEEL, usar energia solar em aquecimento, isolar melhor os ambientes a condicionar (preferencialmente com equipamentos tipo "inverter"), e tentar reeducar o consumo para quando chegar a hora da nova tarifa verificar se vale realmente a pena.
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